A atual administração de Divinópolis vem sendo marcada por uma sucessiva onda de ataques aos servidores municipais, assédio moral, chefias agressivas e, em muitos casos, desrespeito até mesmo a direitos fundamentais do ser humano. O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) já denunciou a conduta inadequada das chefias, como também ajuizou uma ação coletiva com pedido de indenização de R$ 100 mil pela conduta do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) contra os agentes de trânsito e por induzir levianamente a população contra os servidores. A ação foi motivada pela atitude do prefeito, que no dia 10 de julho tentou obrigar um agente de trânsito a cometer o crime de prevaricação, além de atacar o servidor agressivamente quando este cumpria suas obrigações profissionais.
Na Câmara Municipal, os ataques partem de vereadores íntimos ao Executivo, liderados pelo irmão do prefeito, vereador Eduardo Azevedo (PSC), como aconteceu na sessão da Câmara da última terça-feira (24), quando o vereador ofendeu a moral e a honra da diretoria do Sintram. Em resposta o Sindicato emitiu uma nota de repúdio, que foi lida na sessão da Câmara desta quinta-feira (26).
DEFESA
Na Câmara Municipal há vozes que reconhecem o árduo trabalho desempenhado pelos servidores municipais, como também valorizam a atividade sindical. Em seu pronunciamento na sessão desta quinta-feira (26), a vereadora Lohanna França (CDN) se posicionou firmemente em defesa da diretoria do Sintram, pediu respeito aos servidores municipais e disse que, se pudesse, assinaria a nota de repúdio do Sintram contra os ataques do vereador Eduardo Azevedo. “Se eu pudesse, eu assinaria em baixo [a nota de repúdio]. Entendo que esse momento em que o país vive, é um momento muito esquisito, em que a gente idolatra pessoas que nada produziram, em que a gente idolatra pessoas que destroem e a gente não reconhece aqueles que são o corpo da administração pública”, discursou a vereadora.
Ao defender os dirigentes do Sintram, a vereadora lembrou que eles foram eleitos para defender os servidores. “[Os diretores do Sintram] não são pessoas que acordaram um dia e falaram: ‘representamos os servidores’. Não, eles foram eleitos. Eles foram colocados lá pelos servidores para representá-los. Então, não existe forma de falar ‘em um balaio os servidores e em um balaio os parasitas do Sintram, para pegar a palavra parasita que o governo federal gosta tanto”, ironizou. “O que a gente tem são servidores públicos muito bem representados pelo Sintram, que tem o meu apoio nessa tarde de hoje e em todas as outras”, acrescentou.
Ao defender os servidores, a vereadora lembrou subliminarmente os ataques sofridos pelos servidores por chefias, ocupantes de cargos de confiança e vereadores que apoiam o prefeito. “Eu quero lembrar a todos que desacato a servidores ainda é crime nesse país. Então é muito bom que a gente se lembre que o artigo 133 do Código Penal estabelece isso. Então quem não está disposto a jogar as regras de acordo com as leis e as normas, não deveria ter nem descido para o pleito”, finalizou.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram