O Movimento Arteferia, formado por poetas de Divinópolis, incluindo diversos servidores públicos municipais, realizará nos dias 15 e 16 de julho, um evento cultural, em parceria com a Boutique do Livro. A ação começa na sexta-feira, 15, às 18h30, com uma Roda de Conversa com o tema “Experiências de Coletivos de Literatura em Divinópolis”. Participarão do evento na sexta, Fernando Teixeira, Osvaldo André, Otávio Paiva, Carlos Antônio Lopes, Luís Mingau, Júnia Paixão, Mauro Silva, Claudio Guadalupe, e Raul Luar.
De acordo com o servidor público municipal, Claudio Guadalupe, na Roda de Conversa serão relembradas as experiências de coletivos de poetas e literatos de Divinópolis desde 1967, quando iniciou na cidade o movimento Ágora. Claudio destaca que o evento é aberto à população.
“Será uma troca de experiências, e tudo será documentado. É importante a participação da população, para conhecer a história da cultura de Divinópolis, entender a origem da poesia na cidade, dos movimentos literários e culturais. O movimento Ágora, que o primeiro da cidade, nos anos 70 realizou saraus, organizou semana da arte, e isso foi um ponto importante na história cultural de Divinópolis”, destaca.
Claudio enfatiza que mais de 300 autores divinopolitanos passaram pelo Movimento Ágora, incluindo a poetisa Adélia Prado. Segundo o servidor municipal, está incluída também na programação de sexta-feira, a apresentação do vídeo “Para ser poeta tem que ser mais do que poeta”, de Paulo Leminski. Já no sábado, 16, a ação será encerrada, à partir das 10h, com o lançamento do terceiro livro de Claudio Guadalupe, “Rumores Noturnos”.
“Na porta da Boutique do Livro nós vamos fazer um sarau de poetas, com discotecagem de vinil, vamos declamar poesias e apresentar a obra. É o terceiro livro que eu estou lançando, e apesar de ele trazer um tom de crítica social, ele é mais lírico do ponto de vista da experiência subjetiva, no amor, na procura da identidade, na convivência com os amigos. Nós esperamos outros poetas para se apresentarem e enriquecerem este momento cultural”, conclui.
O poema Floreio é um dos que estão no livro:
FLOREIO
Nada, nada tenho a cismar
Nessa puta madrugada
Na primavera em que me floreio
Floreio puto – quase nada
Mas floreio
Se na primavera floreio
Faço rútila a madrugada
Se me poeto por inteiro
Falo o que me cala
Faço a florada.
Reportagem: Pollyanna Martins
Comunicação Sintram