Sintram e Prefeitura avançam as discussões sobre isonomia da carga horária

Representantes do Sintram e dos servidores voltaram a discutir ontem a isonomia da carga horária em reunião com o procurador do município, Wendell Santos e com a secretária de administração, Raquel Oliveira

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) e a Prefeitura de Divinópolis deram um passo importante para resolver o impasse envolvendo bibliotecários, historiadores, sociólogos e educador de trânsito, que há mais de cinco anos reivindicam a isonomia da carga horária. Essas categorias, com formação superior, percebem hoje um salário de R$ 1.532,00, por uma jornada de oito horas diárias, enquanto outras funções com a mesma instrução, possuem salários superiores, com quatro horas diárias de trabalho.

Na tarde desta segunda-feira (21), a presidente do Sintram, Luciana Santos, acompanhada do vice-presidente, Wellington Silva, reuniu-se com a secretária municipal de Administração, Raquel de Oliveira Freitas, e com o procurador geral do município, Wendell Santos. Também participaram do encontro a historiadora Karine Mileibe de Souza e a socióloga Míriam Cristina Araújo. O encontro teve como principal meta buscar uma solução para as reivindicações dos servidores, já que em encontros anteriores não houve nenhuma medida concreta, tendo-se firmado apenas a posição do Executivo de que não seria possível atender ao pedido das categorias envolvidas.

Na reunião desta segunda-feira, os representantes do Executivo afirmaram que há outros servidores na mesma situação e que isso inviabiliza o atendimento das reivindicações por categoria individualmente. “Juridicamente é possível reduzir a carga horária”, afirmou o procurador Wendell Santos. Entretanto, segundo ele, isso abriria um precedente para outras categorias e que o ideal seria a realização de um levantamento de todos os casos que se enquadram nessa situação.

Com a concordância do Sintram e dos representantes dos servidores, ficou definido que será feito um amplo levantamento que vai apontar todos os servidores em situação semelhante e a administração fará um estudo sobre o impacto que a redução da carga horária poderá gerar no governo. Além disso, o procurador sugeriu, ainda, que seja solicitado aos secretários municipais um posicionamento oficial indicando se a redução da carga horária impactará no desempenho das atividades.

Após a conclusão desse levantamento, Sindicato, servidores e Administração voltarão à mesa de negociação. “O que nós queremos é que se faça justiça a todos os servidores e essa questão da carga horária sem nenhuma dúvida mostra uma discrepância que precisa ser corrigida”, disse a presidente do Sintram, Luciana Santos. Já o vice-presidente, Wellington Silva, reafirmou que o sindicato continuará defendendo os interesses dos servidores e manterá as discussões até que se chegue a um consenso.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram