População de Divinópolis continua usando máscara, apesar de o equipamento ter sido abolido pelo prefeito

Dois dias após entrar em vigor o decreto assinado pelo prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo (PSC), que aboliu o uso da máscara em locais abertos, a grande maioria da população continua usando o equipamento de proteção nas ruas. Ainda não se pode prever se a medida poderá causar impacto negativo na disseminação do vírus na cidade, mas percebe-se que a população continua precavida e prefere continuar usando a proteção, uma vez que a Organização Mundial de Saúde (OMS) mantém a recomendação.

Na manhã desta terça-feira (8) a população continuava usando máscaras nas ruas da cidade (Fotos: Jotha Lee/Sintram)

O prefeito alegou no decreto que “os bons números da pandemia” permitem que a população deixe de utilizar a máscara em locais abertos. Em sua rede social, o prefeito preferiu utilizar termos mais populares e, em uma postagem que já foi apagada, ele afirmou que já era hora de “acabar com o teatro”, se referindo à obrigatoriedade do uso da máscara.

BASE

Nas demais cidades da base do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oestes (Sintram) os prefeitos continuam mantendo a precaução, e a utilização de máscaras em todos os ambientes continua obrigatória. Algumas cidades, inclusive, renovaram as regras, como é o caso de Bom Despacho e Carmo da Mata, que publicaram novos decretos no início desse mês reforçando a obrigatoriedade da utilização de máscaras.

NÚMEROS

Em Divinópolis, já são 703 mortes em decorrência da covid-19, sendo 375 homens e 328 mulheres. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado na tarde desta segunda-feira (7) pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) já são 151.738 casos notificados, dos quais 32.541 já foram confirmados por exames laboratoriais, o que significa que 13,41% da população já teve diagnóstico positivo da doença.

Os números de pessoas internadas estão em queda. Segundo a Semusa, hoje 10 pessoas estão internadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para covid-19, o que equivale a 24,39% de ocupação. No setor de enfermaria, a taxa é de 19,72%, com 14 internações.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram