O ritmo de contágio pela covid-19 em Divinópolis está avançando rapidamente e fechou na sexta-feira passada (27) em 1,3, o que significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 130. Na sexta-feira anterior (20), o ritmo de contágio estava em 0,93. Outro dado preocupante foi a elevação da pontuação que indica a classificação das regiões no Plano Minas Consciente de enfrentamento à covid-19. A microrregião de Divinópolis subiu de sete para 14 pontos, regredindo para a onda amarela. Nesta microrregião, além de Divinópolis, estão ainda Araújos, Carmo do Cajuru, Cláudio, Itapecerica, Perdigão, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste.
Apesar desses números, o Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 manteve Divinópolis na onda verde em reunião realizada na sexta-feira passada. O Comitê deixou de seguir o Plano Minas Consciente, pelo qual a microrregião voltou para a onda amarela. O secretário municipal de Saúde, Alan Rodrigo, admite que o ritmo de contágio aumentou e afirma que Divinópolis está em alerta. Ele explicou que o Plano Minas Consciente é baseado em três indicadores básicos: incidência, capacidade de atendimento e velocidade de avanço da doença. “Na microrregião os indicadores que fazem com que fiquemos em alerta é a incidência e a velocidade de avanço da doença, já que, em capacidade de atendimento estamos bem. As pessoas não estão se hospitalizando, mas estão transmitindo muito e em velocidade rápida”, explicou.
MAIS DE 600 MORTES
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde foi na sexta-feira (27). Portanto, com três dias defasagem, Divinópolis tem 95.498 casos de covid-19 notificados e 19.980 confirmados. A cidade chegou à semana passada a 601 óbitos em decorrência do coronavirus.
A afirmação do secretário de Saúde de que “estamos bem” na capacidade de atendimento é baseada no fato de que a ocupação de leitos nas unidades de tratamento intensivo fechou a semana em 32,69%. Dos 104 leitos de UTI disponíveis para covid-19 na cidade, 34 estão ocupados, considerando todo o sistema de saúde. No setor de enfermaria a taxa de ocupação é de 53,13%.
Apesar desses números, o avanço no ritmo e contágio e manutenção a cidade na onda verde, são fatores de risco, podendo gerar uma nova onda de transmissão da doença na cidade.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram