Comissões da Câmara buscam alternativas após prefeito mandar fechar Centro de Convivência Salviano Avelar

No início desse mês, a Prefeitura de Divinópolis anunciou o fechamento do Centro de Convivência Salviano Avelar, instituição que era gerenciada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, destinada ao atendimento de pessoas com deficiência intelectual com idade entre 21 e 60 anos. Instituído pela Lei Municipal 6.433/2006, o principal objetivo do Centro era a proteção social básica por meio de ações preventivas que reforçam a convivência, socialização, acolhimento, inserção e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

Em 2013, o Centro ganhou força e passou a atender em horário integral, chegando a receber 63 pessoas. Embora de grande importância para famílias que precisam desse atendimento especializado, o Centro começou a perder força em 2015, quando o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) suspendeu os repasses financeiros. O convênio foi interrompido e os funcionários demitidos. A administração do Centro passou para a Vila de Nazaré, porém, mais uma vez, o convênio foi cortado pela Prefeitura.

Depois de voltar a funcionar, atendendo a 40 pessoas, o Centro voltou a ser fechado, dessa vez pela administração Gleidson Azevedo (PSC). No dia 12 desse mês, representantes do Centro, entre assistidos e parentes, ocuparam o plenário da Câmara Municipal para pedir ajuda aos vereadores. Além de uma representante que usou a Tribuna Livre, vários dependentes das atividades do Centro levaram faixas com pedido de ajuda

Após a manifestação, foram nomeadas as Comissões de Educação, de Assistência Social e a de Direitos Humanos do Legislativo para buscar alternativas ao fechamento do Centro de Convivência. Até agora, as Comissões da Câmara ouviram representantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Divinópolis (Apae) e do Instituto Helena Antipoff. O objetivo da Câmara não é investigar as causas do fechamento do Centro determinado pela administração Gleidson Azevedo e sim encontrar entidades, que possam receber a população que deixou de ser atendida com o corte de mais uma entidade de prestação de importante serviço social.

A psicóloga Ana Laura Boari Cruz, da Apae, disse que a instituição pode contribuir recebendo parte dos assistidos, porém os maiores problemas enfrentados pelas famílias é a falta de transporte até a Apae e a redução dos atendimentos em apenas dois dias na semana. Segundo ela, no Centro de Convivência o atendimento era diário.

O presidente do Instituto Helena Antipoff, Juliano Vilela, também já foi ouvido pelas Comissões da Câmara e disse que a Instituição também está apta a receber os usuários do Centro de Convivência Municipal Salviano Avelar.

Segundo a Câmara, as Comissões querem que o assunto seja resolvido o mais rápido possível. Após concluir o trabalho, as Comissões produzirão um relatório, indicando quais serão as providências mais imediatas que precisam ser adotadas.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Foto: Câmara Municipal