Preço médio do diesel em BH e região chegou a R$ 7,69 e o da gasolina, a R$ 7,56, segundo pesquisa do Mercado Mineiro

 

O preço da gasolina em Belo Horizonte e região metropolitana continuou a aumentar na última semana, antes de sentir o potencial efeito do teto do ICMS, que passou a valer na última quinta-feira (23), após sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao mesmo tempo, o preço diesel, que em Minas Gerais tem pouca margem para diminuição, disparou na capital e ultrapassou a média do valor da gasolina, segundo levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro, divulgada nesta segunda-feira (27).

O novo teto do ICMS pode baixar o preço da gasolina em R$ 1,47, após o reajuste mais recente da Petrobras, segundo estimativa da Valêncio Consultoria, especialista do setor. Por enquanto, porém, sem a regulamentação da mudança pelo Estado, a diminuição não chegou à maior parte das bombas. A pesquisa do Mercado Mineiro consultou 182 postos entre os dias 21 e 25 de junho e verificou um aumento médio de 1,57%, ou R$ 0,12 no preço, desde o dia 10. A média chegou a R$ 7,56. O maior preço localizado na pesquisa foi R$ 7,89 e o menor, R$ 7,14.

Desde janeiro de 2021 até junho de 2022, o preço do diesel quase dobrou, com um aumento de quase 99,7%. Só entre 10 e 25 de junho, o valor do diesel teve um aumento de 10,78%, ou R$ 0,75, na Grande BH, e a média do combustível chegou a R$ 7,69. O preço varia de R$ 7,34 a R$ 8,09 em diferentes postos.

Como entidades regionais já vêm apontando, esta é a primeira vez que o preço do diesel ultrapassa o da gasolina desde 2004. A alta acentua o transtorno no transporte coletivo e para caminhoneiros, que dependem do combustível.

Na contramão dos demais combustíveis, o preço do etanol diminuiu no mesmo período, com uma queda média de 3,78%, ou R$ 0,20. A média do combustível calculada pelo Mercado Mineiro é R$ 4,97. O valor é 65% do preço da gasolina, portanto ele compensa para o motorista — quando o preço do álcool é menor do que 70% do preço da gasolina, ele é, em geral, mais viável.

Fonte: O Tempo
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