Parecer sobre perda de mandato de Flordelis será entregue a Maia nesta quinta

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O corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), irá entregar nesta quinta-feira (1º), o parecer no processo contra Flordelis (sem partido-RJ), que pode culminar na perda de mandato da deputada. O conteúdo do relatório ainda não foi divulgado.

Flordelis foi acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ele foi morto a tiros em junho de 2019, em Niterói (RJ). A parlamentar diz que é inocente. O pedido de representação contra Flordelis foi feito pelo deputado Léo Motta (PSL-MG), que alegou que a deputada praticou atos “incompatíveis com o decoro parlamentar”.

Ela apresentou sua defesa em depoimento à Corregedoria Parlamentar no último dia 22. O corregedor tinha até 45 dias úteis para apresentar sua conclusão, mas ele já havia adiantado que não pretendia utilizar todo esse período.

A entrega será feita ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na residência oficial da Presidência da Câmara. Será o primeiro dia de agendas públicas de Maia após ter sido diagnosticado com a covid-19, em 16 de setembro, e ter mantido o isolamento.

A Corregedoria fez a análise prévia da acusação e o parecer é devolvido à Mesa Diretora da Câmara, que decide se remete o caso para análise do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Se o colegiado aprovar a representação, é necessária uma votação final em Plenário. Com o estado de calamidade pública, a Câmara está funcionando em esquema remoto, apenas com deliberações em Plenário.

As comissões estão sem funcionar, mas um projeto de resolução visa autorizar o Conselho de Ética a realizar reuniões virtuais pelo mesmo sistema que vem sendo utilizado para as votações do Plenário. O projeto ainda precisa ser aprovado pelos deputados para que o colegiado seja instalado.

Flordelis teve a filiação ao PSD suspensa e afastada da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, da qual era vice-presidente. No fim de agosto, a deputada enviou um pedido de socorro em um grupo de Whatsapp da bancada feminina da Câmara do Deputados. Na mensagem ela dizia que “jura” que vai conseguir provar a inocência e pede “pelo amor de Deus” para não ter o mandato cassado.

Fonte: Agência Câmara

 

 


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