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Comissão aprova multa em dobro para condenado por corrupção; novas regras podem afetar Kaboja e Print Júnior

Comissão aprova multa em dobro para condenado por corrupção; novas regras podem afetar Kaboja e Print Júnior

Kaboja e Print Júnior são réus em ação penal acusados de corrupção passiva (Foto: Montagem/Sintram)

A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou projeto que determina que aplicação de multa em dobro para agentes públicos condenados por peculato, corrupção passiva ou concussão. A penalidade deverá ser o dobro da propina  ou da vantagem indevida aproveitada pelo agente público.

A legislação atual prevê que as multas devem ser calculadas pelo juiz. De acordo com a relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), estão limitadas a R$ 7,1 milhões, o que seria insuficiente para coibir o crime, conforme a parlamentar. O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça.

Em Divinópolis, os vereadores afastados Eduardo Print Júnior (PSDB) e Rodrigo Kaboja (PSD) são réus em uma ação penal que corre na 2ª Vara Criminal. Entre as acusações estão o crime de corrupção. Os dois vereadores, que estão afastados dos cargos desde o ano passado, caso condenados, poderão  ser punidos pela nova regra em discussão no Senado.

Em caso de multa, Rodrigo Kaboja poderia pagar R$ 380 mil, mais correções, enquanto Print Júnior poderia ser penalizado a pagar R$ 110 mil, mais correções. Esses valores foram calculados de acordo com dados que compõem a Ação Civil Pública que gerou a ação penal contra os dois vereadores.

SAIDINHAS

Outro item da pauta, o que agrava a pena para crimes cometidos durante as saidinhas temporárias de presos, por aqueles em prisão domiciliar ou fugidos do sistema prisional foi adiado a pedido do relator, senador Espiridião Amin (PP-SC). O presidente Lula tem até a próxima semana para vetar ou sancionar uma proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que acaba com essas saidinhas de presos em feriados e datas comemorativas, mantendo apenas para aqueles que frequentam cursos profissionalizantes ou estudam nos ensinos médio e superior e não tenham sido condenados por crimes hediondos.

O entendimento do relator é o de que essa proposta em análise na comissão pode mudar dependendo da sanção ou do veto do presidente. A análise presidencial pode ocorrer até o dia 11 de abril.

Reportagem: Jotha Lee
Com informações da Agência Senado

 

 

 

Pena máxima para os crimes imputados aos vereadores Kaboja e Print Júnior pode chegar a 18 anos de reclusão

Pena máxima para os crimes imputados aos vereadores Kaboja e Print Júnior pode chegar a 18 anos de reclusão

Kaboja e Print Júnior agora são réus em ação penal (Foto: Montagem/Sintram)

Conforme o Portal do Sintram antecipou em reportagem publicada nesta terça-feira (5), os vereadores afastados Rodrigo Kaboja (PSD) e Eduardo Print Júnior (PSDB) já são réus em uma ação criminal que tramita na 2ª Vara Criminal de Divinópolis. Kaboja foi incurso artigo 317, §1º, do Código Pena (corrupção passiva) e por nove vezes e no artigo 1º, da Lei 9.613/98, na forma do artigo 69, do CP (lavagem de dinheiro). A pena máxima para esses crimes pode chegar a 18 anos de reclusão. Eduardo Print Júnior incurso no artigo 317, §1º, do Código Penal, por três vezes, na forma do art. 69, do CP.

A denúncia contra os dois parlamentares, acusados pelo Ministério Público de corrupção e lavagem de dinheiro, foi aceita pelo juiz Mauro Riuji Yamani, da 2ª Vara Criminal, e publicada no início da tarde desta terça-feira (5). O juiz rejeitou as apelações das defesas, que arguiram que não tiveram acesso integral aos acordos de não persecução penal. Entretanto, o juiz afirmou que “as respectivas confissões dos acordos foram juntadas aos autos em 19 de outubro de 2023. Dessa forma, o acusado já tinha conhecimento quanto ao teor dos depoimentos dos investigados”.

O juiz disse ainda que a denúncia formulada pelo MP “revelou que a mesma atendeu aos requisitos legais, narrando a conduta dos acusados de maneira clara e de forma a possibilitar-lhes a ampla defesa, descrevendo os supostos crimes de acordo com indícios até então existentes nos autos”. O juiz disse, ainda, que “há na denúncia um mínimo de conteúdo probatório, o que é suficiente para o início da persecução penal, sendo apresentados indícios de materialidade e autoria, não sendo cabível, na presente fase processual, uma análise aprofundada das provas, como pretendeu as defesas”.

Print Júnior e Rodrigo Kaboja escaparam da cassação dos seus mandatos pela Câmara Municipal em reunião especial realizada na última segunda-feira. Os dois vereadores continuam afastados, já que esta foi uma decisão judicial em atendimento do MP, porém continuarão recebendo salários pagos pelo erário.

Leia a íntegra da decisão de Mauro Riuji Yamani

O QUE DIZ EDUARDO PRINT JÚNIOR

Print Júnior diz que não abre mão de olhar os olhos do prefeito (Foto: Reprodução/TV Câmara)

Em nota, Eduardo Print Júnior disse que a verdade virá à tona “assim como aconteceu na Câmara”.  Disse ainda que “agora caberá ao Ministério Público provar suas alegações, pois culpa ou dolo não se presumem. Ambos devem ser demonstrados com provas irrefutáveis e não com ilações”.

O vereador afastado disse ainda que na Justiça o prefeito será ouvido e terá que comparecer pessoalmente. “Insisto no depoimento [do prefeito] e dele não abro mão. Friso que se na Câmara Municipal ele conseguiu não olhar nos meus olhos, na Justiça tal não ocorrerá, pois, mesmo que peça que eu me retire da sala de audiências, direito que lhe assiste, as perguntas terão que ser respondidas. Sua covardia e seus aliados não o socorrerão. Ele e outros buscam vingança pois para eles meu erro foi fiscalizar e cobrar respostas, tanto dele quanto do Ministério Público, eu busco Justiça”, afirmou Print Júnior.

O vereador Rodrigo Kaboja não se pronunciou sobre o recebimento da denúncia.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram