Autor: Jota

Lei estabelecerá multa para empresa que descumprir igualdade salarial

Lei estabelecerá multa para empresa que descumprir igualdade salarial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina projeto que prevê punição para empresa que descumprir igualdade salarial (Foto: Ricarco Stucket/PR)

Empregadores que pagarem salários diferenciados a uma mulher que tem o mesmo tempo de casa, a mesma função e com escolaridade semelhante a um funcionário homem serão multados em 10 vezes o valor do maior salário pago na empresa. É o que consta no projeto de lei sobre igualdade salarial assinado nesta quarta-feira (8) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e enviado para análise do Congresso Nacional.

O texto prevê a obrigação das empresas que têm mais de 20 empregados darem transparência às faixas salariais para dar capacidade de fiscalização ao Ministério do Trabalho. A pasta também deverá elaborar um protocolo de fiscalização para esses casos.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, explicou que “nos casos gritantes de discriminação”, um juiz competente poderá, em caráter liminar, determinar que a mulher receba o mesmo salário que o homem já no mês da denúncia de desigualdade.

Sobre a possibilidade dessas medidas resultarem na redução de contratação de mulheres, Tebet afirmou que esse é um discurso misógino (de ódio ou aversão às mulheres) por parte de setores produtivos.

“Se algum empregador estiver discriminando uma mulher, se isso for fator para que ele não contrate uma mulher, não vai faltar empresas sérias, responsáveis e compromissadas para isso”, disse.

“Nós somos imprescindíveis no mercado de trabalho, não só no setor de cuidado, não só como enfermeiras, como professoras ou ramo da confecção, hoje somos imprescindíveis no mercado de trabalho porque se não contratarem mulheres vão ter dificuldade na sua produção”, disse Tebet após cerimônia de celebração ao Dia Internacional da Mulher, no Palácio do Planalto.

Tebet ressaltou que a medida ainda será debatida pelos parlamentares, mas lembrou que texto semelhante já foi aprovado. Em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto chegou a devolver ao Congresso Nacional um projeto de lei, que estava pronto para sanção, e aumentava a multa no valor correspondente a cinco vezes a diferença salarial paga pelo empregador. O projeto, desde então, está parado na Câmara dos Deputados.

VIOLÊNCIA HISTÓRICA

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao aceitar que a mulher ganhe menos que o homem no exercício da mesma função, se perpetua uma violência histórica contra as mulheres. “É importante lembrar que nesse projeto de lei tem uma palavra que faz a diferença de tudo que já foi escrito sobre trabalho igual entre homens e mulheres. E essa mágica palavra é ‘obrigatoriedade’ de pagar o salário igual. Vai ter muita gente que não vai querer pagar, mas para isso a Justiça tem que funcionar para obrigar o empresário que não pagar, pagar aquilo que a mulher merece pela sua capacidade de trabalho”, disse.

Durante seu discurso, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, citou estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que aponta que a igualdade salarial entre homens e mulheres pode acrescentar 0,2% à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) de um país. “Estamos trabalhando intensamente para que isso se concretize”, disse, destacando que a desigualdade salarial no Brasil chega a 30%, mesmo as mulheres tendo maior nível educacional.

MISOGINIA

Na celebração no Palácio do Planalto, o presidente Lula anunciou uma série de ações do governo federal que incidem diretamente no combate à violência e na garantia de direitos das mulheres. Para ele, o respeito às mulheres é um valor inegociável.

“Houve um tempo em que o 8 de março era comemorado com distribuição de flores, enquanto os outros 364 dias eram marcados pela discriminação, machismo e violência. Hoje, estamos comemorando 8 de março com o respeito que as mulheres exigem. Respeito em todos os espaços que elas queiram ocupar, seja no trabalho, em locais públicos, na política ou dentro de suas próprias casa”, disse Lula.

Ao citar o conjunto de medidas anunciadas, a ministra Cida Gonçalves propôs um pacto social para enfrentamento à misoginia e à violência contra mulher.

“É primordial que o poder público faça seu papel, mas é preciso ir além e continuar avançando na compreensão que o desprezo e ódio às mulheres não podem ser naturalizados. Não podemos aceitar o fato de que homens ganhem dinheiro na internet praticando misoginia, e isso precisa parar. Esse ambiente nos faz retomar estatísticas tão repetidas, mas ainda assim tão chocantes: a cada dia três mulheres são mortas no Brasil pelo fato de serem mulheres. O enfrentamento ao feminicídio é uma luta política urgente”, destacou.

Já é de conhecimento público a existência de grupos masculinistas que propagam misoginia e ameaçam mulheres na internet. Um deles, o movimento RedPill, usa o suposto discurso de autoajuda nos relacionamentos para propagar machismo e misoginia.

Nesse contexto de combate à violência, a ministra anunciou a recriação do programa Mulher Viver sem Violência, com a implantação de 40 unidades da Casa da Mulher Brasileira, com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e investimento de R$ 372 milhões. O programa prevê ainda a doação de 270 viaturas para a Patrulha Maria da Penha, em todos os estados.

O Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher, também está sendo reconstruído. Na gestão anterior, houve a integração desse sistema com o Disque 100 e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Nesse telefone, é possível registrar denúncias contra qualquer tipo de violência de gênero, com ligação gratuita de qualquer lugar do país. O serviço funciona 24 horas por dia.

Confira as ações anunciadas pelo governo federal neste 8 de março

Mão de obra feminina – Decreto prevendo a regulamentação da cota de 8% da mão de obra para mulheres vítimas de violência em contratações públicas na administração federal direta, autarquias e fundações. Será lançada também a política de enfrentamento ao assédio sexual e moral e discriminação na administração pública federal.

Violência política – Projeto de lei para que o 14 de março seja transformado no Dia Nacional Marielle Franco, data com foco no enfrentamento à violência política de gênero e de raça. Essa data marca o dia em que a vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada, em 2018.

Dignidade menstrual – Decreto que trata da dignidade menstrual, com o compromisso de distribuição gratuita de absorventes no Sistema Único de Saúde (SUS). Adicionalmente, será lançado um programa de equidade de gênero e raça entre os servidores do SUS.

Ações internacionais – O governo federal vai ratificar a Convenção 190 da OIT, primeiro tratado internacional a reconhecer o direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e assédio, incluindo violência de gênero. Entre outras medidas, a Convenção 190 amplia conceitos de assédio sexual e moral no trabalho.

O país vai aderir à Coalizão Internacional de Igualdade Salarial, que envolve entidades como a OIT, a ONU Mulheres e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Educação e esporte –  Retomada das obras de 1.189 creches que estavam com o andamento paralisado.

Nos próximos dois anos, também serão asseguradas vagas em cursos e programas de educação profissional e tecnológica para 20 mil mulheres em situação de vulnerabilidade.

Assinatura de um decreto que determina a licença-maternidade para integrantes do Bolsa Atleta. A intenção é garantir o respeito, de forma ampla, à maternidade e à gestante. O texto garante o recebimento regular das parcelas do programa voltado para atletas de alto desempenho até que a beneficiária possa iniciar ou retomar a atividade esportiva.

Cultura – Edital Ruth de Souza de Audiovisual, que vai dar suporte a projetos inéditos de cineastas brasileiras para realização do primeiro longa-metragem. São R$ 10 milhões em investimentos.

Outra linha de ação é o incentivo à literatura, com R$ 2 milhões no Prêmio Carolina Maria de Jesus, para livros inéditos escritos por mulheres.

Ciência e pesquisa – Instituir a Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas e Mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação. A estimativa é de que haja uma chamada pública do CNPq de R$ 100 milhões, voltada para mulheres nas ciências exatas, engenharia e computação.

Autonomia financeira – Lançamento de um edital de assistência técnica rural para mulheres do campo, pelo programa Organização Produtiva Econômica das Mulheres Rurais, com R$ 50 milhões de investimento e perspectiva de atender até 20 mil mulheres.

O Banco do Brasil anunciou que cinco carretas do Agro Mulher percorrerão o país com oferta de crédito diferenciado para mulheres, serviços financeiros e capacitação para pessoas físicas e jurídicas.

A Caixa Econômica Federal promoverá o Mulheres na Favela, com a qualificação de mulheres em três laboratórios de inovação social no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

O BNDES enfatizará o Projeto Garagem, com aceleração de startups lideradas por mulheres.

Grupos de trabalho – Criação de grupos de trabalho interministeriais com foco na garantia de direitos das mulheres. Um deles será voltado para a elaboração de uma Política Nacional de Cuidados, outro para formular o Plano Nacional de Igualdade Salarial, Remuneratório e Laboral entre Mulheres e Homens e um terceiro terá como meta a Política de Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual e Discriminação na Administração Pública.

Grupos de trabalho para o Enfrentamento à Violência Política de Gênero e Raça e outro para formulação da Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas na Ciência, Tecnologia e Inovação. Palestras, eventos, seminários e debates estão previstos para todo o mês em diversos ministérios.

Colegiado –  A Secretaria-Geral da Presidência da República determinou que a representação feminina nos conselhos e comissões vinculados à pasta deverá ser de, no mínimo, 50% de sua composição. A paridade de gênero foi definida em portaria publicada nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União. O texto estabelece ainda que pelo menos 20% dos assentos nos colegiados terão de ser ocupados por pessoas autodeclaradas pretas e pardas.

De acordo com a portaria, as organizações da sociedade civil poderão indicar a mesma pessoa como representante em até dois conselhos ou comissões, e os indicados terão direito a até dois mandatos consecutivos ou três alternados.

Os colegiados vinculados à Secretaria-Geral são o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; Conselho de Participação Social; Conselho Nacional da Juventude; Conselho Nacional de Fomento e Colaboração; Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica; e Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: Agência Brasil

 

 

Ministério Público obriga Prefeitura a realizar concurso público e acabar com contratações temporárias

Ministério Público obriga Prefeitura a realizar concurso público e acabar com contratações temporárias

Vereador Roger Viegas, na sessão da Câmara do dia 28 de fevereiro: “O Ministério Público não quer trabalhar” (Foto: Reprodução/TV Câmara)

Uma medida adotada pelo Ministério Público de Minas Gerais contra a Prefeitura da cidade de Aimoré, no Vale do Rio Doce, serve parar traçar um paralelo da situação vivida hoje por Divinópolis. O MP acaba de ajuizar uma Ação Civil Pública (ACP) contra a Prefeitura daquela cidade, requerendo que o município seja obrigado a realizar concurso público no prazo de 180 dias. O MP explica que o objetivo é acabar com o excesso de contatos temporários de trabalho.  “A medida busca o provimento dos cargos efetivos atualmente existentes cujas atribuições estejam sendo desempenhadas por funcionários contratados, sejam temporários, prestadores de serviço ou admitidos indevidamente por processo seletivo”, explica o MP.

Conforme a ACP, a obrigação deve valer inclusive para cargos dos profissionais que atuam nos serviços, programas e projetos socioassistenciais da Secretaria Municipal de Assistência Social, assim como para aqueles vagos que surgirem no decorrer do processo e outros que eventualmente venham a ser criados por lei.

O MP requer, ainda, a revisão de todos os contratos temporários vigentes de admissão de pessoal, de todas as admissões por processo seletivo e de todos os contratos de prestação de serviços para atribuições concernentes a cargos efetivos, para fins de rescisão unilateral dos que se mostrarem ilegais. A instituição também pede que o Município de Aimorés seja proibido de firmar novos contratos temporários de admissão de pessoal, de processos seletivos ou de contratos de prestação de serviços.

PRÁTICA ILEGAL

Segundo o MP, há anos a Prefeitura de Aimorés preenche o seu quadro de pessoal ignorando as regras que regem a matéria, uma vez que contrata servidores sem concurso público, excessivamente e em desacordo com as normas constitucionais e legais. “O que se pode perceber, durante o trato da situação, é que a celebração de contratações temporárias e em caráter precário, de maneira geral, em detrimento da realização de concurso público, trata-se de prática padronizada e costumeira pelo demandado, isso é, estabelecida inversamente como regra”, afirma trecho da ação.

DIVINÓPOLIS

A Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Aimorés foi impetrada de ofício pelo Ministério Público. O órgão entende que a Prefeitura da cidade está driblando a legislação e, por consequência, causando prejuízos ao erário.

Divinópolis vive situação idêntica. Em 1998, as contratações temporárias foram legalizadas no município, através da Lei 4.450, de autoria do então prefeito Domingos Sávio, à época filiado ao PSDB. A lei fixou as regras para “contratação de pessoal por prazo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”.

Ao longo dos anos, a legislação vem sendo burlada e as contratações temporárias vêm sendo feitas repetidamente para os mesmos cargos e vagas, sem que o município adote providências para a realização de um concurso público para acabar com essa lacuna. Ao contrário, o prefeito  Gleidson Azevedo (PSC) está aumentando as possibilidades de ampliar as contratações temporárias. No dia 24 de novembro do ano passado, ele protocolou na Câmara o Projeto de Lei 87/2022, que acabava com o prazo para as contratações temporárias, permitindo que os contratos administrativos de trabalho fossem renovados por prazos indefinidos. Atualmente a Lei permite a contratação por um ano e renovação por mais um. A proposta do prefeito era renovar os contratos indefinidamente.

A diretoria anterior do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) se posicionou imediatamente contra o projeto, uma vez que a mudança proposta pelo prefeito, além de  acabar com a necessidade de realização de concursos públicos, ainda permitiria o aumento dos servidores sob o regime de contratos temporários. A atual diretoria, liderada por Marcos Aurélio Gomes, também mantém o mesmo posicionamento. O Sintram, assim como os servidores, defendem a realização de concursos para acesso ao serviço público municipal.

Após a manifestação do  Sintram, o prefeito Gleidson Azevedo enviou à Câmara uma Mensagem Modificativa ao projeto, protocolada no dia 26 de dezembro do ano passado. A mensagem altera o projeto original e limita a possibilidade de renovação indefinida dos contratos temporários em situações específicas. Com as alterações encaminhadas pelo prefeito à Câmara, os contratos poderão ser renovados sem limite de prazo somente nas seguintes situações:

  • atendimento a situações declaradas de calamidade pública;
  • combate a surtos endêmicos no Município; e
  • continuidade dos serviços considerados essenciais e inadiáveis nas áreas de educação e saúde, nas hipóteses previstas no 10 da Lei Federal nº 7.783/89

O projeto, que foi protocolado com pedido de regime de urgência em novembro, continua tramitando na  Câmara e ainda não recebeu os pareceres das comissões permanentes do Legislativo.

“Nossa preocupação com excesso de contratos temporários é mais do que justificada. A própria Constituição da República, bem como a nossa Lei Orgânica, definem que a entrada no serviço público deve ocorrer por concurso. Alem disso, temos a situação do Diviprev [Instituto de Previdência] que não consegue equilibrar receita e despesa, apresentando recorrentes déficits que colocam em risco sua sobrevivência. A única forma de equilibrar a situação do Diviprev é aumentar sua receita e o único meio de fazer isso é aumentando o número de contribuintes, o que só pode ocorrer com o aumento do número de servidores efetivos. Essa é a nossa grande preocupação”, destaca o presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes.

De acordo com a base de dados do Diviprev, a Prefeitura de Divinópolis fechou 2022 com 5.195 servidores, dos quais 1.500 estão sob o regime de contratos temporários. Isso significa que 28,80% de toda a mão de obra da Prefeitura deixa de contribuir para o Diviprev, já que as contribuições dos trabalhadores contratados temporariamente são feitas par ao Regime Geral de Previdência (INSS).

MINISTÉRIO PÚBLICO

O MP tem assistido a essa situação passivamente e nenhum questionamento foi feito pelo órgão ao Executivo sobre o excesso e a continuidade das contratações temporárias. Na sessão da Câmara, do dia 28 de fevereiro, o vereador Roger Viegas (Republicanos) criticou duramente a atuação do MP em Divinópolis que, no seu entendimento, tem se omitido na fiscalização do Executivo.

“(…) afinal de contas, o Ministério Público, aqui da cidade…. olha, sinceramente, esse não tem vontade de agir. Tenho todo respeito, um imenso respeito [pelo MP], mas chega de enganar o povo. (…) Nunca achei que eu ia sentir saudade do [promotor] Gilberto Osório, tanta saudade assim. E olha que o Gilberto Osório já me fiscalizou… estava tranquilo, quem não deve, não teme. Tenho saudade, porque ele fiscalizava, doa a quem doer. Seja político de alta patente, seja de baixa, assim como eu, qualquer um. O Ministério Público [de Divinópolis] agora não quer agir”, criticou o vereador.

Para criticar a inércia do Ministério Público na cidade, Roger Viegas citou o exemplo da CPI da Copasa, instaurada na Câmara Municipal em 2018, que, segundo ele, entregou ao MP uma vasta documentação sobre a atuação da empresa. O relatório da CPI citada por Viegas para criticar a atuação do MP na cidade, se transformou no Decreto Legislativo 21/2018 e conclui sobre a existência de “fortes indícios de irregularidades [na Copasa] que devem ser avaliadas tanto pelo executivo municipal para as correções devidas, como também, pelo Ministério Público para as responsabilizações cabíveis, uma vez que o gestor não é o dono do interesse público, ele é um preposto, é um cumpridor de leis, ele só pode fazer o que a lei autoriza”, diz o relatório entregue ao MP, que até hoje não adotou nenhuma medida contra a Copasa, assim como também, de ofício, não adotou nenhum procedimento para investigar a avalanche de contratações temporárias pela Prefeitura de Divinópolis.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram