Vídeo sobre “Custo Bolsonaro” viraliza e autores dizem que não se identificarão

Um vídeo que viralizou nas redes sociais na noite dessa quinta-feira (4) questiona o “Custo Bolsonaro”, ao criticar a atuação do governo nas mais diversas frentes: da economia, com a intervenção na Petrobras e a fuga de investidores, ao enfrentamento da pandemia, com a falta de vacinas e a escalada das mortes por covid-19. A autoria da peça é desconhecida.

O vídeo foi postado pela primeira vez nas redes sociais pelo Instituto ClimaInfo, uma ONG de combate à desinformação sobre mudanças climáticas. “O custo Bolsonaro é o caos no país e o vexame no exterior”, diz a peça, compartilhada por políticos e personalidades de várias correntes ideológicas, inclusive pelos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (Psol). O ministro da Economia, Paulo Guedes, só é citado uma vez na gravação, quando é criticada sua ausência em encontro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“O custo Bolsonaro é a fuga dos investidores internacionais. E não dá para culpá-los. Pense bem: você confiaria seu dinheiro a essa equipe? Custo Bolsonaro é ter a Damares falando na ONU e Guedes fora da OCDE. É perder a confiança da China por causa do filho do presidente e perder a confiança dos Estados Unidos por causa de mentiras de WhatsApp”, destaca a publicação. “Custo Bolsonaro é ver o Queiroz mais protegido que a indústria nacional”, prossegue a campanha ao citar o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), acusado de operar um esquema de rachadinha para o filho mais velho do presidente.

A ONG informou nas redes sociais que divulgou o vídeo por compartilhar do mesmo inconformismo de seus autores, cuja identidade não será revelada. Segundo a entidade, os responsáveis pela peça não têm vínculo com partido político ou candidatos. “Os autores preferem manter seus nomes privados. Primeiro porque o foco deve ser na mensagem, no alerta. Segundo porque todos podem ver e sentir a atmosfera autoritária imposta por um governo que mobiliza o Estado e as redes para perseguir seus críticos.”

Fonte: Congresso em Foco