O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apoiador do candidato da extrema-direita à Presidência, Javier Milei, foi cortado do ar na TV argentina, neste domingo (22/10), quando começou a defender que a população do país tivesse acesso a armas de fogo, o que implicaria, segundo ele, em “dar condições para que os cidadãos tenham direito à legítima defesa”.
As declarações em curso, que aconteciam durante uma transmissão ao vivo do Canal 5 Notícias, foram interrompidas por um dos jornalistas no estúdio, que agradeceu ao repórter que comandava a entrevista na rua.
“Obrigado, Mariano (repórter). A Argentina é generosa demais em receber esse tipo de gente. Por isso que seu pai foi tirado do poder, por lógica, pelos brasileiros”, declarou o apresentador.
Vale dizer que esta não é a primeira vez que o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro defende publicamente a flexibilização do porte e da posse de armas para cidadãos comuns. Em julho, ele disse que se o movimento pró-armas estava sendo vinculado aos ataques de 8 de janeiro é porque “estão fazendo um excelente trabalho”. A declaração ocorreu durante evento do movimento pró-armas, em Brasília, que terminou com uma marcha até o Congresso Nacional.
“Quando um cara entra na sua casa, é você quem deve dar o primeiro combate. Não é o governo, não é, com todo respeito, a polícia”, argumentou Eduardo, na ocasião, ao defender a posse de arma que, segundo ele, “é sobre liberdade”.
Antes disso, em junho, Eduardo Bolsonaro usou as redes sociais para comparar as medidas do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre armas de fogo com as praticadas pela Alemanha nazista.
“Na Alemanha nazista eram negados aos judeus o acesso a armas através de um critério subjetivo. No Brasil do desarmamento também é um critério subjetivo, a declaração efetiva necessidade, que nega ao brasileiro este mesmo direito (sic)”, escreveu.
Fonte: Estado de Minas