Sintram vai ao Crevisa verificar condições de trabalho dos servidores

Um incidente ocorrido na quinta-feira (10) da semana passada envolvendo funcionários do Centro de Referência de Vigilância em Saúde Animal (Crevisa) e membros de uma organização não governamental de proteção aos animais, mostrou a falta de segurança no local. Diante da proporção que o caso ganhou, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) fez uma visita ao local para ouvir os servidores sobre o ocorrido e buscar soluções.

Na sexta-feira (11) pela manhã, estiveram no Crevisa o vice-presidente do Sintram, Wellington Silva, e os diretores Antônio Leonardo Rosa, Geise de Fátima Silva, Marco Aurélio Gomes e Demétrio Bento da Cruz, para uma conversa com os funcionários. No momento da visita, dos 19 funcionários, apenas seis se encontravam no Crevisa. Também se encontravam no local representantes de uma ong de proteção aos animais, que pressionavam os servidores diante do ocorrido. Imediatamente os diretores do Sintram intervieram na discussão, garantindo que o sindicato vai intermediar uma solução junto à Secretaria de Saúde para as dificuldades enfrentadas pelos funcionários do Centro.

INSEGURANÇA

Após uma conversa com a diretoria do Sintram, os representantes das ongs entenderam que o ocorrido não é responsabilidade dos servidores e sim da administração, que não investe no Crevisa. Os diretores do Sintram mostraram aos representantes da ong que a categoria trabalha no limite, sem as condições de trabalho adequadas e que somente pelo esforço de cada um ainda é possível manter o Crevisa em atividade.

Em conversa com os diretores do sindicato, os funcionários do Crevisa relataram que a falta de segurança começa logo na portaria, onde não há um funcionário específico para controlar a entrada de visitantes. Uma servidora disse que atualmente para manter um controle mínimo de entrada e saída é preciso ser feito um revezamento entre os funcionários. A mesma servidora contou, ainda, que devido a proximidade do lixão, é comum aparecerem cobras e outros animais peçonhentos. Ela revelou que há 15 dias, uma enorme cobra foi retirada da área interna do Crevisa.

Ainda de acordo com o relato, é destacado para o controle da portaria um servidor que esteja ocioso, o que nem sempre ocorre, já que as atividades no local são intensas e o número reduzido de trabalhadores não permite que haja um servidor durante todo o dia no controle da portaria. “Qualquer um entra e sai a hora que quer. Nós precisamos no mínimo de mais quatro funcionários para melhorar o atendimento e as condições de trabalho”, disse Erson Ribeiro, da Vigilância em Saúde.

Segundo o secretário geral do Sintram, Demetrio Bento da Cruz, no encontro em que a diretoria do Sindicato manteve com o prefeito Galileu Machado (MDB) a quinta-feira passada, o chefe do Executivo informou que o concurso público realizado no ano passado será homologado no próximo dia 21 e imediatamente serão nomeados servidores para a Saúde e Educação, o que gera a expectativa de que sejam enviados trabalhadores para o Crevisa.

Apesar da promessa do Executivo, o Sintram vai tomar as primeiras medidas para discutir com maior profundidade a situação do Centro de Referência. De acordo com o diretor Jurídico do Sindicato, Antônio Leonardo Rosa, será solicitada uma reunião com o Secretário de Saúde, Amarildo Sousa, para tentar uma solução. “Vamos notificar imediatamente através de ofício a Secretaria de Saúde sobre a situação dos servidores, já alertando para a necessidade de melhora nas condições de trabalho e da necessidade de nomeação de mais funcionários para o local. Entendemos as dificuldades do pessoal que trabalha no Crevisa e para que possam desenvolver suas atividades com segurança, é preciso oferecer as condições adequadas e é isso que vamos reivindicar junto ao secretário”, frisou Antônio Leonardo.