Sintram trabalha em defesa de servidores lotados na UPA que querem permanecer na unidade após mudança de gestão

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municiais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Luciana Santos, reuniu-se nesta segunda-feira (25) na sede do sindicato, com um grupo de 24 servidores lotados na Unidade Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto. Também participaram da reunião os diretores Geise de Fátima Silva e Marco Aurélio Gomes. O encontro teve como objetivo tratar da mudança de gestão na unidade e da permanência dos servidores em seus postos de trabalho.

A UPA, que nos últimos anos passou por dificuldades administrativas, superlotação, atrasos de salário e falta de material e até medicamentos, diante da ineficiência administrativa da Santa Casa de Formiga, organização social (OS) que venceu a primeira licitação para a terceirização dos serviços da unidade, terá nova gestão a partir desse ano. Diante da má qualidade do serviço prestado à população, a Prefeitura de Divinópolis rescindiu o contrato e já está em andamento o processo licitatório para contratação de nova OS.

Sete organizações foram consideradas aptas para a disputa do processo licitatório. A mudança de gestão na UPA está causando uma enorme insegurança aos servidores municipais que prestam serviços à unidade. Na reunião ocorrida nesta segunda-feira, a presidente do Sintram, Luciana Santos, ouviu dos servidores que eles temem que a mudança de gestão possa afetá-los, inclusive com transferências para outras unidades de saúde. Os servidores querem continuar prestando serviços à UPA e o encontro com os dirigentes sindicais teve como objetivo pedir a interferência do Sintram para que permaneçam em seus cargos. Boa parte desses servidores tem mais de 20 anos no serviço público dedicados a atendimentos de urgência, com vasta experiência e formação profissional adequada, que os qualificam para a atividade. MEDIDAS

A presidente Luciana Santos garantiu aos servidores que toda a diretoria do Sintram trabalhará incansavelmente para que eles sejam mantidos em seus cargos. “Está mais do que comprovado que a UPA só resistiu a esses últimos anos de uma gestão totalmente equivocada, graças a servidores abnegados, competentes e que desempenham suas funções na unidade com muita responsabilidade. Não fosse isso, a crise na UPA seria muito maior. Esses servidores enfrentaram situações extremante difíceis nos últimos anos, como falta de medicamentos, de material básico, superlotação, mesmo com recorrentes atrasos salariais. Não temos dúvida de que a competência profissional, a responsabilidade com o ser humano e com o serviço público foram imprescindíveis para que a UPA tenha resistido. Por isso, temos certeza que haverá sensibilidade do governo municipal e esses fiéis servidores da população serão mantidos em seus cargos”, afirmou a presidente.

Luciana Santos já tomou as primeiras medidas para tratar especificamente desse assunto. Um ofício foi enviado ao prefeito Galileu Machado (MDB) solicitando uma reunião. Já na próxima sexta-feira o assunto será tratado com o secretário municipal de Saúde, Amarildo Sousa. Luciana Santos tem agenda marcada com o secretário para tratar de vários assuntos e esta reivindicação dos servidores da UPA será pauta prioritária no encontro.