Com o alastramento da pandemia do coronavirus no município e em atendimento ao Ministério Público (MP), que abriu inquérito para investigar a falta de equipamentos de proteção individual para os servidores municipais de Divinópolis, o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), através de seu vice-presidente, Wellington Silva, reiniciou as fiscalizações dos setores da Prefeitura, onde é alto o risco de contágio pelo coronoavirus. O inquérito aberto pelo MP, após denúncia feita pelo Sintram, está em fase de conclusão.
Na última sexta-feira o vice-presidente esteve no Serviço Municipal do Luto e no almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), onde detectou que o município não está cumprindo todas as normas de segurança. Esta semana, o Sindicato enviará ofícios à Semusa e à Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur), responsável pelo Serviço de Luto, solicitando o cumprimento imediato de vários itens que estão em desacordo com as medidas mínimos de segurança estabelecidas pelos órgãos de saúde.
SEMUSA
Para a Semusa, o sindicato pedirá urgência na entrega de luvas, uma vez que no almoxarifado esse material não está disponível, além de providenciar o avental PVC forrado, impermeável e sem mangas para as servidoras da limpeza e o avental impermeável, descartável e de manga longa. “Verificamos que o avental disponibilizado não é impermeável, portanto, é incompatível com as Recomendações de Proteção aos Trabalhadores dos Serviços de Saúde no Atendimento de covid-19 e Outras Síndromes Gripais”, explicou Wellington Silva.
O sindicato também pedirá a substituição dos baldes utilizados para limpeza dos ambientes de saúde por baldes do tipo MOP, para evitar a contaminação das servidoras da limpeza. Esse tipo de balde permite a limpeza sem o contato com as mãos com o material utilizado para esfregar o piso. Será ainda solicitado o cumprimento da recomendação do Ministério Publico que preconiza o treinamento dos servidores de forma continua na utilização dos equipamentos de proteção individual.
SEMSUR
Com relação ao Serviço Municipal do Luto, o sindicato solicitará à Semsur que seja providenciado em caráter de urgência vestimentas impermeáveis e descartáveis ou esterilizáveis para o manejo de corpos suspeitos ou confirmados de covid-19. Também será pedido o fornecimento dos equipamentos de proteção individual adequados para os coveiros, conforme as Recomendações de Proteção aos Trabalhadores dos Serviços de Saúde no Atendimento de covid-19 e Outras Síndromes Gripais.
Outra medida de urgência será a troca dos extintores de incêndio do Serviço do Luto, cuja validade venceu em 2014. O sindicato também pedirá a troca das lixeiras e papel toalha que não está disponível para os servidores. O Sintram também quer a esterilização dos materiais utilizados na preparação de corpos. Ainda para o Serviço Municipal do Luto o sindicato pedirá o avental impermeável, descartável e de manga longa. “Verificamos que o avental disponibilizado não é impermeável, portanto, é ineficiente no momento da preparação de corpos”, disse Wellington Silva.
De acordo com o vice-presidente, é muito grande a preocupação do Sindicato com a segurança dos servidores públicos nesse momento de crescimento da pandemia na cidade. “O momento exige medidas eficazes para quem está na linha de frente de combate à pandemia e a saúde do servidor é responsabilidade do município. Alertamos a todos os servidores que se houver alguma situação de risco na unidade onde trabalham, que procurem o sindicado para tomarmos as providências necessárias. Não temos condições de vistoriar todos os locais onde há risco de contágio e o servidor e suas chefias podem nos procurar que nesse caso daremos prioridade. O que não vamos admitir é que nossos servidores sejam expostos à contaminação e que continuem trabalhando sem as devidas medidas de segurança”, finalizou Wellington Silva.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram