Sintram convoca assembleia para tomada de decisão sobre parcelamento de salários

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) convocou para o próximo dia 26 assembleia geral extraordinária para deliberar sobre assuntos de interesse dos servidores municipais, com foco principal no parcelamento de salários que voltou a ser praticado pela Prefeitura de Divinópolis. Pelo segundo ano consecutivo, o prefeito Galileu Machado (MDB) determina o parcelamento dos salários, mais uma vez argumentando que o município continua sob forte crise financeira.

De acordo com informação oficial da Prefeitura, 5% dos mais de 5.500 servidores municipais de Divinópolis ainda não receberam o salário integral de outubro. No dia 7 de novembro, a Prefeitura pagou R$ 3 mil e no dia 14, foram depositados mais R$ 2 mil. A Prefeitura não informa quando quitará os salários dos 5% que ainda não receberam o pagamento integral.

A assembleia do próximo dia 26 está marcada para o auditório do sindicato a partir de 18h em primeira chamada e 18h15 para a segunda. No dia 31 de outubro, logo após a confirmação do parcelamento dos salários, o Sintram realizou a primeira assembleia com os servidores para discutir a medida. Na ocasião, a categoria decidiu que aguardaria a liberação da folha de pagamento para a confirmação do parcelamento, como ocorreu. A nova assembleia foi convocada para que a categoria decida quais medidas deverão ser adotadas.

O vice-presidente do Sintram, Wellington Silva, em reunião com a secretária municipal de Fazenda, Suzana Xavier, no dia 10 de outubro, pediu que fosse apresentado ao sindicato um cronograma de pagamento, para que o servidor possa se organizar diante de novos parcelamentos. Entretanto, até esta terça-feira, a Prefeitura não apresentou o cronograma solicitado pelo vice-presidente.

Para Wellington Silva, é muito importante a participação dos servidores na assembleia, para que a categoria demonstre força e união. “Precisamos mostrar ao Executivo que o servidor não aceita essa política de parcelamento de salários, como forma de minimizar a crise financeira da Prefeitura. O servidor não pode continuar sendo punido pela má gestão dos recursos públicos, como vem acontecendo nos últimos anos. O parcelamento de salários é um desrespeito, uma punição ao trabalhador, que depende do seu salário para garantir o sustento da família. O governo municipal diz que está tomando medidas para a contenção de gastos, mas essas medidas pouco são sentidas e o servidor continua pagando a conta pela falta de planejamento”, afirmou o vice-presidente.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

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