Após denúncia de vários servidores, diretores do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) estiveram nesta terça-feira (2) no Centro Administrativo para verificar as condições de trabalho após a mudança de setores administrativos da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para o local. Participaram da vistoria a presidente Luciana Santos, o vice-presidente Wellington Silva, e a diretora de formação sindical, Geise Silva.
Os sindicalistas constataram situações preocupantes, como por exemplo falta de espaço entre mesas de trabalho, servidores de setores diferente alojados em espaço único, além do autoritarismo e truculência de chefes, que durante toda a visita impediram os servidores prejudicados de dar informações aos diretores do Sintram.
Além do desrespeito às normas de segurança contra a covid-19, os sindicalistas também observaram que o espaço reduzido vai prejudicar o bom desempenho profissional, além de inibir o acesso da população, já que a Semusa ficou dividia entre os 3º e 4º andares.
A mudança e endereço foi feita tão sem planejamento, que por falta e espaço nos andares onde foram alojados os setores administrativos da Semusa, parte da Vigilância Sanitária será instalada na garagem do Centro Administrativo.
“Economia às custas da saúde do servidor?”, interroga o vice-presidente do Sintram, Wellington Silva. “O governo municipal mostra indiferença e desprezo com a saúde e a vida dos servidores, quando determina a volta da carga horária de oito horas diária e aumenta o número de servidores em salas reduzidas. O momento agora é para preservar vidas e não pensar em economia, porém o Executivo age de forma contrária ao que recomendam autoridades de saúde pública do país inteiro”, afirma o vice-presidente.
Para Wellington Silva, o que foi constatado pelo Sintram é, no mínimo, muito preocupante. “Essa foi nossa primeira visita ao Centro Administrativo após a chegada do novo governo. É preocupante constatar que o patrão não está minimamente preocupado com a saúde do seu funcionário, promovendo aglomeração no local de trabalho, enquanto suas equipes de saúde preconizam o contrário. Também é preocupante verificar que, em nome de uma economia duvidosa, já que ninguém ainda apresentou números sobre os valores que serão economizados com essa mudança, o Executivo imponha aos servidores condições inadequadas de trabalho, seja pela falta de espaço, seja pelo amontoado de gente em um único setor, ou pelo aumento considerável do risco de contágio. Vamos estudar se há algo que possa ser feito, talvez através de argumentações práticas, mas o certo é que alguma coisa precisa ser feita em nome da saúde do servidor e, principalmente, em nome da capacidade de prestação de serviços decentes à população”, afirmou o vice-presidente do Sintram.
A inspeção feita nesta terça-feira No Centro Administrativo pelos diretores do Sintram, além de atender aos servidores da Semusa, também faz parte das inspeções que o Sindicato vem fazendo desde o ano passado em diversos setores a Prefeitura para verificar o uso de equipamentos de proteção individual e medidas de segurança para evitar o contágio pela covid-19. As inspeções atendem a pedido do Ministério Público do Trabalho, que instaurou um inquérito para verificar se o município está cumprindo todas as medidas de segurança. “O que nós estamos constatando na comparação com as inspeções feitas no ano passado, é que ao contrário de melhorar, a situação a cada dia continua piorando”, finalizou Wellington Silva.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram