Relatório da Semsur reforça denúncia sobre excesso de trabalho para agentes funerários

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Um relatório divulgado nesta quarta-feira (15) pela Secretaria Municipal de Operações e Serviços Urbanos (Semsur) reforça a denúncia de que agentes funerários estão com sobrecarga de trabalho. O relatório, referente ao mês de agosto, indica a necessidade de horas extras para os agentes funerários em razão da “alta demanda de sepultamentos”.

A denúncia, publicada pela edição impressa do Jornal Agora desta terça-feira e repercutida em reportagem do Portal do Sintram, foi feita após a troca de um corpo no Serviço Municipal do Luto. Segundo a reportagem, além da sobrecarga de trabalho, o Serviço Municipal do Luto enfrenta outros problemas, como má gestão e tráfico de influência de vereadores e membros do Executivo.

A Prefeitura negou todas as denúncias apresentadas pela reportagem, porém o excesso de trabalho para os agentes funerários pode ser comprovado pelo grande volume de sepultamentos, exigindo a extensão da carga horária de trabalho para agentes funerários e coveiros. Segundo a Semsur, somente em agosto, oito agentes funerários e 10 coveiros tiveram que executar horas extras para conseguir suprir a demanda.

A Prefeitura não tem uma estatística pronta sobre o aumento no volume de sepultamentos na cidade, entretanto, em maio, fazendo referência somente ao Cemitério Parque do Divino Espírito Santo, o secretário municipal de Serviços Urbanos, Gustavo Mendes, informou que os sepultamentos aumentaram, em média, 200% ao dia.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Luciana Santos, lembra que horas extras são bem-vindas para muitos trabalhadores para o complemento dos salários, porém, nesse caso, feitas excepcionalmente devido ao crescimento do volume de sepultamentos, reforçam as denúncias de que há sobrecarga de trabalho para os servidores lotados no Serviço Municipal do Luto. “Vamos nos reunir com o secretário e discutir todas as questões envolvendo o Serviço Municipal do Luto, setor que precisa ser olhado com mais cuidado, pois trata-se de uma atividade ininterrupta, insalubre e de forte carga emocional. Desde que programadas e sem trazer prejuízos à saúde dos servidores, as horas extras fazem parte das regras trabalhistas. Já a sobrecarga de trabalho é inadmissível já que gera adoecimento do trabalhador, especialmente na atividade do Serviço Municipal do Luto”, destaca a presidente.

A reunião solicitada por Luciana Santos para discutir a sobrecarga de trabalho, a má gestão e o tráfico de influência denunciados essa semana, ainda não tem data marcada. “Esperamos que esse encontro seja agendado com a maior brevidade possível, pois as denúncias contra o Serviço Municipal do Luto são muito graves e afetam diretamente nossos servidores”, finaliza Luciana Santos.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação  Sintram

 

 


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