O prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB) recebeu na tarde desta quarta-feira (30) lideranças sindicais do Movimento Unificado de Divinópolis (MUD), que participaram de uma carreata em protesto contra o anúncio do retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino. Participaram do encontro o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Wellington Silva, Maria Catarina Laborê, do Sind-UTE, e Rodrigo Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Municipal de Divinópolis (Sintemmd).
O prefeito se comprometeu com os sindicalistas de que o retorno das atividades presenciais na rede municipal de ensino está suspenso até segunda ordem. A medida foi tomada para resguardar a saúde e a segurança de estudantes, professores e comunidade escolar. A Vigilância Sanitária continuará inspecionando as unidades escolares do município, verificando todas as exigências previstas pelos protocolos de segurança. As atividades presenciais só poderão retornar após todas estas adequações.
O ensino remoto continua em vigor, sem prejuízos ao ano letivo. Além disso, os kits de alimentação continuarão sendo distribuídos para os estudantes da rede municipal. As instituições particulares de ensino poderão retomar as atividades presenciais na data prevista (5 de outubro) mediante aprovação de todos os protocolos estabelecidos pela Vigilância em Saúde.
Em portaria conjunta publicada na edição de hoje do Diário Oficial dos Municípios, as secretarias de Educação e Saúde oficializaram a decisão do adiamento do retorno das aulas presenciais na rede municipal.
CONCENTRAÇÃO
Ainda na concentração ocorrida antes do início da carreata, o vice-presidente do Sintram lembrou aos servidores que o governo municipal prepara uma cruel reforma no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Divinópolis (Diviprev). Wellington Silva destacou a batalha que vem sendo travada pelo Sintram e pelo Sintemmd para que a Câmara Municipal vote de imediato o Projeto de Lei Complementar 002/2020, que prevê a elevação linear da alíquota dos servidores para 14%. Ele disse que a batalha é para a aprovação da emenda proposta pelo vereador Renato Ferreira, que estabelece a alíquota progressiva, ou seja, quem ganha menos, paga menos e, quem ganha mais, paga mais.
“O Sintram e o Sintemmd vem empenhando todos os dias na Câmara na tentativa de aprovar a alíquota progressiva, que é a única forma de se fazer justiça social. Infelizmente, os vereadores vêm protelando, enrolando, e a cada dia tem uma nova desculpa”, disse ele.
O vice-presidente, acompanhado da presidente Luciana Santos e representantes do Sintemmd, participou na manhã de ontem de uma reunião na Câmara Municipal para pedir a votação da emenda. “Lamentavelmente três vereadores não assinaram para que o projeto fosse colocado em votação, que são os vereadores Eduardo Print Junior, Adair Otaviano e Josafá Anderon, todos alinhados com o Executivo. Faltaram coragem e hombridade a esses três vereadores para colocar o projeto em votação, que atenderia a uma demanda de 80% dos nossos servidores municipais. Falta de respeito, de hombridade, desses homens”, criticou o vice-presidente.
Wellington Silva destacou que o Projeto de Lei que altera as alíquotas do Diviprev deverá estar na pauta da reunião da Câmara da próxima quarta-feira. Ele convocou os servidores a pressionarem os vereadores para que a proposta seja votada e aprovada com inclusão da emenda da alíquota progressiva. “É preciso pressionar, para que tenhamos um prejuízo menor”, concluiu Wellington Silva.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram