O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) têm mais de 10 pontos percentuais de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em eventual segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto. É o que aponta a pesquisa da XP/Ipespe divulgada nesta terça-feira (17). As lideranças do petista e do pedetista em seus respectivos cenários foram ampliadas em relação ao levantamento anterior, de julho.
Segundo o levantamento publicado nesta terça, em hipotético confronto direto, Lula teria 51% das intenções de voto, ante 32% de Bolsonaro. O cenário tem 17% de votos brancos e nulos ou cidadãos que optaram por não responder. Em um mês, a dianteira do ex-presidente foi ampliada em cinco pontos. Na última pesquisa, Lula vencia por 49% a 35%.
Ciro Gomes, por seu turno, tem vantagem de doze pontos: segundo o estudo XP/Ipespe, o representante do PDT vence Bolsonaro por 44% a 32%, com 24% de abstenções. Em julho, a diferença era de 10 pontos: 43% a 33%.
O levantamento também simulou diversos outros cenários de segundo turno. Jair Bolsonaro sofre reveses em todas as hipóteses em que é citado. Contra o ex-juiz Sergio Moro, que foi seu ministro da Justiça e está sem partido, a derrota é por 36% a 30%.
Ante o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Bolsonaro perde por 37% a 35%. O tucano cresceu três pontos em um mês. Contra o também tucano Eduardo Leite, que governa o Rio Grande do Sul, o cenário também é apertado, mas o presidente tem 33%, contra 35% do adversário.
O ex-ministro da Saúde e ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta, do DEM, também é citado. Em disputa direta com Bolsonaro, o médico triunfa por 38% a 34%. Na direção oposta, Lula acumularia vitórias em eventuais confrontos com Ciro, Leite e Moro.
REJEIÇÕES
Os cidadãos ouvidos pelos pesquisadores também discorreram sobre a rejeição aos potenciais presidenciáveis. Sessenta e um por cento disseram não votar em Bolsonaro de jeito nenhum, enquanto 45% deles afirmaram não escolher Lula sob hipótese alguma.
A pesquisa tem margem de erro de 3,2%. Para dar forma aos dados coletados, foram feitas 1 mil entrevistas, espalhadas por todo o país. Os contatos ocorreram entre os dias 11 e 14 deste mês.
Fonte: Estado de Minas
Foto: Agência Brasil