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Mortes e internações de crianças em Minas estão sendo investigadas pela Fundação Ezequiel Dias

Mortes e internações de crianças em Minas estão sendo investigadas pela Fundação Ezequiel Dias

A prefeitura de São João Del Rey, cidade a 170 quilômetros ao sul de Divinópolis, suspendeu as aulas após a morte de três crianças no município em um intervalo de pouco mais de um mês, desde 24 de setembro. As aulas também foram suspensas pelas prefeituras de Tiradentes, Santa Cruz de Minas, Ritápolis e Conceição da Barra de Minas. As seis cidades ficam no sudeste de Minas Gerais. As mortes foram decorrentes de infecções.

A Fundação Ezequiel Dias, ligada à Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) ainda investiga as causas das mortes e de internação de outras crianças da região. “As amostras relativas aos casos ocorridos no município seguem em análise para complemento das investigações epidemiológicas, tanto no laboratório referência do estado, quanto no município”, diz nota oficial divulgada pela Fundação.

Conforme a secretaria, “não há critérios que comprovem surto ou risco à saúde da população, bem como nenhuma evidência epidemiológica que justifique a alteração na rotina das atividades da população”.

A Prefeitura de Felício dos Santos, a 370 quilômetros ao norte de Belo Horizonte, notificou a Secretaria de Saúde do estado de um surto de escarlatina no município. As atividades nas escolas da cidade foram interrompidas.

Para a secretaria, “a definição de surto é a situação em que há aumento acima do esperado na ocorrência de casos de evento ou doença em uma área ou entre um grupo específico de pessoas, em determinado período”.

De acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, “escarlatina é uma doença infecciosa e contagiosa que costuma ocorrer em crianças em idade escolar, durante a primavera. É transmitida pela mesma bactéria que causa amidalite, artrite, pneumonia, endocardite, impetigo e erisipela”.

A transmissão acontece quando há contato direto com a saliva ou a secreção nasal de pessoas infectadas, mesmo sem sinais da enfermidade. O período de incubação varia de 1 a 10 dias.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais diz que “não recomenda o fechamento de escolas” no município de São João Del Rey.

DIVINÓPOLIS

No último dia 25, a Prefeitura de Divinópolis tratou de tranquilizar a população da cidade. Em nota, afirmou que não há nenhum tipo de suspeita de casos semelhantes na cidade.

Veja a íntegra da nota:

Devido a circulação da notícia dos óbitos de crianças em São João Del Rei, a Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica, informa que não temos em nosso município nenhum rumor ou mesmo notificação de surto com suspeita de contaminação por estreptococos.

A doença isolada não é de notificação compulsória, somente o surto. Por isso, alertamos que todas as instituições que perceberem sintomas em duas crianças ou mais comunique a vigilância epidemiológica através do telefone (37) 3229- 6866”.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 

Servidores estaduais votam a pressionar o governo Zema por recomposição salarial e já admitem uma greve geral

Servidores estaduais votam a pressionar o governo Zema por recomposição salarial e já admitem uma greve geral

Servidores estaduais participaram de audiência e querem recomposição nos salários (Foto: Sarah Torres/ALMG)

Servidores públicos estaduais cobraram recomposição salarial durante audiência da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta quinta-feira (21). Lideranças sindicais reclamaram de perdas salariais acumuladas e da falta de disposição do Governo do Estado para negociar o atendimento das reivindicações das diversas categorias do funcionalismo.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado (Sindipúblicos), Geraldo Antônio Henrique da Conceição, as perdas salariais acumuladas nos últimos dez anos superam os 40%. Ele disse que muitos servidores não se aposentam porque não podem abrir mão da ajuda de custo, paga somente ao pessoal da ativa. “Se tirar essa ajuda de custo, a pessoa vai passar fome”, afirmou.

Nas universidades estaduais, os servidores acumulam perdas de 66% no seu poder de compra, segundo Janete Maria da Silva Alves, da Associação dos Docentes da Unimontes. Ela explicou que as gratificações representam metade do vencimento dos professores, e não são pagas em caso de afastamentos. “Vários profissionais não se afastam para fazer tratamento de saúde porque terão uma redução enorme no seu salário”, ilustrou.

Os trabalhadores do meio ambiente reclamam que o acordo para a atualização do plano de carreira da categoria foi homologado judicialmente em 2016, mas até hoje não foi cumprido. “Essa situação gera desgaste, desilusão e inconformismo em todos os servidores”, lamentou a presidente do sindicato da categoria (Sindsema), Regina Márcia Pimenta Assunção. Segundo ela, a categoria se reúne nesta sexta-feira (22) para deliberar sobre uma paralisação.

Entre os servidores da saúde, uma das reclamações é a contratação de trabalhadores terceirizados, que recebem salários mais altos que os concursados. Segundo a representante do Sind-Saúde, Núbia Roberta Dias, alguns contratados chegam a receber até oito vezes o salário básico de um efetivo.

O presidente da Associação dos Trabalhadores em Hospitais (Asthemg), Carlos Martins, reclamou da falta de abertura do governo para negociar com os servidores. “Eles nos recebem, mas não têm nenhuma solução para os nossos problemas”, afirmou. Para ele, a postura do governo é de desprezo pelas entidades sindicais.

Diante das dificuldades de negociação, o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Jairo Nogueira Filho, propôs a realização de uma greve geral de todas as categorias do funcionalismo. “Só com pressão o governo vai se movimentar para nos dar o que é nosso de direito”, defendeu.

CRÍTICAS

A deputada Beatriz Cerqueira (PT), que solicitou a realização do debate, reclamou da tática do governo de não estabelecer um processo de negociação geral com todo o funcionalismo. Segundo ela, as reuniões com os sindicatos se dão de forma fragmentada com as entidades representativas das diversas categorias de servidores.  A parlamentar ainda criticou as decisões do governador Romeu Zema na atual gestão, como o aumento de salários do primeiro escalão e a concessão de benefícios fiscais para locadoras de veículos.

“O governo já disse qual é a pauta dele: privatizações, Regime de Recuperação Fiscal e aumento de impostos. Quando vai falar de servidor público, a gente vai escutar que tem limite prudencial, que o Estado está quebrado, que o governo anterior deixou uma grande dívida. Mas, para abrir mão de receita, como foi a das locadoras, aumentar o próprio salário e fazer reforma administrativa, aí não tinha nenhum impedimento da Lei de Responsabilidade Fiscal”, criticou Beatriz Cerqueira

Para o deputado Professor Cleiton (PSB), falta vontade política do governo para atender às reivindicações do funcionalismo. “A vontade política demonstrada por este governo é privatizar as estatais, enfiar pela goela abaixo do Estado a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, fazer reformas administrativas para promover a terceirização do serviço público, congelar despesas”, criticou.

A assessora-chefe de Relações Sindicais do Governo do Estado, Helga Beatriz Gonçalves de Almeida, reconheceu os problemas estruturais apontados pelos servidores, mas argumentou que a Lei de Responsabilidade Fiscal impõe limites ao atendimento das reivindicações das diversas categorias, como recomposição salarial, revisão do plano de carreira e alteração de carga horária.

Ela disse que o governador Romeu Zema tem compromisso com a recomposição das perdas inflacionárias e lembrou que, no ano passado, foi concedida revisão salarial geral de 10,06% para todo o funcionalismo. Segundo a assessora, a concessão de novas revisões salariais depende da análise de fluxo de caixa do Estado. Ela disse ainda que o governo permanece aberto para discussões com as entidades sindicais.

Fonte: ALMG