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Ex-assessor do vereador afastado Rodrigo Kaboja assume cadeira do ex-chefe na Câmara Municipal

Ex-assessor do vereador afastado Rodrigo Kaboja assume cadeira do ex-chefe na Câmara Municipal

Breno Júnior se emocionou ao ler o termo de compromisso (Foto: Reprodução/TV Câmara)
No seu primeiro pronunciamento como vereador, Breno foi às lágrimas, ao se referir à família (Foto: Reprodução/TV Câmara)

O ex-assessor parlamentar do vereador Rodrigo Kaboja (PSD), Breno Oliveira de Souza Júnior (PSD), foi empossado vereador no início da sessão ordinária da Câmara Municipal na tarde desta quinta-feira (21). A posse do novo vereador foi comunicada nesta quarta-feira (20) pelo Legislativo e sua exoneração como assessor de relações parlamentares no gabinete de Rodrigo Kaboja já foi publicada no Diário Oficial.  Breno, que assumirá o nome parlamentar de  Breno Júnior, foi candidato a vereador nas duas últimas eleições municipais.  Em 2020, quando obteve 1.252 votos, ficou como primeiro suplente. Ele foi nomeado assessor de Rodrigo Kaboja no dia 1º de dezembro de 2020 e seu salário bruto como assessor era de R$ 6.383,28. A partir da posse, o ex-assessor passa a ter salário bruto de R$ 10.646,57.

A posse de Breno Júnior foi acompanhada por familiares. Ao ler um curto termo de compromisso, o novo vereador se emocionou. Logo depois, foi declarado empossado pelo presidente interino da Câmara, Israel da Farmácia.

Rodrigo Kaboja está afastado do cargo desde maio por determinação judicial. Kaboja está sendo investigado por corrupção ativa e passiva pelo Ministério Público e é suspeito de receber propina para aprovação de projetos de mudança de zoneamento urbano. Apesar de estar afastado, Rodrigo Kaboja continua recebendo normalmente seu salário como vereador.

Pelo mesmo motivo, também está sendo investigado o vereador Eduardo Print Júnior (PSDB), que continua exercendo seu mandato, mas foi afastado da presidência da Câmara. Print Júnior já afirmou que vai provar sua inocência, enquanto Rodrigo Kaboja permanece em silêncio.

SALÁRIO PARA 18 VEREADORES

A posse do suplente segue as regras que determinam que após 120 dias de afastamento do titular o suplente deve ser empossado. Segundo a Câmara, “a Procuradoria geral (…) de acordo com a solicitação de análise da apresentação do suplente do PSD, manifestou parecer favorável à posse do suplente, em virtude do afastamento do Vereador Rodrigo Kaboja, titular do mandato”.

No parecer, a procuradora da Câmara, Karolyne de Cássia Faria, escreveu: “é crucial dar continuidade adequada a representação parlamentar, conforme estabelecido nas normas municipais e na lei Orgânica Municipal. Com a posse do suplente do PSD, garante a devida representatividade do partido no Legislativo Municipal, ação fundamental para preservar o princípio democrático” manifestou no Parecer.

A Câmara Municipal é composta por 17 vereadores. Entretanto, a partir da posse de Breno Oliveira, o Legislativo passa a pagar salários para 18 parlamentares. Isso porque Rodrigo Kaboja continuará recebendo normalmente os seus vencimentos, já que seu afastamento ainda é considerado provisório.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 

Justiça manda afastar o vereador Rodrigo Kaboja e Eduardo Print Júnior da presidência da Câmara; assessora parlamentar é investigada

Justiça manda afastar o vereador Rodrigo Kaboja e Eduardo Print Júnior da presidência da Câmara; assessora parlamentar é investigada

Eduardo Print Júnior e Rodrigo Kaboja foram afastados dos cargos sob acusação de corrupção

Objetivo é combater os crimes de corrupção ativa e passiva praticados em um contexto de proposição/aprovação de projetos de lei de alteração de zoneamento urbano municipal

O Ministério Público de Minas (MPMG) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 25 de maio, a Operação Gola Alva, denominação que tem como referencial práticas criminosas não-violentas, com motivação financeira, envolvendo pessoas de status social e autoridades públicas. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão na cidade de Divinópolis. Os alvos são dois vereadores, três empresários locais e uma servidora do Poder Legislativo.

A decisão judicial contemplou, ainda, como medidas cautelares, o afastamento do cargo do vereador Rodrigo Kaboja (PSD) e o afastamento da função de presidente da Câmara Municipal de Eduardo Print Júnior (PSDB). Eles estão proibidos de contato entre os investigados. O procedimento investigatório criminal segue em tramitação. Além dos vereadores, estão sendo investigados os empresários Hamilton Antônio Oliveira (ex-Diredil), Eduardo Costa Amaral, Márcio  Domingues Júnior e Nicácio Diegues Júnior. A assessora parlamentar do vereador Rodrigo Kaboja, Cássia de Souza Gontijo Amaral também está sendo investigada. O MP pediu a prisão de Cássia, mas o juiz Mauro  Riuji Yamani negou o pedido.

Trata-se de operação desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Divinópolis e pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, com o apoio da Polícias Militar e Civil. O objetivo é combater os crimes de corrupção ativa e passiva praticados em um contexto de proposição/aprovação de projetos de lei de alteração de zoneamento urbano municipal.

Conforme o MP, a investigação, que se estendeu por seis meses, escancarou a cultura de arranjos de conveniência e troca de favores escusos, mediante a sistemática mercantilização de alterações legislativas, nas quais resplandecem, exclusivamente, os interesses particulares e financeiros dos envolvidos.

A Operação Gola Alva contou com a participação de dois promotores de Justiça, seis agentes do Gaeco, dois servidores do Ministério Público, nove policiais militares e nove policiais civis.

Aguarde mais informações

Com informações do MPMG

  • Essa reportagem foi atualizada as 10h25 para acrescentar novas informações