Novo presidente do TRE de Minas reforça a necessidade de preservar a maturidade democrática do país

 

Os novos presidente e vice-presidente/corregedor do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), desembargadores Maurício Soares (foto acima) e Octavio Augusto De Nigris Boccalini foram empossados na semana passada, durante sessão solene no auditório do Tribunal (foto abaixo). O desembargador Maurício Soares passa a ocupar a cadeira deixada pelo desembargador Marcos Lincoln, cujo biênio se encerrou na instituição.

Em seu discurso de posse, o novo presidente do TRE, desembargador Maurício Soares, afirmou estar “honrado pela presença de todos, não como uma deferência pessoal a mim, mas como uma atenção institucional à Justiça eleitoral, o que muito nos sensibiliza.”

Lembrou que conheceu a “Justiça Eleitoral nos anos 80, quando como escrutinador trabalhei na eleição que os mineiros tiveram que optar entre os candidatos a governador Tancredo Neves e Eliseu Resende.”

Disse, ainda, que “a nossa democracia ainda é nova e relativamente frágil. Desde o movimento conhecido como Revolução de 1930, tivemos apenas três presidentes eleitos que transmitiriam o cargo aos seus sucessores também eleitos: JK passando o cargo a Jânio Quadros, em janeiro de 1961; e depois Fernando Henrique passando a Lula e Lula passando a Dilma. São três casos em quase 100 anos e isso é pouco.”

Prosseguiu, dizendo que “é certo que depois de nossa Carta Constitucional de 1988, conseguimos relevantes ganhos institucionais e alcançamos uma relativa maturidade democrática. Mas apesar de todos esses percalços, a Justiça Eleitoral, criado em 1932, vem sempre cumprindo o seu papel de organizar o processo eleitoral dos poderes executivo e legislativo, e processar as questões referentes às eleições.”

Ressaltou que assume a presidência deste Tribunal “atento aos desafios atuais de preservar a maturidade democrática conquistada até aqui e de evitar desgastes institucionais. O primeiro desafio que vislumbro é de revigorar as próprias eleições, combatendo a perigosa desconstrução do legado da Justiça Eleitoral. Seremos inflexíveis na defesa da história da Justiça Eleitoral, até porque, nesse aspecto, calar é tolerar.”

Maurício Soares defendeu com veemência o sistema eletrônico de votação, destacando que ele utiliza o que tem de mais moderno em segurança da informação, e que até o momento não foi comprovado nenhum tipo de fraude, demonstrando que o sistema é seguro e competente. Também destacou que a Justiça Eleitoral sempre trabalhou duro para garantir que a votação ocorra de forma segura, transparente e eficiente. E falou sobre a importância dos servidores e técnicos envolvidos na preparação de eleições, “profissionais dedicados e comprometidos com a Justiça Eleitoral, com a democracia e com as suas próprias consciências”.

Finalizando, enfatizou que “o TRE-MG buscará o resgate da boa-fé, das eleições limpas, da confiabilidade do sistema eletrônica de votação, e travará um rigoroso combate às fake news.”

Fonte: TRE-MG
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Novo presidente do TRE-MG, Maurício Soares, defendeu veementemente o sistema eletrônico de votação do Brasil em discurso de posse (Fotos: Dircom/TRE)