MP de São Paulo descobre plano do PCC para assassinar servidores públicos e autoridades; Sérgio Moro era um dos alvos

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Após descoberta de Plano do PCC para assassinar autoridades, Polícia Federal faz operação especial (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (22) uma operação contra um grupo criminoso que planeja sequestrar e assassinar servidores públicos e autoridades.

Um dos alvos era o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Outro seria o promotor de Justiça de SP Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). A PF informou, ainda, que há também um promotor de Justiça na mira.

O plano foi descoberto pelo Ministério Público de São Paulo, que compartilhou as informações com a Polícia Federal. O senador e a família passaram a contar com escolta da Polícia Militar do Paraná.

O parlamentar se manifestou por meio do Twitter, logo após a operação ser divulgada. Ele disse que o plano seria executado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), o grupo criminoso que age dentro e fora das cadeias do Brasil e de países vizinhos.

PLANO ADIANTADO

Para sequestrar e matar Moro e seus familiares, integrantes do PCC alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador, em Curitiba (PR). A família dele teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, segundo os investigadores.

Quando era ministro de Segurança Pública, Moro determinou a transferência do chefe da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, Moro defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.

Marcola foi transferido do sistema penitenciário estadual de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Meses depois, seguiu para uma unidade federal em Rondônia e depois retornou para a capital federal.

Na época, a medida desagradou ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que acionou a Justiça pedindo o fechamento do presídio federal de Brasília.

OPERAÇÃO

Cerca de 120 agentes da Polícia Federal cumprem 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão no Distrito Federal e nos estados de Rondônia, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo na operação que está sendo realizada nesta quarta-feira

De acordo com as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontravam nos estados de São Paulo e Paraná.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se manifestou cedo sobre a operação. “Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho”, disse Flávio Dino em sua conta no Twitter.

A operação foi batizada de “Sequaz”, que se refere ao ato de seguir, vigiar e acompanhar alguém, devido ao método usado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações sobre as possíveis vítimas.

Com informações da Polícia Federal

 

 


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