Movimento Sindical de Divinópolis une forças contra a Reforma da Previdência e agenda manifestação para dia 22

Foi realizada ontem (12/03), na sede do Sintram, mais uma reunião com 11 sindicatos* que integram o Movimento Sindical Unificado de Divinópolis contra a Reforma da Previdência. O objetivo do encontro foi organizar um grande ato de protesto para o próximo dia 22 de março o. A data foi acertada pelas principais Centrais Sindicais do país e promete mobilização em várias cidades brasileiras para denunciar a retirada de direitos e retrocessos contidos na proposta de Reforma da Previdência apresentada ao Congresso Nacional pelo Governo de Jair Bolsonaro.

Segundo a diretora de Formação Sindical, Geise de Fátima Silva, no encontro foram definidas as tarefas de cada sindicato e a mobilização das bases para que a exemplo do ano de 2017 seja feita uma grande mobilização e conscientização da população. “Convidamos não somente os servidores municipais para somar forças nesta luta, mas toda a população, as lideranças de bairro, as pessoas residentes na periferia da cidade, para esse ato que irá marcar o nosso protesto, a nossa indignação frente a essa reforma que pretende retirar direitos dos trabalhadores e dos mais pobres”, disse.

CONCENTRAÇÃO

A concentração para o ato está agendada para às 16h, na Praça da Catedral e na seqüência os sindicatos sairão em caminhada pela Avenida Primeiro de Junho, Rua Goiás, Av. Sete de Setembro, Rua Pernambuco e fechamento em frente ao INSS na Av. Getúlio Vargas. Ainda com a diretora Geise Silva, dentro das estratégias de mobilização está previsto que os líderes sindicais farão panfletagem e conscientização da população “corpo a corpo na Rua São Paulo, nas imediações das ruas do Centro, convidando a população para o evento a tarde”.

NACIONAL

A NSCT/MG, CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, intersindical Luta e Organização, CSP-Conlutas, Intersindical-Central da Classe Trabalhadora, CGTB decidiriam, em reunião no dia (26/02), em São Paulo, realizar, em 22 de março, um Dia Nacional de Luta e Mobilização em Defesa da Previdência. A mobilização, segundo os sindicalistas, é um aquecimento rumo a uma greve geral em defesa das aposentadorias. Na avaliação dos dirigentes, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019) que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) entregou ao Congresso Nacional é muito pior do que a do ilegítimo Michel Temer (MDB), derrubada pelos trabalhadores e trabalhadoras depois da maior greve geral da história, em abril de 2017.

A PEC da reforma de Bolsonaro dificulta o acesso e reduz o valor dos benefícios ao estabelecer a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens, 62 para as mulheres e aumenta o tempo de contribuição de 15 para 20 anos, além de retirar da Constituição o sistema de Seguridade Social brasileiro.

Pressão Além do dia de mobilização, as entidades decidiram aumentar a pressão junto aos parlamentares, seja em suas bases ou nos aeroportos, em todos os locais onde eles circulem para que todos saibam que se “votar, não volta”. As centrais deverão se reunir também com os movimentos sociais, lideranças partidárias e religiosas, estudantes e mulheres para deliberar uma forma conjunta de luta contra o fim da aposentadoria. Sindicatos

Além da diretora de formação sindical, Geise Silva, o Sintram foi representado na reunião pelo vice-presidente, Welligton Silva, e pelo secretário geral, Demétrio Bento e pela conselheira Lucilândia Lima. Estiveram presentes representantes dos seguintes sindicatos: Sintemmd, STEF-BH, Sinpro-Minas, Sindieletro, Soac, Sind-Ute, Trabalhadores Rurais, SIETHD, Sintecom, Sindieletro.