Motoristas do sistema de saúde de Carmo da Mata suspendem transporte de pacientes em viagens superior a três horas

Os oito motoristas que prestam serviços ao sistema de saúde da cidade de Carmo da Mata decidiram suspender as viagens intermunicipais com duração acima de três horas, até que o prefeito Almir Resende Júnior (PSDB) regularize o pagamento das diárias, direito da categoria assegurado pela lei municipal 1.498/2016. Os valores das diárias são variáveis e vão de R$ 15 a R$ 180, dependendo da distância percorrida.

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Os motoristas iniciaram o movimento nesta terça-feira (24), porém serão mantidos os serviços básicos, como transporte de pacientes dentro do município, para hemodiálise, entre outros. Estão suspensas somente as viagens que gerem diárias, com duração superior a três horas. A decisão foi tomada após três meses de atraso no pagamento das diárias e sem que houvesse manifestação do Executivo sobre o pagamento do débito.

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Antes de tomar a decisão de realizar o movimento de protesto, os motoristas comunicaram ao Executivo que a medida seria tomada e concederam um prazo até esta segunda-feira (23) para a regularização da dívida para evitar a paralisação parcial. Na quinta-feira da semana passada, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Wellington Silva, e o dirigente sindical Eduardo Parreira se reuniram com o prefeito Almir Resende para tentar uma solução e evitar o movimento dos motoristas. O prefeito foi oficiado sobre a decisão e se comprometeu em pagar as diárias do mês de junho, o que foi feito na sexta-feira. O prefeito informou aos sindicalistas que em virtude das dificuldades de caixa, a dívida com as diárias somente serão totalmente quitadas em janeiro de 2020.

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CâMARA

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Nesta segunda-feira (23) Eduardo Parreira e Wellington Silva retornaram a Carmo da Mata, para dar continuidade &agrave,s negociações. Na oportunidade, Parreira ocupou a tribuna na sessão da Câmara Municipal para comunicar aos vereadores a decisão dos motoristas. &ldquo,Nosso objetivo na tribuna foi chamar os vereadores e toda a população da cidade para apoiar o movimento dos motoristas e levar o Executivo a cumprir a legislação&rdquo,, explicou.

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De acordo com Eduardo Parreira, a dívida restante da Prefeitura gira em torno de R$ 2 mil para cada um dos motoristas. &nbsp,&ldquo,é um valor importante para a categoria, que para se deslocar têm gastos que não estão sendo ressarcidos pelo município&rdquo,, disse o dirigente sindical.

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No encontro da última quinta-feira, o prefeito Almir Resende comunicou aos dirigentes sindicais que vai manter o serviço de transporte do sistema de saúde para fora do município, remanejando motoristas de outras áreas para a função. Já os motoristas do sistema de saúde não poderão ser deslocados para cobrir outros setores que porventura ficarem desprovidos, uma vez que são protegidos pela lei municipal 1.507/2016. A lei estabelece que eles são motoristas exclusivos da Secretaria Municipal de Saúde.

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O prefeito Almir Resende será comunicado oficialmente nesta terça-feira (24) do início do movimento dos motoristas. Através de ofício encaminhado pelo Sintram, ele será informado do encontro ocorrido ontem na Câmara Municipal, bem como do início do movimento dos motoristas &ldquo,que permanecerão &agrave, disposição da administração para prestação de serviços aos quais sejam designados, desde que a atividade não gere diária. Isso, até a plena quitação dos débitos devidos pela administração pública municipal&rdquo,. No ofício o Sintram pede uma solução imediata para o problema &ldquo,para que os transtornos causados pela situação e que são inevitáveis, tenham curta duração&rdquo,. Wellington Silva e Eduardo Parreira retornarão a Carmo da Mata hoje e, embora não tenham agenda marcada, tentarão se reunir mais uma vez com o prefeito Almir Resende.

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Redação: Jotha Lee
Comunicação Sintram