Ministério Público do Rio aponta depósitos sem origem para Carlos Bolsonaro

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) averiguou que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher de Jair Bolsonaro, receberam em suas contas bancárias um total de R$ 476,8 mil em depósitos em dinheiro sem origem identificada. Também são apontados indícios de atividade criminosa no gabinete de Carlos Bolsonaro.

Segundo o site UOL, Ana Cristina recebeu um total de R$ 385,8 mil distribuídos em 177 depósitos entre 2005 e 2021 e mais R$ 34,2 mil por meio de três depósitos feitos por Jair Bolsonaro entre 2012 e 2014. Por sua vez, Carlos Bolsonaro recebeu R$ 91.088 em sete depósitos entre 2008 e 2015.

O laudo emitido pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção do MP-RJ foi solicitado pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, que apura práticas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Carlos.

QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO

A obtenção das informações só foi possível após quebra de sigilo bancário solicitada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e autorizada pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), em maio de 2021. Na mesma época foi solicitado também a quebra de sigilo de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, mas o pedido foi negado.

“Da leitura dos autos do procedimento declinado, apura-se, facilmente, que se encontram presentes indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado para prática de crimes”, escreveu o juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ, ao autorizar a quebra do sigilo bancário.

O magistrado escreveu ainda que Carlos Bolsonaro é citado diretamente como chefe da organização, “até porque o mesmo efetua as nomeações dos cargos e funções comissionadas do gabinete”.

Em junho de 2019, foi revelado que sete parentes de Ana Cristina foram empregados como funcionários fantasmas no gabinete de Carlos, onde ela atuou como chefe de gabinete entre 2001 e 2008.

Fonte: Estado de Minas

 

 


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