O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios denunciou Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. Jair Renan é acusado de ter falsificado o faturamento de sua empresa, a Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, para obter empréstimos bancários. Para ter lastro para receber três empréstimos do Banco Santander, a empresa informou ter faturamento de R$ 4,6 milhões por ano.
A denúncia foi apresentada no último dia 15, mas só agora veio a conhecimento da imprensa. De acordo com a acusação, Jair Renan foi beneficiado com parte do empréstimo obtido de forma ilícita, por meio de pagamento de fatura do cartão de crédito da empresa no valor de R$ 60 mil. Também foram denunciados o sócio dele no negócio, o instrutor de tiros Maciel Alves, e outras três pessoas. Caso a Justiça aceite a denúncia, os cinco passarão a ser réus no processo.
“Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade […], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais”, afirma o Ministério Público.
Jair Renan e Maciel Alves alegam inocência. O filho do ex-presidente, que atualmente assessora o senador Jorge Seif (PL-SC), diz que não participou da falsificação nem foi beneficiado com os empréstimos.
Fonte: Congresso em Foco