Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, participou de plano para sequestrar ministro do STF

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Após colocar tornozeleira eletrônica, o ex-ministro de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, deixou a prisão na noite desta quinta-feira (Foto: Reprodução)

Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) têm informações de que o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, aparece em conversas tramando contra a Corte. A informação foi divulgada primeiramente pela CNN Brasil.

Entre os assuntos tratados nestas conversas, está a prisão ilegal de um magistrado e que ele deveria ser sequestrado e “deixado em local incerto e não sabido”. Os ministros ficaram “estupefatos” com as conversas. A CNN não revelou qual o ministro seria seqüestrado.

Os fatos mostram que havia mesmo uma trama golpista no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (PL) e é uma sucessão de provas que demonstram que o ex-presidente ensaiava um golpe de estado para se manter no poder.

DEIXA A PRISÃO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Moraes também determinou que o ex-ministro deverá cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e aos finais de semana. No despacho, o magistrado também determinou que Torres está proibido de usar as redes sociais, além de ter cancelado seu porte de armas e proibido a sua comunicação com os demais investigados.

Torres foi preso no dia 14 de janeiro em função das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, ele estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. O inquérito no STF apura suposta omissão na contenção dos atos. Anderson  Torres deixou a prisão na noite desta quinta-feira (11) logo após receber a tornozeleira eletrônica.

O pedido de soltura foi feito pelos advogados de Anderson Torres. Para os advogados, ele pode deixar a prisão por não oferecer riscos à apuração do inquérito sobre os atos de 8 de janeiro. No pedido de soltura, a defesa também citou a situação da família de Anderson Torres.

“Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer. O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, afirmaram os advogados.

Edição: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Com informações da Agência Brasil


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