Custo da cesta básica em Divinópolis se aproximou da metade do salário mínimo

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo (Semde) da Prefeitura de Divinópolis,  informou nesta terça-feira (11),  que depois de uma ligeira queda e seis meses em alta, a cesta básica fechou o ano com um novo aumento na cidade. O custo da cesta básica em Divinópolis é calculado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (Nepes) da Faculdade Una Divinópolis. O Nepes analisa o valor de uma cesta composta por 13 produtos alimentícios, que seriam suficientes para o sustento e bem-estar de uma pessoa em idade adulta, durante um mês, contendo quantidades balanceadas de todos os nutrientes necessários a manutenção da saúde.

Segundo levantamento do Nepes, em dezembro, o custo médio da cesta básica de alimentos na cidade foi de R$ 525,29, um aumento de 7,89% em relação a novembro, quando o custo da cesta foi de R$ 486,87. Ao comparar o custo no mês (12/2021) em relação ao mesmo período de 2020, quando este valor foi de R$ 451,25, observa-se uma variação positiva de 16,4% em 12 meses.

De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Wagner Almeida, a carne bovina é o produto que representa o maior peso (40,2%) na composição da cesta básica de alimentos. No mês de dezembro foi observada uma alta de 5,89% em relação a novembro neste item.Entre os itens que demonstraram aumento estão à banana-prata (38,86%), o tomate longa vida (24,04%) e o açúcar (6,16%). Por outro lado, houve queda no preço da farinha (3,79%), do óleo de soja (3,23%) e da batata inglesa (2,66%).

Segundo o Nepes, a pesquisa do custo da cesta básica em Divinópolis é realizada conforme metodologia adotada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e o levantamento foi feito entre os dias 23 e 29 de dezembro/2021. A pesquisa de preços foi feita em oito estabelecimentos com representatividade no ramo de produtos alimentícios no município de Divinópolis.

Ainda segundo o levantamento realizado pelo Nepes, para o trabalhador remunerado pelo salário mínimo, ainda em R$ 1.100,00 no mês de dezembro, o custo da cesta básica em dezembro foi equivalente a 47,8% do salário mínimo bruto. Ao comparar com o salário mínimo líquido, isto é, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador comprometeu em dezembro, 51,6% do salário mínimo líquido vigente até 31/12/2021 para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

De acordo com o coordenador do Nepes/Una, Wagner Almeida, o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 3.939,68; valor que corresponde a aproximadamente 3,6 vezes o piso nacional vigente até 31/12/2021, de R$ 1.100,00.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram