Chuvas matam duas pessoas em Perdigão e sobe para 24 o número de vítimas fatais em Minas Gerais

As fortes chuvas que há semanas atingem Minas Gerais causaram mais cinco mortes essa semana, elevando para 24 o total de óbitos registrados no estado desde o início de outubro, quando teve início a atual temporada de chuvas – que, este ano, começou um mês antes que o habitual.

O número de pessoas que já perderam as vidas divulgado pela Defesa Civil estadual não inclui as dez mortes causadas pelo desprendimento de um bloco de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio, no último sábado (8). As causas desta tragédia ainda estão sendo apuradas, mas autoridades estaduais já anteciparam que parte do paredão rochoso pode ter ruído por efeito da ação das águas.

Máquinas da Prefeitura de Perdigão trabalharam para desobstruir os acessos à cidade após deslizamentos provocados pelas chuvas (Foto: Prefeitura de Perdigão)

PERDIGÃO

Ontem a Defesa Civil do Estado confirmou a morte de duas pessoas em Perdigão. A cidade, que fica a 40,6 quilômetros de Divinópolis, foi uma das mais atingidas pelas chuvas na região. No sábado, ocorreu a situação mais trágica da cidade, com duas mortes provocadas pelo desabamento de um prédio residencial próximo à rodoviária da cidade. O prédio desabou no início da noite de sábado e no momento chovia forte. Além do prédio, a cidade praticamente ficou ilhada, com obstrução parcial da rodovia que liga o município a Divinópolis. A estrada já foi desobstruída.

Segundo a Defesa Civil do Estado, foram duas mortes em Perdigão, uma em Contagem, uma em Ouro Preto e uma em Santana do Riacho, confirmadas no início dessa semana. Outras 13 cidades mineiras já registram mortes em função das chuvas ou de suas consequências: Brumadinho (5); Caratinga (2); Dores de Guanhães (2); Belo Horizonte (1); Betim (1); Coronel Fabriciano (1); Engenheiro Caldas (1); Ervália (1); Montes Claros (1); Nova Serrana (1); Pescador (1); São Gonçalo do Rio Abaixo (1) e Uberaba (1).

A lista de cidades mineiras que decretaram situação de emergência mais que dobrou nas últimas 24 horas, saltado de 145 para 341. Além disso, desde 1º de outubro de 2021, 24.610 desalojadas tiveram que ser acolhidas na casa de parentes, amigos, vizinhos ou em hospedagens particulares. Outras 3.992 pessoas ficaram desabrigadas, tendo que, em algum momento, ir para abrigos públicos.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Foto: A foto mostra a inclinação do prédio no Centro de Perdigão, que teve sua estrutura abalada, após desabar parcialmente no sábado (Crédito: Prefeitura de Perdigão)