Categoria: Minas Gerais

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Polícia Civil  de Minas inicia campanha de coleta de amostras biológicas de familiares de pessoas desaparecidas

Polícia Civil  de Minas inicia campanha de coleta de amostras biológicas de familiares de pessoas desaparecidas

Delegado Alexandre Oliveira da Fonseca e O perito Giovanni Vitral demonstram o swab usado durante coleta de saliva (Foto: PCMG)

Segundo a delegada Ingrid Estevam, chefe da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD), é fundamental que os familiares de pessoas desaparecidas se engajem nesta causa para que haja possíveis identificações. “A PCMG está devidamente preparada para receber, com toda a estrutura necessária, para que possamos alcançar resultados significativos”, afirma.

De acordo com o chefe de Laboratório de DNA da PCMG, perito criminal Giovanni Vitral, nos últimos cinco anos já foram identificadas 26 pessoas pelo banco de perfis genéticos. “O trabalho no Instituto de Identificação teve início em 2014, mas as compatibilidades começaram em 2019, a partir do projeto de fortalecimento da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), quando pudemos processar mais amostras de restos mortais e de familiares”, explica o perito.

PONTOS FOCAIS

Em Belo Horizonte, os familiares deverão procurar a DRPD para emitir requisição pericial, portando documento de identificação e o Registro de Evento de Defesa Social (Reds) do desaparecimento que tenha sido registrado na DRPD.

Em seguida, eles serão direcionados ao Instituto Médico-Legal (IML) Dr. André Roquette para coleta do material, das 8h às 18h.

No interior do estado, os familiares deverão procurar a Delegacia Regional de Polícia Civil, para emissão da requisição pericial e, posteriormente, serão direcionados ao Posto Médico-Legal, das 8h às 18h.

Os familiares deverão levar identidade e o Reds do desaparecimento realizado na Delegacia Regional de Polícia.

Consulte os endereços das unidades aqui.

MATERIAL GENÉTICO

No IML, o familiar pode entregar qualquer material de uso pessoal do desaparecido, como barbeadores, escovas de dente, bonés, roupas usadas pelo desaparecido e que não tenham sido lavadas, escova de cabelo ou pente de uso exclusivo do desaparecido, entre outros. Em relação ao grau de parentesco, a ordem de preferência para a coleta é de pai e mãe, pai ou mãe acompanhado de filhos, pai ou mãe, filhos e irmãos de mesmo pai e mesma mãe (no mínimo dois).

O perito Giovanni Vitral esclarece que a coleta é simples e indolor. Após o procedimento, o material é encaminhado ao Laboratório de DNA para processamento e obtenção do perfil genético. O código é inserido no banco de dados, que busca por compatibilidades, apontando ou não a identificação da pessoa desaparecida.

Há, atualmente, 473 perfis genéticos de restos mortais não identificados oriundos de Minas Gerais no Banco Nacional, porém, no Banco Estadual existem 533 cadastrados. “Nem todos os perfis genéticos possuem os critérios para serem inseridos no nacional, mas apresentam critérios para serem buscados no nosso banco local”, esclarece Vitral.

As coletas de material biológico de familiares de pessoas desaparecidas podem ser realizadas durante todo ano e devem ser efetuadas no IML Dr. André Roquette (na capital) e nos postos Médico-Legais (no interior do estado).

Fonte: Polícia Civil

Incêndios atingem milhares de hectares em parques de Minas Gerais

Incêndios atingem milhares de hectares em parques de Minas Gerais

O Corpo de Bombeiros divulgou fotos da ação da corporação para debelar incêndios em Minas Gerais (Foto: CB)

Ao menos sete unidades de conservação de Minas Gerais estão sofrendo com incêndios nos últimos dias. No Parque Nacional da Serra do Cipó, em Santana do Riacho, a cerca de 120 quilômetros de Belo Horizonte, o fogo começou no domingo (28) e, segundo o ICMBio atingiu mais de 6 mil hectares, sendo 5.879 hectares de área atingida na APA Morro da Pedreira e 478 hectares no Parque Nacional da Serra do Cipó, e mais 49 hectares de um foco que saiu da APA em direção ao parque.

Brigadistas do ICMBio, voluntários e militares do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais (CBMG) controlaram o incêndio na noite de terça-feira (20). Os trabalhos agora são de monitoramento, extinção de focos e vigilância. Ainda existem áreas com riscos altos de reignição.

A operação tem 51 brigadistas apoiados por dois aviões do tipo air-tractor e um helicóptero disponibilizados pela força-tarefa Previncêndio.

Os primeiros focos de incêndios foram localizados na altura do km 120 da Rodovia MG-010 e se espalharam pela região da Serra do Espinhaço, atingindo unidades de conservação geridos pelo Núcleo de Gestão Integrado Cipó-Pedreira, como a Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira e o Parque Nacional da Serra do Cipó.

“Não há, até o momento, nenhuma orientação expressa, tanto no entorno da Serra do Cipó, quanto nas demais localidades, para que as pessoas deixem as suas casas. É preciso ficar atento às orientações do Corpo de Bombeiros e, em caso de emergência, ligar 193”, disse o tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, em vídeo publicado nas redes sociais.

O ICMBio informou que todas as portarias do parque nacional foram fechadas e a visitação está suspensa. A medida foi tomada por questões de segurança e para que o órgão possa se dedicar a combater o incêndio.

O instituto explica que o período de estiagem tem temperaturas altas e umidade baixa, o que favorece a propagação das chamas. O uso de fogo nesta época é proibido. As suspeitas são de que o incêndio foi causado por ação humana. A Polícia Civil está investigando o caso.

Na Serra da Moeda, os trabalhos estão no terceiro dia. Na terça-feira, as equipes fizeram uma inspeção na região e combateram focos de fogo próximos às residências. O trabalho envolve mais de 30 pessoas, entre militares e brigadistas. Um avião é usado para eliminar as chamas.

No Parque Estadual Serra do Brigadeiro, na região da Zona da Mata, um incêndio de grandes proporções está sendo combatido desde domingo (18). O Corpo de Bombeiros de Viçosa esteve no local e verificou chamas intensas avançando em direção ao parque. Foi montado um posto de comando no município de Araponga e 35 pessoas estão mobilizadas na operação, entre militares dos bombeiros e policiais.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as operações continuam ao longo da semana, e o combate é dificultado devido aos fortes ventos da região, às altas temperaturas e a dificuldade da topografia do terreno do parque. Todos os deslocamentos para envio de tropas são realizados por meio de aeronaves.

Fonte: Corpo de Bombeiros