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Mãe de mineiro que será julgado pelos atos terroristas de 8 de janeiro pede ajuda através de Vakinha on line

Mãe de mineiro que será julgado pelos atos terroristas de 8 de janeiro pede ajuda através de Vakinha on line

A Vakinha on line havia arrecadado pouco mais de R$ 3 mil até esta segunda-feira (Foto: Reprodução)

 

Mineiro de 21 anos, residente em Belo Horizonte, Gabriel Lucas Lott Pereira está entre os 12 réus que começaram a ser julgados na semana passada pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Gabriel Lott foi preso em flagrante no dia 8 de janeiro durante a invasão portando uma arma branca.

Para ajudar na defesa do filho, a mãe de Gabriel, Tatiana Lott, fez uma vaquinha on line e afirma que Brasil gosta de esportes “e é muito educado e amoroso. Um excelente menino”. Diz ainda que ele trabalha com o pai num marcenaria e sonha ser policial federal.

“Um dia Gabriel entrou nesses ônibus de graça com outras pessoas e amigos e partiu de Belo Horizonte para a manifestação em Brasília no dia 08/01. Ele foi sem meu conhecimento. Disse apenas que estaria indo comemorar seu aniversário em um sítio e iria acampar com amigos nesse local”, revela a mãe.

Tatiana Lott conta como o filho foi preso. “Qual não minha surpresa, quando recebi a notícia que meu filho estava preso em Brasília por ter participado dessa viagem. Ele foi preso em frente ao Estádio Mané Garrincha, bem distante da Praça dos Três Poderes. Não participou do ato de vandalismo que todos puderam testemunhar. Hoje, ele se encontra preso em Brasília. Já são mais de dois meses sem poder me comunicar com meu filho. Estou desesperada. Peguei emprestado seis mil e trezentos reais e não tenho dinheiro para custear os tantos gastos com advogado, passagens ,hospedagens e fiança se for o caso. Sei que é apenas o início dessa grande batalha. Me ajudem…”, pede ele no texto publicado na página da Vakinha On line. Até esta segunda-feira, Tatiana havia recebido 42 doações, totalizando R$ 3.093,00.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 

Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais processa IBM por discriminar trabalhadores com residência no Estado

Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais processa IBM por discriminar trabalhadores com residência no Estado

 

O Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG) ajuizou uma ação civil pública (ACP) que tem por objetivo impedir que a IBM Brasil pratique qualquer ato de discriminação em relação a trabalhadores em razão de origem. A ACP, ajuizada na última terça-feira (30), também busca reparação pelo dano moral decorrente do processo seletivo aberto em setembro de 2023, com restrição explicita a candidatos residentes no Estado de Minas Gerais.

Dentre as provas que fundamentam a tese de discriminação, defendida pelo MPT, estão o  relatório de captura de conteúdo digital que registrou o formulário disponibilizado pela IBM para inscrição em processo seletivo; denúncia de sindicato de trabalhadores pontuando que a empresa “promoveu processo de contratação de trabalhadores por meio da plataforma “Trybe”, no dia 7 de setembro de 2023, tendo excluído expressamente candidatos com residência em Minas Gerais, ainda que estivessem em posição remota”; denúncia anônima registrada no site do MPT alegando que: “…Isto se dá pois o sindicato de Minas Gerais exigiu o enquadramento sindical correto na justiça, pois a empresa alega ser do comércio e não uma empresa de tecnologia, para evitar conceder a carga horária correta de 40h semanais e outros benefícios da Convenção coletiva de trabalho”.

A empresa foi chamada a firmar termo de ajustamento de conduta para ajustar espontaneamente a sua conduta, porém não houve acordo. Para o MPT, é Importante destacar que a IBM não conseguiu afastar a ocorrência das irregularidades, constatadas a partir de provas produzidas pela própria empresa, matérias jornalísticas, manifestações das entidades sindicais e relatório de captura de conteúdo digital.

O procurador do Trabalho Max Emiliano da Silva Sena, responsável pelo caso, classifica como “gravíssima” a discriminação praticada pela empresa e defende que a atitude “afronta toda a sociedade brasileira, e, em especial, a classe trabalhadora do Estado de Minas Gerais”. Acrescenta o procurador que “se a empresa pode fazer escolhas na admissão de pessoal, não pode, todavia, pautar essas escolhas em discriminações desarrazoadas e odiosas, como é o caso presente, em que o trabalhador, se residente no Estado de Minas Gerais, não poderia ser contratado.”

Entre outras exigências, o MPT pede na Ação Civil que a IBM seja proibida de “exigir, sugerir, solicitar, permitir ou de qualquer forma concorrer para o estabelecimento de condição para contratação de empregados e trabalhadores consistente em origem ou local de residência, ou a proibição de que a pessoa seja originária ou residente em determinado Estado/Município/Bairro/País ou locais específicos”; “divulgar, ostensivamente em todas as suas mídias e em jornais de grande circulação no Brasil e em Minas Gerais, pelo menos por quatro oportunidades, que a empresa não faz e não fará nenhum tipo de discriminação de trabalhador por motivo de residência ou origem”.

A ACP pede ainda a condenação da empresa ao pagamento de multa por descumprimento das obrigações impostas, no valor que varia de R$ 50 mil a R$ 100 mil por obrigação descumprida, devendo ser revertida para projetos, órgãos públicos ou entidades beneficentes. O MPT pede, ainda, indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 20 milhões de reais.

Fonte: Assessoria de Comunicação/MPT-MG