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Pastor André Valadão diz que pais não devem enviar filhos à faculdade: “vá vender picolé”

Pastor André Valadão diz que pais não devem enviar filhos à faculdade: “vá vender picolé”

André Valadão, o pastor das griffes mais caras do mundo, aconselha pais a não enviar filhos à universidade (Foto: Reprodução)

Um trecho de uma pregação do pastor André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), divulgado por ele mesmo o X (antigo Twitter), gerou reações nas redes sociais.

No vídeo, líder evangélico diz que estudo “pode acabar com a vida” dos filhos. “Se a faculdade vai acabar com a vida do teu filho, não manda ele para a faculdade. Não manda! Vai vender picolé na garagem. ‘Ah, mas eu não criei meu filho para isso’. Você criou para quê? Para ele ir para o inferno, pô?”, disse André Valadão. “Todo pai e mãe conhece muito bem os pontos fortes e fracos dos filhos. Não adianta empurrar eles para algum lugar que não irão se dar bem, NÃO arrisque a salvação”, acrescentou.

Na sequência, o pastor falou especificamente sobre mulheres. “Criou a sua filha para quê? Para virar uma vagabunda? Ou você a criou para virar uma mulher santa, uma mulher digna de família? Aí ela tem um diploma, é rodada, é doida…”, destacou

Valadão ainda envia um recado para os pais: “Você vai falar de Jesus e ele diz assim: ‘não fala de Deus para mim, não’. Acabou sua vida, irmão. Aí você vem para a igreja. ‘O que eu errei?’. Você aceitou. Você, papai e mamãe. E se você está vivendo essa situação, eu tenho boas novas para você. Não pare de lutar pelos seus filhos”, concluiu.

Na legenda da publicação, o líder evangélico escreveu: “Todo pai e mãe conhece muito bem os pontos fortes e fracos dos filhos. Não adianta empurrar eles (sic) para algum lugar que não irão se dar bem, não arrisque a salvação.”

A fala controversa de Valadão gerou críticas de internautas nas redes sociais. “Se os filhos não estão preparados para encarar uma faculdade, isso diz mais sobre os pais do que sobre a faculdade”, escreveu um deles. “Pastor usando Louis Vuitton e dizendo para você não investir na educação do seu filho. Por isso a Bíblia diz que o povo do Senhor perece por falta de conhecimento”, disse outro.

A irmão de André Valadão, Ana Paula Valadão, já frequentou a faculdade. A cantora e pastora cursou direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas trancou o curso em 1996, pois decidiu ingressar no Christ for the Nations Institute (CFNI), uma escola nos Estados Unidos que visa formar líderes religiosos. Quando retornou ao Brasil começou a escrever músicas, inicialmente versões de cantores que conheceu internacionalmente. Em 1997, participou do álbum Santo é o Teu Nome, gravado pelo pastor Sóstenes Mendes, o mesmo que hoje é deputado federal e autor do “PL do Estuprador”.

Líder de Zema na Assembleia é condenado a mais de 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro

Líder de Zema na Assembleia é condenado a mais de 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro

Deputado João Magalhães, líder de Romeu Zema na Assembleia, é condenado a mais de 11 anos (Foto: ALMG)

Em ação penal do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o atual deputado estadual de Minas Gerais João Magalhães (MDB) a 11 anos e oito meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de capitais. Também foram condenadas outras duas pessoas: uma assessora informal do deputado à época dos crimes e um ex-prefeito do município de Tumiritinga. Líder do governo Romeu Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, João Magalhães ainda poderá recorrer da decisão.

A ação do MPF é um desdobramento da Operação João de Barro, deflagrada em 2008 com o objetivo de investigar um esquema de fraude em licitações em diversas prefeituras municipais por todo o país. Na ação penal que gerou esta condenação, o que se descobriu foi o pagamento de propina em troca de destinação de recursos federais para o município de Tumiritinga, por meio de emenda parlamentar.

De acordo com a sentença, o então deputado federal João Magalhães apresentava emendas ao orçamento da União, destinando recursos para a realização de obras em municípios mineiros. Quando os valores eram empenhados, o deputado cobrava dos prefeitos o pagamento de propina, entre 10% e 12% da verba, sob pena de redirecionamento do recurso a outro município.

As investigações constataram que, em 5 de outubro de 2007, João Magalhães recebeu a quantia de R$ 38 mil do então prefeito de Tumiritinga, Luiz Denis Alves Temponi (PFL), como contraprestação pela destinação de emenda parlamentar ao município. Luiz Temponi foi condenado a 11 anos e seis meses de reclusão por corrupção ativa e lavagem de capitais.

Além de João Magalhães e Luiz Temponi, a Justiça também condenou Mary Rosane da Silva Lanes, assessora informal do deputado e então secretária do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Doce (CISDOCE). Segundo a denúncia do MPF, a propina foi recebida por meio da conta de Mary Lanes, que repassou o valor para contas de pessoas da intimidade de João Magalhães, de forma a ocultar a natureza, origem, movimentação e propriedade do dinheiro. Mary Lanes foi condenada a dez anos e dois meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de capitais.

A Justiça Federal também determinou, para os três réus, a perda da função ou do cargo público e o regime fechado para o cumprimento inicial das penas privativas de liberdade.

OUTRO LADO

À imprensa, o deputado estadual afirmou que não há indício de obtenção de vantagem ilícita e que serão tomadas medidas legais cabíveis para “esclarecer o assunto”.

O ex-prefeito Luiz Temponi não havia se manifestado publicamente sobre a decisão até a publicação desta matéria. O texto será atualizado se houver manifestação.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram