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Por ordem do TCE, câmaras municipais de Minas reduzem salários e número de vereadores

Por ordem do TCE, câmaras municipais de Minas reduzem salários e número de vereadores

A Câmara Municipal de Três Marias já reduziu o número de vereadores (Foto: Google)

A Câmara Municipal de Três Marias reduziu de 13 para 11 o número de vereadores, e a Câmara Municipal de Buenópolis reduziu de R$ 7.396,46 para R$ 6.601,28 o valor do subsídio dos seus vereadores para a próxima legislatura.

As duas ações ocorrerem após a atuação do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), que iniciou, no primeiro semestre deste ano, acompanhamento nas casas legislativas mineiras com o objetivo de verificar o cumprimento de percentuais fixados na Constituição, bem como dos gastos com subsídio e da composição numerária de vereadores.

O TCE promoveu cruzamento eletrônico de informações, a partir dos dados populacionais do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e apurou, nesta primeira etapa de acompanhamento, que 14 câmaras municipais devem reduzir o número de suas cadeiras, e que 3 necessitam adequar o valor do subsídio dos vereadores, em virtude de diminuição do número de habitantes no município.

O TCE verificou que a população atual de Três Marias é de 28.895 habitantes, enquadrando, portanto, este município na faixa populacional de 15.001 a 30 mil habitantes para composição das câmaras municipais, o que corresponde ao limite máximo de 11 vereadores.

Já em Buenópolis, na legislatura atual, o subsídio dos vereadores não deveria ultrapassar o valor correspondente a 30% do subsídio dos deputados estaduais, tendo em vista que o TCE constatou que o município tem população de 9.150 habitantes, devendo, portanto, observar o limite máximo de 20% do subsídio dos deputados estaduais para cálculo de vencimentos dos vereadores de municípios com população de até 10 mil habitantes.

“Após o acompanhamento feito pela Coordenadoria de Auditoria dos Municípios (CAM) do Tribunal de Contas, a Câmara de Três Marias promoveu tal regularização no número de vereadores, “o que já denota um benefício de controle efetivo decorrente do acompanhamento em curso, pois a adequação leva a uma economia de R$ R$ 823.473,60 nos cofres públicos ao longo dos quatro anos da nova legislatura”, disse o TCE.

A mesma ação de austeridade aconteceu em Buenópolis. A redução no valor do subsídio dos vereadores resultará em economia estimada de R$ 343.517,76 para os cofres municipais no decorrer da próxima legislatura.

O TCE verificou também que as cidades de Água Boa, Bom Jesus do Galho, Capinópolis, Chapada do Norte, Grão Mogol, Itapagipe, Itinga, Ladainha, Minas Novas, Montalvânia, Novo Cruzeiro, Poté e Rio Pardo de Minas precisam se adequar às novas regras e reduzir o número de vereadores. O Tribunal informou que Água Boa, Itapagipe e Rio Pardo de Minas já promokveram a redução do número de vereadores para próxima legislatura antes mesmo da intervenção do TCEMG.

Quanto à redução do valor dos subsídios dos vereadores, o TCE verificou que Carneirinho e Matias Cardoso são municípios que precisam se adequar à nova realidade.

Para a realização das eleições de 2024, as alterações no número de vereadores devem ocorrer até o dia 5 de agosto. Já a fixação do valor do subsídio dos vereadores para a legislatura de 2025 a 2028 deve ocorrer antes das eleições municipais de 2024.

Com informações do TCE/MG

Polícia Civil encaminha última etapa para implantar sistema de tramitação de inquéritos papel

Polícia Civil encaminha última etapa para implantar sistema de tramitação de inquéritos papel

Dentro das iniciativas institucionais de modernização, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) avança para a última etapa do projeto de Procedimento de Polícia Judiciária Eletrônico (PPJ-e), conhecido como “inquérito sem papel”, permitindo a tramitação virtual de 100% dos procedimentos policiais via sistema em interoperacionalidade com o Poder Judiciário e o Ministério Público. Isso significa mais economia, celeridade e segurança nos processos.

Integrante da Comissão destinada a viabilizar a expansão do projeto, o delegado André Pelli pontua ganhos em economicidade. “O PPJ-e significa grande economia de papel e impressão, além de tempo de levar e buscar procedimentos no fórum e vice-versa, uma vez que os sistemas da PCMG e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais dialogam”, explica.

Quanto à celeridade, o PPJ-e ainda reflete nos trabalhos de polícia judiciária. “Todos os procedimentos, instantaneamente, serão encaminhados à Justiça assim que concluídos. Por exemplo, um pedido de medida protetiva no âmbito de violência contra a mulher, hoje, já é produzido na unidade da Polícia Civil e tramita eletronicamente para atuação do Ministério Público e do Poder Judiciário no fato”, observa Pelli.

O delegado completa que a tramitação é mais segura, pois ocorre de forma on-line. “Isso evita extravio de peças, de autos, enfim, haverá uma grande segurança de tudo que é produzido, porque tudo é gerado eletronicamente”, reforça.

IMPLEMENTAÇÃO

Atualmente, em todo o estado, prisões em flagrante, pedidos de medidas protetivas, Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) e procedimentos infracionais já são feitos de forma eletrônica.

Agora, está em andamento a inclusão do inquérito policial nas unidades sediadas em Belo Horizonte, com previsão de expansão à totalidade das delegacias na Região Metropolitana e no interior até meados de 2025. Em relação aos procedimentos físicos, por meio de uma parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), está sendo realizada a digitalização do acervo da capital, com conclusão prevista para agosto.

MODERNIZAÇÃO

Pelli ressalta que o PPJ-e representa um marco na PCMG: “O trabalho continua para que a iniciativa seja totalmente implementada e aperfeiçoada, trazendo mais segurança, efetividade e eficiência nas ações da Polícia Civil em prol de todo o estado e da população mineira”.

O PPJ-e integra o projeto de Modernização dos Órgãos de Segurança Pública do Governo do Estado e, além da parceria do TJMG, conta com o apoio da Secretaria de Estado da Casa Civil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Fonte: Polícia Civil