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Ipsemg anuncia suspensão do pagamento dos benefícios de quase 15 mil aposentados e pensionistas

Ipsemg anuncia suspensão do pagamento dos benefícios de quase 15 mil aposentados e pensionistas

O presidente do Ipsemg, André Luiz Moreira dos Anjos, confirmou a suspensão do pagamento (Foto: Agência Minas)

O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) apresentou, nesta segunda-feira (4/3), dados do Censo Cadastral Previdenciário em 2023.

De acordo com o presidente do instituto, André Luiz Moreira dos Anjos, 14.908 nomes – de pensionistas do Ipsemg e aposentados ou afastados preliminarmente do Poder Executivo que não realizaram o Censo Cadastral Previdenciário em 2023 e também não regularizaram a situação em 2024 – terão o pagamento do benefício suspenso a partir de março. Clique aqui e veja a relação dos beneficiários com pagamento suspenso.

“Chamo atenção que desse número apresentado para suspensão do pagamento, 10.993 também são beneficiários da assistência à saúde do Ipsemg. Com a suspensão dos pagamentos também terão o serviço de assistência à saúde suspenso, bem como de seus dependentes” destacou o presidente.

O procedimento de atualização da base de dados é obrigatório e, para restabelecer o benefício, este público, que ainda não realizou o procedimento obrigatório, poderá acessar o site do Ipsemg, no período de 8 de março a 6 de abril.

O presidente do Ipsemg explicou ainda que a data de realização para regularização do pagamento influencia na data de recebimento do pagamento. Os beneficiários que realizarem o procedimento no período de 8/3 a 15/3 terão o benefício creditado em abril. Já aqueles que regularizarem de 16/3 a 6/4 terão o benefício creditado em maio.

Outra informação apresentada foi que também permanecem em situação irregular cerca de 11 mil servidores ativos. Esses estão sujeitos a penalidades administrativas caso não regularizem a situação.

CENSO PREVIDENCIÁRIO

O Censo Previdenciário é um procedimento de atualização da base de dados cadastral, funcional e financeira do Regime Próprio de Previdência Social-RPPS de caráter obrigatório para todos os segurados ativos, aposentados e pensionistas.

O 1° Censo Cadastral Previdenciário do Regime Próprio de Previdência Social de Minas Gerais (RPPS) foi realizado entre os meses de junho a dezembro de 2023. Em janeiro deste ano, foi dada uma nova oportunidade para aqueles que não atenderam à convocação para realização do Censo. Contudo, mesmo com a reabertura do sistema, muitos deixaram de realizar o recenseamento, que é obrigatório.

Com informações da Agência Minas

 

 

Vítimas do rompimento da Vale em Brumadinho fazem manifestação contra habeas corpus ao ex-presidente da companhia

Vítimas do rompimento da Vale em Brumadinho fazem manifestação contra habeas corpus ao ex-presidente da companhia

Vítimas da Vale fizeram manifestação ontem em Belo Horizonte (Foto: Redes Sociais)

Familiares que perderam parentes no rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG) e diversas organizações sociais protestaram, nesta segunda-feira (4), contra a possível concessão de um habeas corpus ao ex-presidente da mineradora, Fabio Schvartsman. O ato ocorreu em frente à sede do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), em Belo Horizonte.

A tragédia completou cinco anos em 2023. No dia 25 de janeiro de 2019, o rompimento de uma barragem da Vale liberou uma avalanche de rejeitos que soterrou 270 vidas e gerou ainda devastação ambiental e poluição na bacia do Rio Paraopeba. As famílias das vítimas contabilizam 272 mortes, levando em conta que duas mulheres estavam grávidas.

No processo criminal, 16 pessoas respondem por homicídio doloso qualificado e por diferentes crimes ambientais. São 11 nomes ligados à Vale e cinco vinculados à empresa alemã Tüv Süd, que assinou o laudo de estabilidade da barragem que se rompeu.

Schvartsman é um dos réus. Através de um pedido de habeas corpus, sua defesa busca trancar a ação penal, sustentando não haver justa causa para o recebimento da denúncia e não ser possível imputar nenhum ato ou omissão do ex-presidente da Vale que tenha levado ao rompimento da barragem.

No dia 13 de dezembro do ano passado, o desembargador Boson Gambogi, relator do caso, deu um voto favorável à concessão do benefício, despertando o temor de impunidade entre os atingidos.

Atualmente, o julgamento está interrompido devido a um pedido de vistas apresentado pelo desembargador federal Pedro Felipe Santos. A análise do caso será retomada nesta quarta-feira (6), em sessão virtual, que pode durar até o dia 12 de março.

“Viemos até aqui para fazer o nosso clamor por justiça”, afirmou Andresa Rodrigues, presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum). Ela é mãe de Bruno Rodrigues, que morreu na tragédia aos 26 anos.

A Avabrum critica o voto de Gambogi e pede que ele reconsidere sua posição. Ela avalia que o trancamento de uma ação penal por meio de um habeas corpus deve ocorrer apenas em situações excepcionais, quando a acusação é frágil ou quando não há descrição da conduta individual do réu. A entidade considera que não é o caso e que, dessa forma, caberia a Schvartsman tentar provar sua inocência no curso de julgamento.

“Segundo investigações oficiais, Fabio Schvartsman sabia do risco de rompimento da barragem em Brumadinho e nada fez”, registra nota divulgada pela Avabrum. A entidade cita o inquérito da Polícia Federal (PF) e considera ter havido, no mínimo, negligência.

Em janeiro, o delegado da PF Cristiano Campidelli disse à Agência Brasil ser possível afirmar com segurança que Schvartsman estava presente em um painel onde houve uma discussão sobre a estrutura que colapsou. “Ele sabia que aquela barragem estava em risco”, garantiu. A defesa de Fábio Schvartsman tem optado por não se manifestar sobre a questão, alegando respeito ao tribunal que já iniciou o julgamento.

Fonte: Agência Brasil