Categoria: Minas Gerais

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Comissão aprova  projeto para contagem em dobro do tempo de serviço de servidores estaduais na pandemia

Comissão aprova  projeto para contagem em dobro do tempo de serviço de servidores estaduais na pandemia

Reunião da Comissão da ALMG que deu parecer favorável ao projeto de contagem de tempo dobrada (Foto: Guilherme Bergamini/ALMG)

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) emitiu, nesta terça-feira (6), parecer pela legalidade do Projeto de Lei (PL) 3.343/21, que institui a contagem em dobro do tempo de serviço exercido durante o período de pandemia para servidores estaduais da área da saúde, policiais militares, bombeiros militares, policiais civis, policiais penais e agentes socioeducativos.

De autoria do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), a matéria estabelece ainda que a contagem em dobro deverá ser considerada para cálculo de benefícios, progressões e promoções na carreira.

A proposição teve como relator o deputado Bruno Engler (PL). Ele opinou pela constitucionalidade da matéria a partir de um novo texto apresentado (substitutivo nº 1). Agora o projeto já pode seguir para análise da Comissão de Administração Pública, em 1º turno.

O novo texto faz adequações ao projeto para suprimir vício de iniciativa e impasses com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, passa a incluir dispositivo na Lei 19.973, de 2011, que trata da política remuneratória dos servidores da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo e dos militares.

Esse dispositivo passa a acrescentar como um dos objetivos da política remuneratória dos servidores públicos assegurar aos profissionais especificados o direito à contagem em dobro do tempo de serviço exercido na pandemia, inclusive para fins de aquisição e cálculo de benefícios, promoções ou progressões de carreira.

Fonte: ALMG

Justiça mineira condena assassinos de ex-sindicalista e ex-vereador

Justiça mineira condena assassinos de ex-sindicalista e ex-vereador

Ex-vereador envolvido no crime é condenado a 26 anos de prisão em regime fechado

Ex-vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista, envolvido no crime, foi condenado a 26 anos de prisão (Foto: Reprodução)

O Ministério Público de Minas Gerais (MP) obteve a condenação de quatro acusados pela morte do sindicalista e ex-vereador do município de Funilândia, Hamilton Dias de Souza. O crime ocorreu em julho de 2020, próximo à estação do metrô Vila Oeste, em Belo Horizonte. Outros dois acusados foram absolvidos pelos jurados e um terceiro já havia obtido a suspensão do processo contra ele. O julgamento, que durou cerca de 50 horas, foi realizado no 1º Tribunal do Júri da capital.

Um dos sete acusados pelo crime, o ex-vereador em Belo Horizonte Ronaldo Batista de Morais, foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Ele integrava, junto com a vítima, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte da Região Metropolitana da capital. Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima, dissimulação, além de ter formado e integrado organização criminosa armada, com participação de servidor público. 

O réu Antônio Carlos Cezário foi condenado a 22 anos e 9 meses de prisão pelos mesmos crimes e qualificadoras.

De acordo com a denúncia do MP, a vítima havia sido afastada do sindicato e constituiu outro órgão de classe, passando a exercer oposição e a cooptar membros de seu antigo local de trabalho. Isso motivou desavenças e inconformismo do ex-vereador de BH, que teria planejado, juntamente com Antônio Carlos e os demais acusados, a morte do rival, em uma emboscada.

O réu Leandro Félix Viçoso, autor dos disparos e único que confessou em plenário a participação no crime, foi condenado a 23 anos e 1 mês de prisão pelos mesmos crimes, além de adulteração de arma de fogo e fraude processual. 

A sentença ainda inclui a condenação de Fernando Saliba Araújo a 14 anos e 2 meses de prisão  por crimes relacionados ao homicídio qualificado, porém sem as qualificadoras e o reconhecimento de participação de menor importância.

Duas pessoas acusadas de envolvimento no assassinato já tinham sido condenadas em 2022 por esse crime. O policial Felipe Vicente de Moura, acusado de fornecer a arma utilizada para o crime,  foi condenado a 17 anos de prisão, em regime fechado, pela participação no homicídio duplamente qualificado. Em função de um acordo de delação premiada com o MP, a pena foi reduzida para 10 anos de prisão. 

Já Thiago Viçoso de Castro foi absolvido das acusações de participação na organização criminosa e de adulteração da arma utilizada no crime, mas foi condenado a três meses de detenção, pelo crime de fraude processual. Ele foi condenado também a mais quatro anos de reclusão pelo crime de posse ilegal de armas.

TRANSAÇÃO PENAL

Os promotores de Justiça Ana Claudia Lopes, Rodrigo Augusto de Almeida e Vinícius Bigonha de Melo, responsáveis pela acusação, propuseram, em plenário, a transação penal ao réu Filipe Santos Viçoso. 

A proposta foi aceita pela defesa e pelo acusado, que deve pagar o valor de um salário-mínimo, em até três parcelas. Ele era acusado de ter realizado falso Boletim de Ocorrência para embaraçar a investigação do crime, relatando fatos inverídicos aos veículos utilizados no dia do assassinato e sugerindo que se trataria de clonagem.

Fonte: MP