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Beneficiários do Ipsemg que estão com pagamento suspenso poderão regularizar a situação a partir desta sexta-feira

Beneficiários do Ipsemg que estão com pagamento suspenso poderão regularizar a situação a partir desta sexta-feira

 

A partir desta sexta-feira (8), os 14.908 pensionistas do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), aposentados ou afastados preliminarmente do Poder Executivo que não realizaram o Censo Previdenciário e estão com pagamento suspenso, poderão regularizar a situação. O procedimento deverá ser realizado no sistema do Censo RPPS-MG até 6 de abril.

O Ipsemg informa que a data de regularização influencia na data de recebimento do pagamento, ou seja, os beneficiários que realizarem o procedimento no período de 8/3 a 15/3 terão o benefício creditado em abril, enquanto aqueles que regularizarem de 16/3 a 6/4 terão o benefício creditado em maio. Assim que a situação for regularizada, os retroativos não recebidos serão creditados juntamente com o pagamento do mês.

Cerca de 11 mil servidores efetivos ativos também não realizaram o procedimento e poderão fazê-lo neste período. Esses estão sujeitos a penalidades administrativas caso não regularizem a situação.

Dos nomes que não realizaram o Censo, 10.993 também são beneficiários da assistência à saúde do Ipsemg. Com a suspensão dos pagamentos, o serviço de assistência à saúde também estará suspenso até a regularização.

CENSO PREVIDENCIÁRIO

O Censo Previdenciário é um procedimento de atualização da base de dados cadastral, funcional e financeira do Regime Próprio de Previdência Social-RPPS de caráter obrigatório para todos os segurados ativos, aposentados e pensionistas.

O 1° Censo Cadastral Previdenciário do Regime Próprio de Previdência Social de Minas Gerais (RPPS) foi realizado entre os meses de junho a dezembro de 2023.

Em janeiro deste ano foi dada uma nova oportunidade para aqueles que não atenderam à convocação para realização do Censo, contudo, mesmo com a reabertura do sistema, muitos deixaram de realizar o recenseamento obrigatório.

Fonte: Agência Minas

 

 

Economista do Dieese revela que mais de 50% dos professores da rede estadual são contratados temporariamente

Economista do Dieese revela que mais de 50% dos professores da rede estadual são contratados temporariamente

A Comissão de Educação da Assembleia discutiu a nomeação de professores para rede estadual (Fotos: Alexandre Netto)

Com o concurso público de 2017 da educação básica prestes a vencer, a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) cobrou, em audiência realizada nesta quinta-feira (7), a nomeação de todos os candidatos aprovados no certame. As representantes do Governo do Estado garantiram uma nova chamada, mas ponderaram ser impraticável nomear todos os classificados.

Com validade de dois anos, renováveis por mais dois, o concurso está em vigor até o dia 12 de abril, por ter sido paralisado durante a pandemia de Covid-19. Foram disponibilizadas 16,8 mil vagas, entre professores e especialistas. Até o momento, o governo nomeou cerca de 22 mil candidatos aprovados, considerando os excedentes.

Para Diego Rossi, economista e técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse número ainda é insuficiente, diante do grande número de contratados nos quadros da educação básica em Minas, superior ao de efetivos.

Segundo o economista, do total de aprovados no concurso, apenas 38% (14,4 mil) entraram em exercício, um indicativo de que as carreiras precisam ser revistas, para se tornarem mais atraentes.

A Secretaria de Estado de Educação abriu novo edital em 2023, com a oferta de quase 20 mil vagas. De acordo com Diego Rossi, mesmo que todos os aprovados em ambos os concursos fossem nomeados, o número de professores efetivos, por exemplo, representaria pouco mais de 50% do total.

NOVAS NOMEAÇÕES

A subsecretária de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Kênnya Kreppel, informou que o governo está finalizando um estudo para definir todos os classificados do concurso de 2017 que podem ser aproveitados na rede estadual, com o objetivo de nomear, em um mesmo lote, o maior número possível de aprovados, até a primeira semana de abril.

Ela destacou que 8 mil excedentes já foram nomeados, mas argumentou que nem todos os classificados podem ser chamados. Não houve candidatos aprovados para 4,5 mil vagas, enquanto outras já foram completamente preenchidas e não comportam mais nenhuma nomeação.

A Subsecretária de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria de Estado de Educação, Gláucia Cristina Ribeiro acrescentou que muitos profissionais da educação contratados não ocupam vagas de efetivos, por atuarem em substituição ou em posições que entraves burocráticos impedem a realização de concurso.

Esse seria o caso de 37% dos cargos na educação básica. Do restante, 45% é composto por efetivos e outros 18% poderiam ser preenchidos com a nomeação de novos concursados. Gláucia Ribeiro ainda informou que há estudos para a realização de novos concursos.

Autora do requerimento para a audiência, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) abordou as distorções causadas pela política de contratações, em detrimento da nomeação de efetivos. Os trabalhadores temporários não têm acesso à carreira e a direitos como férias-prêmio e adicionais por tempo de serviço.

Ela acredita que as contratações recorrentes são o primeiro passo para a privatização da educação. Para reivindicar a nomeação dos aprovados no concurso de 2017, ela solicitou visitas técnicas ao Tribunal de Contas (TCE), ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal.

A deputada Macaé Evaristo (PT) cobrou maior compromisso do governo com a garantia de estabilidade do corpo docente nas escolas, de forma a possibilitar uma proposta pedagógica de maior qualidade. Ela disse ser possível um fluxo mais ágil de nomeações.

Fonte: ALMG