Categoria: Minas Gerais

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Deputados aprovam novas obrigações para as prefeituras em plano contra situações de risco

Deputados aprovam novas obrigações para as prefeituras em plano contra situações de risco

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em sessão nesta quinta-feira (23), proposta que obriga os municípios a elaborarem anualmente programa de contenção de construções irregulares em áreas de risco, com definição de alternativas habitacionais seguras. O texto segue agora para análise do Senado.

Apresentado pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), o Projeto de Lei 636/23 altera a Lei 12.340/10, que trata dos repasses da União aos entes federativos para prevenção e mitigação de desastres. A norma determina a elaboração pelos municípios, a cada ano, do Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil.

O relator em Plenário, deputado Josenildo (PDT-AP), recomendou a aprovação da proposta, ao lembrar que o texto exige ainda a inclusão, nos planos municipais, dos investimentos necessários em infraestrutura hídrica, combate a enchentes e prevenção de desastres. “A iniciativa é uma medida imprescindível”, afirmou.

“As chuvas no litoral norte de São Paulo em janeiro de 2023 causaram diversos pontos de enchentes e deslizamentos em áreas residenciais e em estradas, que culminaram em uma tragédia humanitária de grandes proporções”, comentou André Figueiredo, citando alguns dos motivos para as mudanças na legislação.

PLANOS DE CONTINGÊNCIA

Atualmente, os planos municipais para casos de desastres já devem conter:

  • indicação das responsabilidades de cada órgão na gestão das ocorrências;
  • definição dos sistemas de alerta, com apoio de radioamadores;
  • organização dos exercícios simulados com participação da população;
  • organização do sistema de atendimento emergencial à população nesses eventos, incluindo rotas de deslocamento, pontos seguros e locais de abrigo;
  • definição das ações de atendimento médico-hospitalar e psicológico;
  • cadastramento das equipes técnicas e de voluntários; e
  • organização da estratégia para recebimento e distribuição de doações.

A esses itens, o texto aprovado acresce a elaboração de programa de contenção de construções irregulares acompanhado da oferta de alternativas habitacionais seguras e exige a relação dos investimentos públicos que serão necessários.

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Além disso, o projeto determina que na prestação de contas anual, já prevista na legislação vigente, seja incluído relatório que obrigatoriamente apresente:

  • os exercícios simulados realizados com a participação da população, que incluam passagem pelas rotas de deslocamento e chegada aos pontos seguros;
  • a efetividade dos sistemas de alerta a desastres, comprovada em testes periódicos;
  • a situação dos pontos de abrigo;
  • o treinamento periódico das equipes técnicas e de voluntários para atuação em circunstâncias de desastres;
  • a evolução do número de construções irregulares em áreas de risco e as medidas tomadas para contenção desse avanço que incluam disponibilização de alternativas habitacionais seguras; e
  • os investimentos realizados em infraestrutura hídrica, combate a enchentes e prevenção de desastres.

“Acredito que a obrigatoriedade de demonstração desses elementos aos órgãos de controle acarrete um direcionamento mais efetivo das ações realizadas pelos municípios em situação de risco”, disse André Figueiredo ao defender as medidas.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

 

 

Servidores municipais de Belo Horizonte rejeitam nova proposta salarial da Prefeitura e greve é mantida

Servidores municipais de Belo Horizonte rejeitam nova proposta salarial da Prefeitura e greve é mantida

Em greve, servidores municipais de Belo Horizonte fazem manifestação em frente a Prefeitura da capital (Foto: Vanessa Alves/Sindbel)

Os servidores públicos municipais de Belo Horizonte deflagraram greve por tempo indeterminado, que começou nesta terça-feira (21). O movimento começou com uma manifestação em frente a Prefeitura da capital, que reuniu cerca de 500 servidores, segundo informou o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel). A proposta do prefeito Fuad Noman (PSD) é de uma revisão de 5,93%. A categoria apresentou três possibilidades de reajuste ao Executivo: aumento de 7,86% retroativo a primeiro de janeiro ou de 11,40% a partir de julho ou ainda de 13,93% em dezembro. O objetivo é garantir a recomposição inflacionária.

Como a prefeitura ofereceu inicialmente somente a revisão da inflação de 5,93%, ainda assim em duas parcelas com 2,50% a partir de agosto e 3,43% a partir de dezembro, a categoria decidiu pela paralisação, que começou nesta terça. Segundo o Sindbel, cerca de 50% dos servidores aderiram à greve. Para o presidente do sindicato, Israel Arimar, “a proposta da prefeitura, ainda mais dividida em duas parcelas, não garante a recomposição salarial de acordo com as perdas inflacionárias, o que significa a redução do poder de compra dos trabalhadores”.

Em função da greve, o Sindbel informou que todos os postos de saúde da capital ficaram fechados nesta terça. Além da saúde, servidores da educação também aderiram à greve e, segundo a prefeitura, 13 das 323 das escolas municipais paralisaram as atividades.

A prefeitura informou, por meio de nota, que “lamenta que as categorias ainda não tenham aceitado o reajuste apresentado, que reflete todos os esforços do Município para conceder reajuste referente à inflação de 2022, mesmo diante de um cenário desfavorável”. De acordo com a nota, “qualquer outra proposta extrapola as finanças municipais, o que pode comprometer o pagamento em dia do funcionalismo e a prestação de serviços à população”.

Nesta quarta-feira (22) a prefeitura da capital reformulou a proposta e segue concedendo o aumento de 5,93%, porém pago em uma única parcela, a partir de junho. Além disso, o Executivo se comprometeu a reabrir as negociações para novos reajustes, mesmo que parcelados, em outubro deste ano. A ideia é incluir reajustes referentes a 2024 que, por causa das eleições municipais, ficam proibidos a partir abril.

Em função da nova proposta da prefeitura, foi realizada uma assembleia dos servidores na manhã desta quarta-feira (22) na Praça da Estação. De acordo com o Sindbel a categoria rejeitou a nova proposta da Prefeitura e a greve vai continuar. O Sindbel informou, ainda, que já encaminhou ofício ao prefeito solicitando reunião para discutir a decisão dos servidores. Uma nova assembleia está marcada para a próxima sexta-feira.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram