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Deputados estaduais de Minas Gerais custaram mais de R$ 15 milhões aos cofres públicos nos três primeiros meses do ano

Deputados estaduais de Minas Gerais custaram mais de R$ 15 milhões aos cofres públicos nos três primeiros meses do ano

Só com os deputados, sem contar a logística de funcionamento da Assembleia, água, energia elétrica, telefone fixo, salários de servidores, entre outros gastos, Minas Gerais gastou mais de R$ 15 milhões no primeiro trimestre (Foto: William Dias/ALMG)

Os 77 deputados estaduais que compõem a Assembleia Legislativa de Minas Gerais custaram aos cofres públicos R$ 15.811.681,44 nos três primeiros meses do ano, conforma mostra demonstrativo publicado pela ALMG. O salário mensal de um deputado estadual está em R$ 29.469,99 e corresponde a 75% da remuneração do deputado federal.

Entretanto, além dos salários, os deputados possuem vários outros benefícios. Além do 13º salário, o deputado tem uma ajuda de custo no valor do subsídio no início e no fim do mandato.  O parlamentar ainda conta com recursos para pagamento de despesas com combustível, Correio, alimentação, entre outros e mais o chamado auxílio-moradia, de R$ 4.377,73 ao mês.

SALÁRIOS

Nos três primeiros meses do ano, os salários dos 77 deputados ficaram em R$ 6.757.250,45, mais R$ 4.214.208,57 em ajuda de custo e R$ 276.407,58 em auxílio-moradia. Com as chamadas “despesas Inerentes ao exercício do mandato parlamentar”, os deputados custaram mias R$ 4.563.814,84 aos cofres públicos, totalizando R$ 15.811.681,44 de janeiro a março.

Cada deputado tem direito a 23 assessores, que são pagos pela Assembleia. Essa conta não entra na contabilidade como gasto do deputado.

Chama a atenção os gastos do mês de janeiro, período em que os deputados estão no chamado recesso de fim de ano. Em 2023, a primeira sessão ordinária da ALMG ocorreu no dia 2 de fevereiro. Entretanto, em janeiro, além dos salários, a Assembleia ainda pagou aos deputados R$ 2 milhões em ajuda de custo, R$ 89,5 mil em auxílio-moradia e mais R$ 2 milhões em despesas inerentes ao exercício do mandato, além dos salários pagos 23 assessores de cada deputado.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 

Assembleia aprova reforma administrativa e aumento salarial de quase 300% para o governador Romeu Zema

Assembleia aprova reforma administrativa e aumento salarial de quase 300% para o governador Romeu Zema

 

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou nesta terça-feira (4), em Reunião Ordinária, o Projeto de Lei  (PL) 358/23, do governador Romeu Zema, que trata da reorganização administrativa do Poder Executivo e tramita em primeiro turno.

Os deputados acataram o texto (substitutivo nº 4) que havia sido apresentado e aprovado na véspera pela Comissão de Administração Pública, durante reunião realizada para dar parecer sobre as 71 emendas apresentadas em Plenário.  O texto foi proposto pelo deputado João Magalhães (MDB), relator na comissão. Outras 12 propostas foram sugeridas por parlamentares na própria reunião da comissão, mas não foram acatadas pelo relator.

O substitutivo aprovado incorpora, total ou parcialmente, oito emendas parlamentares das dezenas apresentadas em Plenário anteriormente, durante a discussão da matéria.

Entre outras, o parecer da Administração Pública destaca ter sido incorporada parcialmente sugestão da deputada Beatriz Cerqueira (PT) para que o Conselho Estadual de Saúde não se torne subordinado à Secretaria de Saúde, mantendo apenas uma vinculação.

Outra emenda acatada, de autoria do deputado Professor Cleiton (PV), mantém o Arquivo Público Mineiro na estrutura da Secretaria de Estado de Cultura. O mesmo deputado teve acatada outra emenda parcialmente, relacionada à Controladoria Geral do Estado (CGE). Em linhas gerais, a emenda prevê que o controle da CGE deverá dispor, entre outros mecanismos, de auditoria externa independente, com resultados divulgados e publicados nos portais de transparência. Ela foi acatada sem a exigência de auditoria obrigatoriamente externa, evitando-se a criação de despesas não contempladas no orçamento.

Duas propostas de autoria do deputado Sargento Rodrigues (PL) também foram acatadas no novo texto, uma delas determinando prazo de um ano para que o governo envie à ALMG um projeto de lei complementar contendo a Lei Orgânica da Polícia Penal. A outra emenda do mesmo parlamentar tem o objetivo de garantir à Polícia Civil o acesso ao banco de dados e recursos tecnológicos relativos ao atual Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG).

SALÁRIO DO GOVERNADOR

Também foi aprovado o texto original do PL 415/23 que prevê reajuste escalonado ao salário do governador, vice e secretários estaduais. A partir de 1º de abril deste ano, os novos valores serão de R$ 37.589,96 (governador), R$ 33.830,96 (vice), R$ 31.238,19 (secretários) e R$ 28.114,37 (secretários-adjuntos). Os próximos reajustes ocorrerão em fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.

A deputada Lohanna França (PV) criticou o reajuste, que, segundo ela, ao mesmo tempo em que defende um grande aumento de seu salário (em cerca de 300%) e de seus assessores diretos, adota uma política de arrocho salarial para os servidores, não pagando nem o piso da educação.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Com informações da ALMG