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Ex-deputado federal, cabo da PM condenado na Justiça Comum por desvio de dinheiro público recebe proteção na Justiça Militar

Ex-deputado federal, cabo da PM condenado na Justiça Comum por desvio de dinheiro público recebe proteção na Justiça Militar

O Tribunal de Justiça Militar (TJMMG) adiou o julgamento do recurso do Ministério Público Militar contra a decisão que decidiu pela permanência da carteira militar do ex-deputado Cabo Júlio, condenado por ter participado de um esquema de desvio de dinheiro público. Em outubro do ano passado, por 4 votos a 3, o TJMMG negou o pedido de prisão do ex-parlamentar e ainda decidiu pela permanência dele no quadro da corporação. O MP recorreu para que Cabo Júlio perca ao menos as prerrogativas de militar.

Segundo o Tribunal, o julgamento do caso foi retirado de pauta a pedido do relator, e será julgado em nova data ainda a ser definida e divulgada. Na época do julgamento da representação do Ministério Público, o entendimento dos magistrados foi de que a condenação do militar aconteceu quando ele era político, não mais policial.

“É inegável que a conduta perpetrada pelo então representado, na condição de parlamentar, jamais será esquecida, refletindo na população a impunidade e a ideia de que o Poder Judiciário Militar, mesmo ciente da gravidade do crime cometido por um policial militar, preferiu mantê-lo nas fileiras da PMMG, quase que anuindo aos atos de criminosos por ele cometidos, simplesmente por o considerarem uma ‘pessoa admirada’ e, ao que parece, merecedora de prestígio”, argumentou a procuradora da Justiça Militar, Elba Rondino que pediu que a decisão seja revertida. A procuradora solicitou  que o ex-deputado perca sua graduação como militar.

Atualmente, Cabo Júlio é militar da reserva. Se for expulso da PM, o ex-deputado poderá perder a posse e o porte de arma de fogo. Essa seria uma das principais perdas práticas da decisão. Isso porque, segundo a legislação, o militar não pode perder a aposentadoria especial de policial militar. Um cabo reformado ganha, em média, R$ 7.079,01.

“A reforma da decisão não unânime, ora embargada, é, pois, de todo necessária, motivo pelo qual esta Procuradoria de Justiça requer a admissão e o provimento dos presentes embargos em ação penal militar, a fim de que seja julgada totalmente procedente a representação nos termos dos votos vencidos, com a decretação da perda da graduação do Cb PM Júlio César dos Gomes”, diz a procuradora em seu pedido.

“Infelizmente, pelo que se depreende do voto vencedor, por meio dele se buscou ‘passar uma borracha’ em tudo o que aconteceu e deu origem à condenação, não obstante o ora embargado tenha se valido de sua graduação como Cabo da Polícia Militar para se tornar conhecido no meio político e, posteriormente, obter vantagens indevidas provenientes de um verdadeiro escândalo de corrupção no qual se viu envolvido”, completou Elba.

ENTENDA

Condenado em 2018 a seis anos de prisão em regime semiaberto pela participação na “Máfia dos Sanguessugas”, segundo o Ministério Público, Cabo Júlio participava de um esquema de desvio de verbas do Ministério da Saúde para a compra de ambulâncias superfaturadas. De acordo com a investigação, de 2006, o ex-deputado foi autor de 20 emendas para 18 cidades mineiras, que tinham como objetivo direcionar as licitações a favor de determinadas empresas. Em contrapartida, o ex-parlamentar recebia porcentagens destes pagamentos.

Segundo as investigações, Cabo Júlio e outros parlamentares ajudavam a cooptar prefeitos para direcionar os editais em favor de determinadas empresas envolvidas no esquema. Na maioria das vezes, essas empresas superfaturavam o preço das ambulâncias em até 110%, além de entregar os veículos com defeitos ou sem todos os equipamentos.

Na época, o ex-deputado chegou a ficar preso em um batalhão do Corpo de Bombeiros em Belo Horizonte. Atualmente, o militar está em liberdade condicional.

Fonte: O Tempo

 

 

 

Dupla é presa após postar vídeo que ameaçava massacre em escola de Mateus Leme

Dupla é presa após postar vídeo que ameaçava massacre em escola de Mateus Leme

A PM está mobilizada em todo o Estado para evitar ataques em escolas (Foto: Jotha Lee/Sintram)

A Polícia Militar prendeu, na madrugada desta terça-feira (11), um adolescente de 17 anos e um homem de 26 anos em Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte. Eles são apontados como autores de um vídeo que ameaçava um massacre em uma escola pública da cidade.

Segundo a PM, no vídeo, o adolescente está com uma faca na mão e uma camisa vermelha escondendo o rosto. Ele proferia ameaças de ataque na escola e o fato “trouxe grande preocupação aos profissionais da educação, uma vez que houve receio entre mães e pais de alunos de enviar os filhos à escola”.

Diante de uma série de ameaças a escolas, a Polícia Militar de Minas Gerais lançou, nessa segunda-feira (10), a operação Proteção Escolar para combater essa violência.

Após diligências, a PM identificou, localizou e apreendeu o menor que aparece no vídeo. Foi identificado também um indivíduo maior de idade que participou na produção do vídeo.

Foram apreendidas a faca e a camisa utilizada no vídeo, e também os telefones celulares dos suspeitos. Eles irão responder pelos crimes de ameaça e por incitação ao crime, além de provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto

Por meio de nota, a Polícia Militar alegou que “está atenta e vigilante nas escolas de nosso Estado e reforça que um de seus desafios é o de combater a propagação de notícias falsas, fake news, que dificultam o enfrentamento aos problemas reais”.

OPERAÇÃO POLICIAL

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) lançou, nesta segunda-feira (10/4), a Operação de Proteção Escolar. A nova ação, de natureza preventiva, antecipa a articulação entre polícia e comunidade, e tem intenção de ampliar e fortalecer a rede de proteção às unidades de ensino públicas e privadas nos 853 municípios mineiros.

A corporação detalhou, no anúncio feito na Academia da Polícia Militar de Minas Gerais, que a articulação envolverá programas de prevenção já desenvolvidos pela PM nas escolas, como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e o Programa de Educação Ambiental (Progea), que serão intensificados.

Vale lembrar que todo Batalhão PM de Minas Gerais conta com Patrulha Escolar. Com a operação, o efetivo será ampliado. Além disso, a Operação de Proteção Escolar propõe foco ativo na rede de proteção. A agenda, positiva, prevê palestras e outras ações educativas e de prevenção para fortalecer a rede, criando uma rotina educativa.

“A PM vai fazer mais visitas às escolas, dando dicas de segurança, de autoproteção. A ideia é estarmos todos conectados com esse fim: PM, escolas e também a comunidade, que tem papel fundamental para o fortalecimento da rede e também vai participar observando qualquer anormalidade”, explicou o capitão Cristiano Araújo.

A iniciativa é uma resposta preventiva do Governo de Minas à onda de violência sofrida por escolas de São Paulo e do Paraná. Nesta segunda-feira, além da apresentação da estratégia, o Estado anunciou a entrega de 127 novas viaturas para fortalecimento da rede de proteção às unidades de ensino (83 Pulse para patrulha escolar; 28 Doblô para programa Proerd e 16 L200 para o Progea).

Sobre notícias que têm circulado nas redes sociais e causado insegurança entre a comunidade escolar de todo o estado, o capitão informou que a inteligência da polícia não detectou anormalidades em Minas Gerais. “Quase a totalidade das informações checadas por nós são inverídicas”, garantiu Cristiano Araújo.

A Polícia Militar reforça que toda ameaça que chega à corporação é checada. No entanto, passa a ser considerada boato somente após a instituição concluir a verificação de procedência e conteúdo. Nesse sentido, alertou o capitão Cristiano Araújo, as pessoas não devem consumir como verdade – e de imediato – tudo o que é publicado na Internet.

Ele ressaltou, ainda, que as forças de segurança seguem sempre mobilizadas para a melhor resposta de segurança e proteção aos mineiros.

“Episódios de violência causam sensação de insegurança generalizada, mas não estamos alheios. Todos os nossos esforços estão voltados para fortalecer essa rede de proteção. Ameaça para uma escola significa ameaça para todas”, disse. “Neste momento, reitero, não há qualquer lastro de ameaça de ataque a escola em Minas detectado pelos órgãos de inteligência”, concluiu.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Com informações da Agência Minas