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Ex-presidente da Câmara Municipal de Uberaba e mais três servidores são condenados por peculato

Ex-presidente da Câmara Municipal de Uberaba e mais três servidores são condenados por peculato

Em 1999, a Câmara Municipal de Uberaba já havia cassado o mandato do então vereador Ademir Vicente pelo desvio de verbas em gastos com publicidade (Foto: Reprodução)

A Justiça de Minas Gerais condenou o ex-presidente da Câmara Municipal de Uberaba, no Triângulo Mineiro, Ademir Vicente da Silveira, que ocupou o cargo nas gestões 1996 e 1998. Vereador por três mandatos consecutivos, Ademir Vicente foi condenado por peculato, que é a apropriação ou o desvio de bens públicos em benefício próprio ou de terceiros. Ele foi condenado a seis anos de reclusão em regime semiaberto.

Um segundo ex-presidente da Câmara, gestão 1997, Paulo Silva Machado, também denunciado na mesma ação penal, que é de 2008, morreu antes do julgamento do caso. Nesse mesmo processo, mais três servidores que atuaram na Casa Legislativa entre 1996 e 1998, período em que os crimes ocorreram, foram condenados pelo mesmo crime de peculato. Foram condenados os servidores Luiz Machado, Maria  Eluíza Teixeira Borges e Nicolau Nogueira Maluf.

Enquanto tramitava o processo, o servidor Antônio Sérgio Teixeira, também denunciado, teve a punibilidade prescrita por atingir 70 anos. Outro servidor denunciado, Manoel Pedro da Silva, morreu durante a tramitação do processo.

De acordo com a denúncia, entre 1996 e 1998, o grupo participou de um esquema de desvio de verbas públicas destinadas a campanha publicitária institucional da Câmara de Vereadores. Entre os envolvidos estavam: o então diretor-geral, Luiz Machado, e a então diretora de Comunicação Social da Casa Legislativa, Eluíza Teixeira, juntamente com seu marido, Nicolau Ovídio, além de um empresário do ramo de publicidade e do pai do ex-presidente da Câmara (gestão 1996 e 1998), que também era servidor público.  Esses dois últimos não tiveram os nomes divulgados.

Segundo o promotor de Justiça José Carlos Fernandes Junior, autor da denúncia, a sentença proferida pela Justiça no último dia 10 de abril, embora seja passível de recurso, evidencia a importância de não haver esmorecimento no enfrentamento da corrupção. “Por mais dificultosa e espinhosa que possa ser a missão de defender o patrimônio público, o Ministério Público jamais retrocederá”, afirmou o representante do MPMG

MANDATO CASSADO

Em 1999, antes da condenação por peculato, a Câmara Municipal de Uberaba já havia cassado o mandato do então vereador Ademir Vicente da Silveira, na época no PFL, acatando denúncia de 15 eleitores. O processo durou 77 dias e foi baseado em omissão do controle administrativo. Ademir foi presidente da Câmara e autorizava o pagamento de serviços publicitários não realizados. Ele foi acusado de desviar R$ 121, 2 mil.

O promotor público do caso, Laércio Conceição, calculou que os desvios em publicidade deveriam atingir a R$ 6,5 milhões ao fim das investigações.

Clique aqui e veja a Denúncia da 15ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio de Uberaba

Clique aqui e veja a sentença da 2ª Vara Criminal de Uberaba

Reportagem: Jotha Lee
Com informações do MPMG

 

 

 

PF cumpre 38 mandados em operação sobre atos golpistas; seis pessoas já foram presas em Minas

PF cumpre 38 mandados em operação sobre atos golpistas; seis pessoas já foram presas em Minas

Em Minas, seis pessoas envolvidas nos atos terroristas já foram presas nesta terça-feira (Joedson Alves/ABr)

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (18) mais uma etapa da Lesa Pátria. A décima fase da operação para identificar pessoas que “participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram” os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições de outubro de 2022.

Segundo a PF, 16 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em oito estados – Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal –, por determinação do Supremo Tribunal Federal.

PRISÕES EM MINAS

No primeiro balanço da operação divulgado no início da tarde, a PF informou que seis pessoas suspeitas de participação nas manifestações do dia 8 de janeiro, em Brasília, foram presas na manhã desta terça-feira (18), em Minas Gerais.

As prisões ocorreram em Capinópolis, Uberlândia, Sete Lagoas, Betim, Monte Azul e Montes Claros. Outros nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Estado.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informou, em nota, a PF.

A Operação Lesa Pátria segue em curso, com atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

DENÚNCIAS

A PF abriu um canal de denúncias para identificar pessoas ligadas aos atos golpistas. As denúncias podem ser enviadas para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.

Fonte: Polícia Federal