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Assembleia de Minas se ilumina com as cores do arco-íris para comemorar o Dia Internacional do enfrentamento a LGBTfobia

Assembleia de Minas se ilumina com as cores do arco-íris para comemorar o Dia Internacional do enfrentamento a LGBTfobia

No Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se iluminou com as cores do arco-íris e promoveu um debate sobre o enfrentamento da discriminação contra esse segmento da população.

Nesta quarta-feira (17/5/23), a Comissão de Direitos Humanos recebeu militantes de movimentos sociais que cobraram políticas públicas para assegurar direitos elementares, como saúde, educação e moradia, mas também o direito à existência.

Os participantes da audiência pública reclamaram de preconceito e discriminação e reivindicaram uma atuação mais incisiva do poder público para garantir o direito ao próprio corpo e às diferentes formas de amar.

Juhlia Santos, do centro de convivência Akasulo, lamentou a violência historicamente naturalizada contra os corpos LGBT e cobrou a aprovação de leis específicas voltadas para essa comunidade. “É urgente efetivar políticas públicas com recorte LGBT”, defendeu.

Para Maicon Chaves, do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual (Cellos), a violência é gerada pela LGBTfobia estrutural, agravada pela inexistência de políticas públicas para resolver esse problema. “Isso é parte de um projeto político, que é suprimir a existência de nossos corpos”, afirmou.

Para superar essa situação, é importante ocupar os espaços de poder. Esta é a avaliação do primeiro vereador assumidamente gay de Viçosa (Zona da Mata), Daniel Aparecido de Araújo Cabral. “Por muito tempo, ficamos presos no armário. Mas saímos de lá e não vamos retornar. Temos muito a contribuir com a sociedade”, disse.

O respeito às pessoas não binárias foi defendido por Tuty Veloso Coura Guimarães, do Movimento Coletivo Trans Não-Binárie. “Não há posição do Estado sobre nossa existência. Como falar de cidadania, se a gente não existe?”, questionou.

A deputada Bella Gonçalves (Psol), que solicitou a realização da audiência, destacou a importância da presença de pessoas da comunidade LGBT em espaços de representação política. “Vamos ocupar todos os espaços, e o Estado tem a obrigação de nos proteger. Tenho muito orgulho de ser a primeira pessoa orgulhosamente LGBT a ocupar este espaço”, disse, referindo-se à sua presença na ALMG.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) defendeu que o debate para combater a LGBTfobia é essencial. Na sua avaliação, o dia 17 de maio é uma data de luta, mas também de celebração. “Viva esse dia! Viva todas as vidas e cores! E façamos a luta necessária para garantir o direito de existir”, afirmou.

Ao final da reunião, a deputada Bella Gonçalves conduziu um cortejo para marcar a inauguração da iluminação do Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT.

A parlamentar ainda anunciou o protocolo de quatro projetos de lei de sua autoria voltados para o enfrentamento dos problemas da população LGBT. As proposições dispõem sobre incentivo cultural e inclusão social, criação de campanha permanente de combate à LGBTfobia e de semana de prevenção ao suicídio desse segmento da população e disponibilização de dados para embasar a elaboração de políticas públicas.

O Dia Internacional da Luta Contra a LGBTfobia é celebrado em 17 de maio porque foi nessa data, em 1990, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou oficialmente a homossexualidade de sua lista internacional de transtornos mentais. A decisão é considerada um marco na luta pelos direitos civis dessa população.

Já a transexualidade foi retirada da lista de doenças e distúrbios mentais da OMS somente em 2018.  Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a LGBTfobia foi equiparada ao racismo. Com isso, na prática, é considerada um crime inafiançável e imprescritível.

O Brasil não produz levantamentos oficiais sobre assassinatos de LGBTs. De acordo com o último relatório publicado pelo Grupo Gay da Bahia, o País lidera o ranking de mortes violentas de pessoas LGBT, com 300 ocorrências registradas em 2021. É como se uma pessoa LGBT fosse assassinada a cada 34 horas.

Fonte: ALMG

 

 

Governo anuncia mutirão para fiscalizar postos de combustíveis

Governo anuncia mutirão para fiscalizar postos de combustíveis

 

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, vai coordenar um mutirão nacional de fiscalização dos preços em postos de combustíveis. A operação, que contará com participação de órgãos de defesa do consumidor, como os Procons, será realizada no dia 24 deste mês em todos os estados.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (18), em entrevista coletiva, e tem o objetivo de fazer valer a decisão da Petrobras, que reduziu nesta semana o preço dos combustíveis vendidos às distribuidoras. A redução foi de R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel, que caiu de R$ 3,46 para R$ 3,02, e de R$ 0,40 por litro da gasolina, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78.

“Nós temos que entender, e reconhecer, que essa medida da Petrobras e do governo brasileiro beneficiam toda a população brasileira e tem que ser cumprida, e sua execução, fiscalizada”, afirmou o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous. “Não estamos criminalizando os postos de combustíveis , mas talvez seja o setor mais cartelizado da economia brasileira. Nós sempre tivemos problemas com essa questão de preço de combustível”, acrescentou.

Segundo Wadih, uma série de denúncias de abusos e fraudes chegou após o anúncio da redução de preços. Consumidores têm reclamado de aumento repentino nos preços para burlar o repasse do desconto. A ideia do governo é comparar os preços praticados nos últimos dias com os preços novos, após a redução da Petrobras.

“Recebemos, de ontem [17] para cá, diversas denúncias de abuso, de fraudes. Aumentaram [os preços] no dia seguinte ao anúncio [da redução], para depois, e mais à frente, reduzir, mas não vão reduzir coisa nenhuma”, observou. O titular da Senacon pediu apoio de motorista de aplicativos, caminhoneiros e da sociedade, em geral, para denunciarem práticas abusivas. De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, entre as medidas que podem ser tomadas, estão a aplicação de multas e até a suspensão de atividades dos postos que forem flagrados cometendo ilegalidades na operação.

“Marcamos o mutirão dia 24, para que haja tempo para os postos se adaptarem aos novos preços, orientados por essa política nova da Petrobras. Esperamos que isso aconteça espontaneamente. Se os postos não compreenderem a necessidade dessa adequação e tentarem transformar a redução em margem de lucro, entram em cena os aparatos coercitivos”, afirmou.

Dino enfatizou que, apesar de não haver tabelamento de preços no mercado de combustíveis, o setor é regulado por leis, decretos e outros dispositivos legais, e cobrou senso de proporcionalidade das empresas no momento de repassar descontos. “Sabemos que a praxe, normalmente, é que, quando a Petrobras anuncia um preço para a distribuidora, independente do estoque constante do posto, o repasse é imediato, horas depois, no dia seguinte. Em relação à redução, não há essa mesma velocidade”, criticou.

Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que haverá “mão firme do governo para que a queda do preço chegue na bomba”

MONITORAMENTO PERMANENTE

A decisão de realizar o mutirão foi definida em reunião da Senacon, que coordena o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, com representantes de Procons, Defensorias Públicas, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP).

No mesmo encontro, foi definida a criação de um comitê permanente de monitoramento do mercado de combustíveis, formado pela Senacon, o Cade e a ANP. Um termo de cooperação deverá ser assinado nos próximos dias para viabilizar a atuação conjunta dos órgãos, que passará a fazer uma fiscalização preventiva e ostensiva contra eventuais abusos econômicos do setor.

Fonte: Agência Brasil