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Projeto da LDO prevê déficit de R$ 6,06 bilhões nas contas do governo de Minas em 2024

Projeto da LDO prevê déficit de R$ 6,06 bilhões nas contas do governo de Minas em 2024

 

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu o Projeto de Lei (PL) 729/23, o qual traz as diretrizes para a elaboração do orçamento de 2024. O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tramita em turno único.

A proposta estima uma receita anual em torno de R$ 113,65 bilhões, frente a uma despesa total prevista de R$ 119,71 bilhões, conforme exposição de motivos da Secretaria de Estado do Planejamento e Gestão. Diante dos números, o governador afirma na mensagem que se mantém a difícil tarefa de equacionar os gastos públicos com a arrecadação, diante do atual contexto econômico e da rigidez orçamentária, uma vez que 90,84% da receita fiscal de 2024 já estão comprometidos com dotações classificadas como de caráter obrigatório.

Consideradas a receita e a despesa totais estimadas para o ano que vem, o deficit previsto no projeto da LDO é de R$ 6,05 bilhões, superior ao previsto para 2023 pela Lei Orçamentária Anual, no fim do ano passado, que foi de R$ 3,6 bilhões.

No cálculo do resultado primário, que exclui as receitas e as despesas de caráter financeiro e as do Regime Próprio da Previdência Social (RPPS), o deficit previsto no projeto da LDO é de R$ 2,57 bilhões em 2024. A mensagem do governador traz também projeções de deficit primário de 1,82 bilhão em 2025 e superávit primário de R$ 879 milhões em 2026.

Romeu Zema afirma, no texto que acompanha o projeto, que, ao longo de 2022, o País continuou o processo de recuperação da atividade econômica, com a ampliação da vacinação e o fim das medidas restritivas para conter a propagação da Covid-19.

A mensagem informa que a economia do País cresceu 2,9% em 2022, segundo o IBGE, impulsionada principalmente pela recuperação do setor de serviços. O PIB per capita teve um avanço real de 2,2%, ficando em R$ 46.154,60.

No cenário estadual, são utilizados dados da Fundação João Pinheiro, que estima crescimento de 3,5% do PIB em 2022, comparado a 2021, totalizando R$ 924,7 bilhões. Isso corresponde a 9,3% do produto nacional, tendo contribuído para esse desempenho (em valor adicionado bruto) os setores de serviços (63,7%), agropecuário (7,4%) e da indústria (28,9%).

Ainda na mensagem, o governador destaca que a expansão da economia em Minas (3,5%) foi maior do que a do Brasil (2,9%) em 2022. Segundo o texto, o equilíbrio fiscal e a eficiência gerencial são fundamentais para o uso dos recursos públicos na prestação de serviços essenciais, no aperfeiçoamento da administração e na valorização efetiva dos servidores ativos, inativos e pensionistas.

Fonte: ALMG

 

 

Deputado critica demora no atendimento da população e diz que Cemig está no mundo da fantasia

Deputado critica demora no atendimento da população e diz que Cemig está no mundo da fantasia

O deputado Ricardo Campos criticou a demora da Cemig para atender consumidores (Foto: Sarah Torres/ALMG)

A prestação de serviços pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vem sendo questionada pelos consumidores. A demora no atendimento é um dos principais motivos. Para se ter uma ideia, o consumidor que precisa de uma religação de energia é obrigado a aguardar 24 horas após o pedido. Essa norma foi adotada por uma resolução interna da Cemig, que não tem validade de lei, mas que é aplicada pela Cemig.

O deputado Ricardo Campos (PT) ao citar à audiência pública realizada esta semana na Comissão de Minas e Energia, em que os participantes reclamaram da lentidão da Cemig no atendimento de demandas dos consumidores, fez duras críticas à companhia. Para o deputado, a apresentação feita pela Cemig durante a audiência foi mais otimista do que a realidade, e demonstra que ela está no “mundo da fantasia”.

“Quando indagamos sobre a falta de luz nas comunidades rurais e sobre a falta de respostas a demandas de pequenos e microprodutores para instalação de usinas fotovoltaicas, não tivemos uma resposta sequer”, criticou Ricardo Campos.

Segundo ele, o lucro real da empresa em 2022 foi de R$ 4 bilhões, ao passo que os investimentos sociais não chegariam a 5% desse montante. “A Cemig não leva eletrificação rural a quem mais precisa”, afirmou o parlamentar, para quem a retomada do programa Luz para Todos na esfera federal poderá mudar o cenário.

Ele cobrou que a Cemig cumpra a legislação que garante a gratuidade de ligações voltadas a consumidores de baixa renda.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram