Categoria: Minas Gerais

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Comissão de Segurança debate hoje recomposição salarial dos servidores

Comissão de Segurança debate hoje recomposição salarial dos servidores

A cobrança da reposição das perdas inflacionárias dos servidores da segurança pública  que se acumulam desde 2015  é o objetivo de audiência pública que será realizada nesta hoje (5/6/23) pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião será no Auditório José Alencar, a partir das 10 horas.

De acordo com o presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PL), a defasagem salarial no período entre 2015 e 2022 chega a 35,44%. Ele ressalta que a reposição das perdas inflacionárias é algo previsto na Constituição Federal e na Constituição Estadual.

No entanto, segundo informações recebidas pelo deputado em reunião com representantes do Poder Executivo, a intenção do governo é oferecer apenas 5,8%, para todas as carreiras, com exceção da educação. Nesse último caso, já chegou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei (PL) 822/23, que oferece 12,84% de reajuste do piso educacional do magistério.

Além do deputado Sargento Rodrigues, outros seis parlamentares assinaram o requerimento para a realização da reunião: pelo PL, a deputada delegada Sheila e os deputados Caporezzo, Coronel Sandro e Bruno Engler; além destes, o deputado Eduardo Azevedo (PSC) e o deputado Delegado Christiano Xavier (PSD).

“O governo não defendeu o aumento dos salários do governador, do vice e dos secretários, alegando que havia 16 anos sem inflação? Os 16 anos deram 147% (de inflação) e o governo deu 298% de aumento, com 151% de aumento real. E os da segurança?”, questiona o deputado Sargento Rodrigues, cobrando isonomia no tratamento aos servidores.

De acordo com o deputado estadual, o argumento do governo de Minas é que a recomposição de 35,44% violaria os preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei Complementar 101, de 2020.

“Durante a reunião, indaguei a secretária de Planejamento (Luísa Barreto) e o secretário de Governo (Igor Eto) duas vezes: a LRF não tem impedimento para o governo dar 300% para o governador, o vice e os secretários? Ninguém respondeu”, disse.

Convidados

Já confirmaram participação na audiência pública desta segunda-feira (5), entre outros, a deputada federal Delegada Ione (Avante-MG) e o deputado federal Pedro Aihara (Patri-MG). Também estão convidados representantes do Governo do Estado e de entidades representativas dos servidores da segurança pública.

Além da audiência pública desta segunda, a Comissão de Segurança Pública também escolheu a política remuneratória dos servidores como tema a ser tratado no Assembleia Fiscaliza 2023, ou seja, a prestação de contas do governo deste primeiro semestre. Na Comissão de Segurança, ela acontecerá em 20 de junho de 2023, a partir das 9 horas.

Fonte: ALMG

Foto: Flávia Bernardo

Zema não suporta pressão e envia Projeto à Assembleia para pagamento do piso salarial aos professores do Estado

Zema não suporta pressão e envia Projeto à Assembleia para pagamento do piso salarial aos professores do Estado

A Assembleia foi palco de várias manifestações dos professores pelo pagamento do piso (foto: Ricardo Salgado/ALMG)

O governador de Minas Gerais não suportou a pressão exercida pelos professores da Rede Estadual de Ensino, que estão em estado de greve desde o ano passado, em campanha pelo pagamento do piso salarial nacional da categoria. Nesta terça-feira (30) chegou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais o Projeto de Lei (PL) 822/23, que visa assegurar direito dos servidores da educação básica do Estado ao vencimento em conformidade ao piso nacional para os profissionais do magistério público.

Instituído pela Lei Federal 11.738, de 2008, essa é uma reivindicação histórica da categoria. O texto do projeto prevê, logo em seu primeiro artigo, reajuste de 12,84% a partir de 1º de janeiro de 2023.

Segundo a Mensagem do governador, o projeto de lei do piso nacional dispõe sobre o reajuste dos valores de vencimento das carreiras, dos cargos de provimento em comissão e das gratificações de função do grupo de atividades de educação básica do Poder Executivo, de que trata a Lei 15.293, de 2004.

“Destaco que o projeto visa assegurar o direito dos servidores da educação básica do Poder Executivo ao recebimento de vencimento em conformidade ao piso nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, instituído pela Lei Federal 11.738, de 2008”, aponta, ainda, Romeu Zema, na mesma mensagem.

Dessa forma, o texto do projeto elenca, ainda em seu artigo 1º, que também serão contemplados com o reajuste, além dos cargos das carreiras do grupo de atividades de educação básica do Poder Executivo, os valores de vencimento dos cargos de provimento em comissão de diretor de escola e secretário escolar e os valores das gratificações de função de vice-diretor de escola, coordenador de escola e coordenador de posto de educação continuada (Pecon), todos abrangidos pela mesma Lei 15.293.

A proposta ainda prevê que o reajuste também se aplica aos seguintes trabalhadores da educação:

  • ao servidor inativo e ao pensionista que fazem jus à paridade, nos termos da Constituição da República e da Constituição do Estado;
  • ao detentor de função pública, de que trata o artigo 45 da Lei 15.293, de 2004;
  • ao contratado temporário, de que trata a Lei 23.750, de 2020, para o exercício das atribuições das carreiras previstas na mesma Lei 15.293, com contrato vigente na data de publicação da futura lei;
  • ao convocado para função de magistério, de que trata ainda a mesma Lei 15.293.

Outra mensagem do governador recebida pela ALMG traz o PL 823/23, que autoriza a abertura de crédito suplementar ao Orçamento Fiscal do Estado até o limite de R$ 2.326.250.529,77 para atender justamente ao reajuste dos servidores da educação básica.

Segundo a mensagem, para tanto, serão utilizados recursos provenientes do excesso de arrecadação da receita de Recursos Ordinários, Recursos Ordinários constitucionalmente vinculados à educação e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Fonte: ALMG