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Ministério Público denuncia Usiminas por poluição do ar em Ipatinga e pede indenizxação de R$ 346,7 milhões

Ministério Público denuncia Usiminas por poluição do ar em Ipatinga e pede indenizxação de R$ 346,7 milhões

 

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) defende a condenação da Usiminas a pagar R$ 346,7 milhões de danos morais coletivos por causa da poluição atmosférica no município de Ipatinga, situado no Vale do Aço. De acordo com ação civil pública apresentada à Justiça, a emissão de partículas, gerando uma situação conhecida popularmente como “pó preto”, vem causando há décadas incômodos e sofrimento aos moradores da cidade.

O MP anexou ao processo documentos que comprovariam que os padrões e limites fixados pela legislação em vigor não são respeitados pela empresa. Entre os documentos anexados, estão um inquérito civil, um relatório da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e relatórios de automonitoramento elaborados pela própria Usiminas.

Informações relacionadas à ação foram divulgadas na segunda-feira (17). Segundo o MPMG, os danos morais coletivos se configuram pela violação de valores, diminuição da qualidade de vida e pelo sofrimento da coletividade, traduzindo-se nos sentimentos de constrangimento, frustração, desgosto, desesperança e impotência.

A Usiminas já havia firmado um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o MPMG em 2019, estabelecendo a implantação de medidas mitigatórias. Foram estabelecidas metas a serem cumpridas até 2028. No entanto, o Ministério Público sustenta na ação civil pública que esse TAC, voltado para a redução do impacto das operações da empresa nos próximos anos, não afasta a responsabilidade pelos danos causados nas últimas décadas.

Procurada pela Agência Brasil, a Usiminas não se posicionou até o fechamento da reportagem. No ano passado, a poluição atmosférica causada pela empresa em Ipatinga foi tema de audiência pública convocada pelo Ministério Público e de um estudo de percepção: 93% dos entrevistados relataram algum nível de incômodo com o pó preto.

A Usiminas surgiu como uma estatal e logo se converteu em uma joint-venture: além do capital nacional, a empresa contou com a participação do capital e da tecnologia japoneses.

A empresa começou a operar em Ipatinga em 1962, dando início à trajetória de uma das maiores siderúrgicas do Brasil. Em 1991, a Usiminas foi a primeira estatal privatizada no governo do então presidente Fernando Collor de Mello. Atualmente, a maioria do capital votante está dividida entre os grupos multinacionais Ternium e Nippon Steel Corporation.

Fonte: Agência Brasil

 

 

Tribunal de Contas de Minas Gerais evita mais de R$ 1 bilhão em licitações irregulares no Estado esse ano

Tribunal de Contas de Minas Gerais evita mais de R$ 1 bilhão em licitações irregulares no Estado esse ano

Tribunal de Contas usa tecnologia avançada para combater licitações irregulares em Minas (Foto: Assessoria de Imprensa/TCE)

Somente de abril até a metade do mês de julho deste ano o robô Solaris, criado exclusivamente para atender as demandas do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), conseguiu evitar mais de R$ 627 milhões em licitações irregulares. Já o Alice, robô criado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e utilizado pelo TCE mineiro, conseguiu impedir mais de R$ 400 milhões em irregularidades. Os robôs são tecnologias através das quais permite-se o rastreamento de irregularidades com mais precisão.

Juntos, os dois robôs conseguiram rastrear mais de 10 mil licitações e selecionar cerca de 1.500 com possibilidade de erro. Após a análise dos auditores do TCE, foram confirmadas 159 irregularidades em 115 municípios mineiros.

Segundo os dados apresentados pela Diretoria de Fiscalização Integrada e Inteligência do Tribunal de Contas Mineiro, todas prefeituras notificadas já responderam às instruções do TCE, procuraram resolver as pendências e, principalmente, buscaram regularizar os procedimentos de compra.

O coordenador de Operacionalização de Trilhas Eletrônicas de Fiscalização, Fábio Dias Costa, considerou positivo os resultados apresentados pela inteligência artificial e destacou que o objetivo dos robôs não é evitar os gastos públicos e sim, regularizar os processos licitatórios, impedindo, com isso, que os municípios cometam erros e tenham prejuízos.

“O intuito dessas ações de fiscalização é de melhorar a qualidade do gasto público, melhorar a gestão e fazer com que os processos licitatórios sejam realizados da melhor forma ao interesse público, sem restrição de competitividade, sem limitação a marcas, fornecedores ou participantes”, disse o analista.

A polêmica dúvida quanto à utilização da inteligência artificial e a substituição da mão de obra humana, também foi comentada por Fábio Dias. Ele deixou claro que, nas ações do TCE, os robôs trabalham apenas dando suporte de organização e processamento de dados, não limitando o trabalho da inteligência humana.

“O uso da inteligência artificial deve ser um facilitador do auditor. Nós trabalhamos com uma base de dados muito grande, que seria humanamente impossível analisar todos os dados referentes às ações por um auditor humano em tempo real. Então, a utilização dos robôs permite uma filtragem e uma análise mais assertiva”, explicou.

Com informações do TCE-MG