Categoria: Minas Gerais

No Portal Sintram, você acompanha as principais notícias do funcionalismo público de Minas Gerais e da região centro-oeste do estado

Assembleia aprova em 2º turno projeto de lei que regula empréstimos consignados a idosos e servidores públicos

Assembleia aprova em 2º turno projeto de lei que regula empréstimos consignados a idosos e servidores públicos

 

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em 2º turno, em Reunião Extraordinária na manhã desta quarta-feira (20), o Projeto de Lei 2.756/21, que proíbe publicidade, oferta ou contratação abusiva de produto ou serviço bancário a idosos, aposentados, pensionistas e servidores públicos.

De autoria do deputado Sargento Rodrigues (PL), a matéria foi aprovada conforme o vencido, ou seja, com alterações realizadas pelo Plenário em 1º turno. A emenda nº 1, apresentada em outra reunião de Plenário, foi rejeitada pela maior parte dos parlamentares. Depois de aprovado em redação final, a matéria seguirá para a sanção do governador.

A proposição proíbe bancos, instituições financeiras e cartões de crédito de assediar ou pressionar o consumidor protegido por esta lei para contratar empréstimos ou outros serviços de crédito com descontos de parcelas em folha de pagamento, os chamados consignados.

A publicidade e oferta desses serviços deve conter informações sobre o risco de superendividamento, comprometimento de renda, impossibilidade de desvincular as despesas da conta benefício, limite de crédito e utilização consciente do crédito.

Os contratos celebrados entre as instituições e aposentados e pensionistas devem deixar claro, ainda, todos os encargos, tributos, juros, multas e custo advindos da operação.

Os empréstimos consignados também não podem ser contratados sem que tenham sido expressamente solicitados pelos beneficiários. Autorizações realizadas por ligação telefônica ou aplicativos de mensagens não serão aceitas como prova da transação.

As negociações virtuais só serão consideradas no caso de contratações realizadas por meio de aplicativo do operador de crédito, após a utilização de senhas pelo consumidor. Saques de cartão de crédito também passam a ser permitidos apenas em terminal eletrônico da instituição financeira.

Um dos comandos da proposição prevê que, caso a instituição disponibilize na conta bancária do beneficiário, qualquer valor sem a expressa autorização do consumidor, a quantia será caracterizada como amostra grátis, isentando-o de pagamento ou devolução.

A emenda nº 1 tinha o objetivo de mudar o dispositivo acima para obrigar o consumidor a devolver o valor recebido indevidamente, no prazo de 60 dias. O deputado Duarte Bechir (PSD), um dos autores da emenda, defendeu a aprovação da mesma.

Em sua opinião, a não devolução do dinheiro vai beneficiar falsificadores que vão se valer da lei para ficar com o valor. Ele disse defender que os bancos sejam punidos, caso pressionem idosos a contratarem empréstimos.

Já Sargento Rodrigues, Eduardo Azevedo (PSC) e Adriano Alvarenga (PP) defenderam a rejeição da emenda e a manutenção do dispositivo, que, na opinião deles, é o cerne do projeto e vai proteger de fato os consumidores.

Por fim, o referido projeto de lei prevê sanções às instituições financeiras que descumprirem a lei, com base na Lei Federal 8.078, de 1990, o Código de Defesa do Consumidor. Em caso de entidades públicas estaduais, a sanção pode chegar à suspensão do recebimento de novos contratos de consignação.

Fonte: ALMG

Mineira será julgada pelo STF por participação nos atos terroristas de 8 de  janeiro

Mineira será julgada pelo STF por participação nos atos terroristas de 8 de janeiro

Moacir José dos Santos, que foi identificado como o homem de boné sobre a estátua da justiça em frente ao STF, está no próximo julgamento (Foto: Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o julgamento de mais seis réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro. As ações penais serão julgadas na sessão virtual que será realizada entre 26 de setembro e 2 de outubro.

Pela modalidade virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico, e não há deliberação presencial. O julgamento é aberto com o voto do relator. Em seguida, os demais ministros passam a votar até o horário limite estabelecido pelo sistema. Antes do julgamento, os advogados incluem vídeos com a gravação da sustentação oral.

A inclusão do julgamento no plenário virtual foi contestada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para entidade, o julgamento virtual obrigatório, sem concordância dos advogados dos réus, viola o devido processo legal, o contraditório e o direito de defesa dos acusados.

O pedido para julgar as ações penais no plenário virtual foi feito pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e aceito pela presidente do STF, Rosa Weber. O objetivo da mudança é acelerar os julgamentos dos acusados. Cerca de 200 réus ainda devem ser julgados pela Corte.

Na semana passada, em duas sessões presenciais, o STF condenou os três primeiros réus pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com uso de substância inflamável.

APOSENTADA MINEIRA

Entre os réus que serão julgados está a aposentada mineira de Belo Horizonte Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, casada, 57 anos, aposentada. Chama a atenção o fato de que em 2004 Jupira foi candidata a vereadora na cidade de Betim, concorrendo pelo PT.

Os demais réus são os seguintes: o psicólogo João Lucas Vale Giffoni, morador do Lago Sul, bairro nobre de Brasília; Reginaldo Carlo Begiato Garcia, 55 anos, morador de Jaguariúna, São Paulo; Nilma Lacerda Alves, que nasceu na Bahia, mas é radicada no Rio de Janeiro, onde é professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense; Davis Baek, 41 nos, residente em São Paulo; e Moacir José Dos Santos, que se apresenta como autônomo e é morador da cidade de Cascavel, no Paraná. Moacir foi identificado como o homem de boné sobre a estátua da justiça em frente ao STF.

Edição: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Com informações da Agência Brasil