Categoria: Minas Gerais

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Protetores de animais conseguem tirar ração da lista de produtos supérfluos do governador Romeu Zema que terão aumento de ICMS

Protetores de animais conseguem tirar ração da lista de produtos supérfluos do governador Romeu Zema que terão aumento de ICMS

Cuidadores de animais lotaram o auditório durante audiência pública na ALMG (Foto: Henrique Chendes/ALMG)

O Projeto de Lei 1.295/23, de autoria do governador Romeu Zema, que eleva em 2% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos considerados supérfluos, está pronto para ser votado em 1º turno pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em reunião na tarde desta segunda-feira (25), a proposição teve parecer favorável aprovado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). Em reunião ainda pela manhã da mesma comissão já havia sido distribuído em cópias (avulsos) o parecer do relator João Magalhães (MDB) sobre as propostas de modificações (emendas e substitutivos) apresentadas em Plenário durante a análise de 1º turno do projeto.

O deputado João Magalhães sugere, em seu relatório, a aprovação do substitutivo 41, que apresentou com o objetivo de acatar proposta de emenda do deputado Noraldino Júnior (PSB) para excluir as rações para pets do rol de produtos considerados supérfluos. A retirada desses produtos é fruto de um esforço de deputados e vereadores que defendem a causa animal e de centenas de protetores espalhados por todo o  Estado.

O novo texto também propõe que a majoração do ICMS tenha vigência até 31 de dezembro de 2026. E o substitutivo mantém os seguintes produtos na lista de supérfluos, com aumento de 2% no ICMS, que será repassado ao consumidor final:

  • cervejas sem álcool e bebidas alcoólicas, exceto aguardentes de cana ou de melaço;
  • cigarros, exceto os embalados em maço, e produtos de tabacaria;
  • armas;
  • refrigerantes, bebidas isotônicas e bebidas energéticas;
  • perfumes, águas-de-colônia, cosméticos e produtos de toucador, exceto xampus, preparados antissolares e sabões de toucador de uso pessoal;
  • alimentos para atletas;
  • telefones celulares e smartphones;
  • câmeras fotográficas ou de filmagem e suas partes ou acessórios;
  • equipamentos para pesca esportiva, exceto os de segurança;
  • equipamentos de som ou de vídeo para uso automotivo, inclusive alto-falantes, amplificadores e transformadores.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Ainda nesta segunda-feira (25) convidados e protetores de animais da Capital e de várias cidades mineiras de diversas regiões do Estado lotaram o Auditório José Alencar para audiência contra o Projeto de  Zema, que originalmente aumentaria 2% no ICMS.

O projeto foi criticado por todos os participantes da reunião, realizada na Comissão Extraordinária de Proteção dos Animais a pedido de seu vice-presidente, deputado Noraldino Júnior (PSB). O deputado foi o autor da emenda, que tirou a ração da lista dos supérfluos.

De acordo com Cláudia Horta, conselheira jurídica da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animal de Estimação (Abinpet), o setor tem preocupação com a saúde animal, mas frisou que hoje mais da metade (54%) do preço da ração deve-se à carga tributária.

“Essa carga tributária é disparado a maior do mundo, onde a média varia de 17% a no máximo 20%”, disse ela, detalhando que no mercado norte-americano essa carga seria apenas de 6% e que 99% dos pets se alimentariam com ração.

Fonte: ALMG

 

 

Conselheiro do Tribunal de Contas revela que 743 municípios mineiros não estão cumprindo o piso nacional da Educação

Conselheiro do Tribunal de Contas revela que 743 municípios mineiros não estão cumprindo o piso nacional da Educação

O conselheiro do TCE, Cláudio Terrão, revelou na ALMG que mais de 740 prefeituras não cumprem o piso salarial dos professores (Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG)

O conselheiro ouvidor do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE/MG), Claudio Terrão, informou em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)que o Tribunal “está fazendo um levantamento para saber quais os municípios que não cumprem o piso da educação”. O conselheiro destacou que “um projeto em andamento, na fase estruturante, levantamento feito com base no ano de 2022, e, para nossa surpresa, há um indício de um número expressivo de descumprimento desses índices no Estado de Minas Gerais, em que 743 [prefeituras] não estariam cumprindo integralmente o piso nacional de educação”, disse o conselheiro, reforçando que o trabalho ainda é incipiente e preliminar.

Cláudio Terrão deu a declaração durante audiência pública, realizada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que debateu a importância do acompanhamento da implementação do Piso Nacional do Magistério por municípios e estado.

O conselheiro reforçou que “o entendimento do TCEMG é que o piso é referente às 40h semanais, mas que isso não impede, a exemplo do estado e de outros municípios, que promovam uma legislação mais favorável para os professores”. Terrão informou que o Instituto Rui Barbosa emitiu orientações para que os tribunais de contas verifiquem se o piso está sendo aplicado na base da carreira, que as legislações do Piso Nacional do Magistério (Lei 11.738/2008) e do novo Fundeb (Lei 14.133/2020) são condizentes e que o valor do piso pode ser definido pelo Ministério da Educação por meio de portaria.

Claudio Terrão enfatizou que “ainda que o Estado de Minas Gerais tenha estourado as despesas limites com pessoal, ele deve cumprir o piso nacional da Educação”, reforçando que a interpretação vale também para os municípios mineiros. “Esse estouro dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal não pode servir de justificativa para a não implementação do piso, que teria uma prioridade constitucional”, afirmou, reiterando que, mesmo durante as restrições impostas por legislações específicas durante a pandemia, “os tribunais de contas entenderam que o piso nacional dos professores precisava ser cumprido”.

Por fim, o conselheiro do TCE destacou sua satisfação em participar das discussões. “O TCE está buscando sair do controle de conformidade (apenas legal) para um controle efetivo da política pública de educação”, disse.

Fonte: TCE/MG