Categoria: Minas Gerais

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Sindicatos anunciam paralisação de serviços de saúde de Belo Horizonte em protesto contra agressões físicas a servidores

Sindicatos anunciam paralisação de serviços de saúde de Belo Horizonte em protesto contra agressões físicas a servidores

Foto distribuída pelo Sindibel mostra parte do roso da servidores que teve o nariz quebrado após agressões

O Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos da Prefeitura de Belo Horizonte) está mobilizado contra os recentes ataques que vitimaram servidores municipais do sistema de Saúde de Belo Horizonte. Em nota oficial, o Sindibel reiterou “o seu repúdio em relação a falta de segurança e agressões sofridas pelos profissionais de saúde na rede municipal”.

A situação na capital vem se arrastando e a falta de segurança nos centros de saúde e outras unidades já vem sendo denunciada por servidores.

Um levantamento feito pelo Sindibel indica que mais de 27 agressões graves contra servidores ocorreram somente esse ano. De acordo com o Sindicato, os dois casos mais recentes ocorreram em apenas uma semana. Na dia 30 de outubro, uma técnica de enfermagem do Centro de Saúde Paraíso, teve o nariz fraturado após agressão.

Na última segunda-feira, um médico do Centro de Saúde Santa Amélia foi gravemente agredido pelo marido de uma paciente, lutador de MMA, tendo o punho quebrado e várias escoriações. No momento em que tentavam socorrer o médico, uma médica também foi agredida com um soco na face e uma técnica de enfermagem bateu a cabeça, tendo um traumatismo leve.

“O Sindibel há tempos vem cobrando uma política de segurança em todas as unidades, a volta dos porteiros e implementação de segurança privada é indispensável para garantir a continuidade da prestação do serviço de saúde”, disse o Sindibel. “Cobramos uma imediata reunião com o secretário municipal de Saúde, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal e o prefeito de Belo Horizonte”, acrescentou.

O Sindicato dos Médicos (Sinmed) vem denunciando violência contra a categoria há vários anos. Em 2021, a entidade produziu uma cartilha informativa sobre medidas que devem ser adotadas em casos de violência. “O material, produzido com a orientação do departamento jurídico do sindicato, visa orientar o médico de como agir em situação de ameaça e/ou agressão sofrida no exercício de sua profissão, sinaliza deveres e direitos”, informou o Sinmed.

Os dois sindicatos informaram que vêm cobrando uma reunião com o prefeito para discutir a situação de violência desde o início do ano, porém até agora o Executivo não recebeu os representantes da categoria. Diante do atual quadro, em nota conjunta, os dois sindicatos garantir que a qualquer momento poderão convocar uma paralisação geral em protesto contra a atual situação.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 

 

Servidores públicos do Estado lotam Assembleia e protestam contra projeto de recuperação Fiscal que pode congelar salários

Servidores públicos do Estado lotam Assembleia e protestam contra projeto de recuperação Fiscal que pode congelar salários

Servidores do Estado lotaram a Assembleia e protestaram contra Zema (Fotos: Willian Dias/ALMG)

O Plano de Recuperação Fiscal de Minas Gerais, previsto no Projeto de Lei 1.202/19, está em análise pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O projeto, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), autoriza o Estado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo federal. A Comissão tentou votar o projeto nesta terça-feira (7), porém a proposta foi tirada da pauta diante da enorme manifestação contrária dos servidores públicos estaduais. Do lado de dentro da Assembleia, a reunião da Comissão foi interrompida diversas vezes por dezenas de servidores que lotaram o plenário.

Enquanto isso, do lado de fora, centenas de servidores da Educação fizeram uma grande manifestação. A Comissão de Educação debateu com várias entidades sindicais os efeitos do Plano de Recuperação Fiscal nas carreiras e remunerações dos servidores públicos. O plano proposto pelo governo precisa de aprovação da Assembleia e prevê controle de gastos no Estado. Entre as consequências da adesão ao Plano de Recuperação, está o congelamento dos salários do funcionalismo público. A deputada Beatriz Cerqueira (PT), presidente da Comissão de Educação, anunciou nova audiência sobre o tema para a próxima terça (14), às 14h30. Já Sargento Rodrigues conclamou os servidores a participarem do debate e a se manterem vigilantes.

Servidores da Educação manifestaram no lado externo da ALMG

DÍVIDA DE R$ 156 BILHÕES

De autoria do governador Romeu Zema, o projeto de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), visa à renegociação de dívidas com a União, calculadas em aproximadamente R$ 156 bilhões. Segundo a proposta, o RRF terá vigência de nove anos, período durante o qual o governo terá que implementar uma série de medidas para alcançar o equilíbrio fiscal e financeiro. Entre essas medidas, está a hipótese de congelamento dos salários dos servidores.

Os deputados da comissão contrários ao RRF, Beatriz Cerqueira (PT), Professor Cleiton (PV) e Sargento Rodrigues (PL), usaram recursos regimentais para obstruir a reunião desta terça-feira e criticaram a proposta do governo por, segundo eles, não conter todos os dados necessários à sua análise. Também reforçaram as ameaças de danos à prestação dos serviços públicos e aos servidores.

Com ALMG