Categoria: Minas Gerais

No Portal Sintram, você acompanha as principais notícias do funcionalismo público de Minas Gerais e da região centro-oeste do estado

Presidente do Senado ignora governador Romeu Zema e encaminha negociação da dívida de Minas

Presidente do Senado ignora governador Romeu Zema e encaminha negociação da dívida de Minas

Em Brasília, Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad, negociam dívida de Minas (Foto: Agência Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, entrou em rota de colisão com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, na negociação da dívida do Estado com o governo federal. Zema vem dificultando a negociação com o governo federal e forçando a aprovação de um projeto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que encontra total resistência entre os servidores públicos.

Enquanto isso, o presidente do Senado recebeu na semana passada em sua residência oficial os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira de Oliveira, para discutir o pagamento das dívidas do estado de Minas Gerais com a União. Segundo Pacheco, será feito um pedido na Justiça para prorrogar para até 31 de março do ano que vem a obrigação de Minas Gerais de arcar com a dívida ante a União. A ideia é que haja mais tempo para os governos federal e estadual analisarem a proposta apresentada por Pacheco para negociação da dívida de R$ 160 bilhões do estado.

Atualmente, o estado de Minas Gerais está desobrigado da dívida até o dia 20 de dezembro, de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), para que haja a adesão ao regime de recuperação fiscal. Mas, segundo Pacheco, esse regime “não resolve o problema, apenas adia e aumenta o valor da dívida”.

“Apresentamos uma proposta alternativa que agora está sendo objeto de estudo junto ao Ministério da Fazenda. O que ficou acertado entre nós e o ministro Haddad foi que apresentaremos ao STF um pedido de prorrogação desse prazo, que o ministro [Haddad] reputa como razoável até 31 de março. A União é credora, com trânsito em julgado, pode exigir o pagamento [da dívida], mas está colaborando com o estado para aguardar e ter um desfecho positivo nisso”, relatou Pacheco.

Segundo o presidente do Senado, sua proposta precisa ser aceita pelo governo federal e pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, além de ser formalizada em leis federal e estadual. Em novembro, Pacheco se reuniu com Zema e representantes do governo federal para apresentar sua proposta, que inclui, por exemplo, preservar salários dos servidores e empresas estatais mineiras. Pacheco tenta evitar o regime de recuperação fiscal, que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

CRÍTICAS

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a postura do governador Zema com relação à negociação da dívida do estado. Segundo o ministro, o mandato de Zema foi responsável por parte relevante do endividamento.

“Só para vocês terem uma ideia, dos R$ 160 bilhões que Minas Gerais deve, um terço foi contraído durante o governo do Zema. Inexplicavelmente, o Zema, ao invés de se aliar ao presidente [do Senado] Pacheco, ataca nas redes sociais e na imprensa o único mineiro com autoridade para tomar providências com relação a isso”, afirmou Hadda.

O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a crítica de Haddad. Para ele, caso seja efetivada, a proposta de Pacheco poderá servir para solucionar também o endividamento de outros entes da Federação. “Teremos uma solução definitiva, que sirva para Minas, e como parâmetro para outros estados que se encontram na mesma situação”, disse Silveira.

Com informações da Agência Senado

 

 

Deputados aprovam projeto que aumenta em até 50% as taxas dos cartórios

Deputados aprovam projeto que aumenta em até 50% as taxas dos cartórios

CARTORIOS
Deputados acompanham votação do Projeto dos Cartórios no painel (Foto: ALMG)

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em segundo turno nesta quarta-feira (7) o Projeto de Lei 4.000/22, do Tribunal de Justiça, que atualiza a legislação sobre serviços cartoriais. Na prática, o projeto trata principalmente do aumento das taxas cobradas pelos cartórios. O reajuste, em alguns casos, chega a 100%.

O projeto modifica a Lei nº 15.424, de 2004, que dispõe sobre a fixação, a contagem, a cobrança e o pagamento dos emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro, o recolhimento da Taxa de Fiscalização Judiciária e a compensação dos atos sujeitos à gratuidade estabelecida em lei federal.

A proposição altera critérios de cobrança de emolumentos referentes ao registro de parcelamento do solo, na modalidade loteamento ou na modalidade desmembramento, e à incorporação imobiliária, de condomínio edilício ou de condomínio de lotes, bem como traz modificações no anexo da norma, alterando valores e critérios de cobrança de emolumentos pelos notários e registradores.

Entre os aumentos mais significativos das taxas dos cartórios está a aprovação de testamento cerrado, que sobe dos atuais R$ 368,22 para R$ 540,24, aumento de 46,71%. A autenticação de documento, por folha, sobe dos atuais R$ 6,29 para R$ 9,23, aumento de 46,74%. Reconhecimento de firma por assinatura, também terá aumento de 46,74%, subindo de R$ 6,29 para R$ 9,23.

Clique aqui e veja os novos valores para todas as taxas cobradas pelos cartórios

Dentre as alterações aprovadas pelos deputados há também medidas de cunho social, como a previsão de condições especiais no protesto de títulos, quando o devedor for pessoa física ou natural inscrita no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e a inclusão de nova hipótese de isenção, aos declaradamente pobres, do pagamento de emolumentos e da Taxa de Fiscalização Judiciária pela averbação da alteração do prenome, do agnome (termo usado para diferenciar pessoas com mesmo nome como Júnior, Filho etc) e do gênero nos assentos de nascimento e casamento de pessoa transgênero no Registro Civil das Pessoas Naturais.

Também foram estabelecidas condições especiais às microempresas e empresas de pequeno porte em caso de protesto de títulos, bem como durante a vigência do programa federal Desenrola Brasil.

Também foi incluída no texto medida segundo a qual as comunicações de atos processuais judiciais por meio do registro de títulos e documentos terão uma redução de 20% no valor das notificações, vedadas quaisquer outras reduções e isenções, e as comunicações amparadas pela justiça gratuita serão compensadas por regulamentação de iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram