Categoria: Minas Gerais

No Portal Sintram, você acompanha as principais notícias do funcionalismo público de Minas Gerais e da região centro-oeste do estado

Trabalhadores da Cemig promovem manifestação contra aumento de 60% no Plano de Saúde da categoria

Trabalhadores da Cemig promovem manifestação contra aumento de 60% no Plano de Saúde da categoria

Funcionários da Cemig fizeram uma manifestação em frente à sede da empresa em Belo Horizonte (Foto: Guilherme Dardahan/ALMG)

Um possível aumento de 60,5% nas mensalidades do plano de saúde de funcionários da ativa e aposentados da Cemig foi denunciado, nesta quinta-feira (20em audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Trabalhadores da Cemig lotaram o auditório durante a reunião. Antes a categoria promoveu uma longa manifestação em frente à sede da companhia. Conforme relataram, essa proposta de reajuste foi apresentada pela direção executiva da Cemig Saúde ao seu conselho deliberativo nesta quinta (20) e pode ser votada ainda nesta sexta (21).

Um requerimento endereçado à Cemig e aprovado durante a audiência pede a suspensão da reunião agendada para esta sexta (21) para votação da proposta. O documento é de autoria dos deputados Betão, Leleco Pimentel e Beatriz Cerqueira, todos do PT.

Além do reajuste das mensalidades, Marcelo Correia, conselheiro da Associação dos Beneficiários da Cemig Saúde e Forluz, disse que a proposta também inclui a retirada de patrocínio da Cemig, determinando que o valor de R$ 1.045,98 seja pago pelos beneficiários.

“Tudo isso vai gerar um aumento médio para cada trabalhador de 314%. Um funcionário que paga hoje R$ 790 vai passar a pagar R$ 2.480. Então, muitos não poderão continuar com o plano de saúde.”

Marcelo Correia relatou que mais da metade dos titulares dos planos é de idosos. Além disso, há cerca de 50 mil beneficiários, incluindo titulares e dependentes. “Sabemos que o assunto não é objeto de legislação estadual, mas precisamos de apoio contra essa medida”, afirmou. Para o conselheiro, patrocinar o plano de saúde nunca impediu a Cemig de ter lucro. “Mas querem cortar para terem ainda mais lucros e pagar dividendos”, afirmou.

O coordenador-geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais, Emerson Leite, também condenou o possível aumento do valor do plano de saúde.

De acordo com ele, a Cemig criou, no passado, duas estruturas de apoio a seus trabalhadores, em decorrência do adoecimento em função do trabalho e do envelhecimento dos mesmos: a Forluz que cuida da questão previdenciária e a Cemig Saúde.

“Agora é a vez da Cemig Saúde, mas o governo Zema tem atacado sistematicamente essas duas instâncias. E isso não é por acaso”, falou, enfatizando que a atual gestão aposta na privatização das estatais.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e funcionário da Cemig, Jairo Nogueira Filho contou que atua na estatal desde 1988 e o plano de saúde foi construído coletivamente na década de 1990. “Tinha ótima qualidade”, relatou.

Secretário-geral do Sindieletro-MG e secretário de Formação da CUT Minas, Jefferson Leandro Teixeira disse que essa luta une trabalhadores ativos e aposentados da estatal. Para ele, a precarização do plano integra uma intenção maior para privatização da empresa.

A diretora do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais, Maria Helena Barbosa, salientou o quanto a Cemig é valiosa. “Seu valor de mercado está em R$ 28 bilhões. Em 2023, seu lucro ficou em quase R$ 6 bilhões. A Cemig tem uma rede de distribuição que leva luz há mais de 700 cidades em Minas.”

Diante disso, ela enfatizou que Minas não pode abrir mão da Cemig e criticou o governador Romeu Zema por desqualificar a empresa e seus trabalhadores, além de romper com valores como saúde e segurança no trabalho e prestação de um serviço de qualidade.

Com informações da ALMG

Ministério Público denuncia prefeito mineiro por contratações temporárias irregulares

Ministério Público denuncia prefeito mineiro por contratações temporárias irregulares

Prefeito de Florestal, Wagner dos Santos, denunciado por excesso de contratações temporárias (Foto: Reprodução/Facebook)

O prefeito de Florestal, Wagner dos Santos Junior (Mobiliza), conhecido como Juninho do Waguinho, foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais por excesso de contratações temporárias, que teriam incidido em crime de responsabilidade. Segundo o órgão, o chefe do Executivo teria promovido “de forma reiterada e continuada”, contratações temporárias de servidores municipais.

Em procedimento instaurado pela Procuradoria de Justiça apurou-se que o município conta atualmente com 89 servidores contratados temporariamente para o exercício de funções ordinárias, permanentes e de exclusividade de cargos efetivos, providos por meio de concurso público. 

A denúncia lista 89 contratos temporários entre 2021 e 2024, que não apresentaram a situação que os motivou nem o processo seletivo que os embasaram. Além disso, em abril de 2023, o prefeito nomeou, de forma temporária, coordenadores dos Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e de Assistência Social (Cras) para exercício de função gratificada que deveria ser preenchida por servidores efetivos, por meio de concurso. 

“Conclui-se que, ao longo de sua gestão, o denunciado vem realizando contratações temporárias para suprir as necessidades do município, ou seja, tornando como regra o que deveria ser a exceção, em total afronta ao art. 37, incisos II e IX, da CF/88”, aponta a denúncia.

O MP pede a condenação do prefeito pelo crime de responsabilidade consistente em nomear, admitir ou designar servidor, contra expressa disposição de lei (artigo 1º, inciso XIII do Decreto Lei nº 201/67).

Com informações do MP